Não é um filme vulgar, sem desenvolvimento dramático mas denso, com um quê de documentário, cujo actor principal é simultâneamente o professor que escreveu o livro e em que os alunos, actores não profissionais, são alunos reais.
Diferentes culturas entre alunos e sensibilidades diferenciadas num corpo docente voluntarioso. Solidariedades, estratégias de aproximações e confrontos, alunos indisciplinados mas com um potencial humano assinalável
Numa escola e num bairo multi-étnico e multicultural de Paris, com problemas de conduta na sala, tão característicos também das nossas escolas, que põe à prova professores e alunos e nos fala de como desempenhar uma função docente e disciplinar com resultados e aceitação.
A Ministra da Educação deveria ver este filme e os profissionais dos ranking também. Talvez os ajudasse a evitar tanto disparate...
Vá vêr e descobre porque ganhou este filme, inesperadamente, a Palma de Ouro do Festival de Cannes e teve já um tão grande êxito de bilheteira em França. E descobrir como novas formas do cinema se insinuam na abordagem da vida de alguns microcosmos de que se tece a nossa vida colectiva.
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