O plano apresentado por Durão Barroso não é relevante. É um conjunto de indicações que os Estados-membros seguirão ou não. As reacções de vários dirigentes europeus já deram também a entender que às “duas velocidades” se sucederam agora medidas diferenciadas. Á la carte, do copo de três ao penalti, cada um toma as que quer. Sócrates disse que baixa de impostos não mas investimento público sim, não explicitando se é o que relança a economia ou se são os mastodontes que vão agravar a nossa hipoteca nas próximas dezenas de anos.
O plano não aponta para alterações significativas nas causas da crise que, não é apenas importada dos EUA, antes pelo contrário teve actores destacados entre governantes, instituições comunitárias e banqueiros desta União, perfeitamente identificados com os do outro lado do Atlântico. E como foram os mesmos a produzir o plano, não admira que assim seja. Nele não vislumbramos, pois, as terapias ou projectos de futuro para a economia europeia.
Deixemos esta abordagem para outro momento que não este.
Por outro lado, importa verificar como se casa tal plano com os orçamentos domésticos que cada Estado-membro tem estado a preparar. Defender a Alemanha com a produção automóvel mas afectar a sua produção em Portugal por via dos impostos seria incompreensível.
Se a flexibilização no cumprimento dos limites ao défice do Pacto de Estabilidade e Crescimento, surge agora, é para permitir o sorvedouro da banca e permitir algum relançamento económico que não permita que atinja níveis monstruosos. Mas já antes e agora, com redobrada razão, o paradigma do défice deveria ser substituído pelos do aumento de poder de compra e do alargamento do mercado interno.
O plano não aponta para alterações significativas nas causas da crise que, não é apenas importada dos EUA, antes pelo contrário teve actores destacados entre governantes, instituições comunitárias e banqueiros desta União, perfeitamente identificados com os do outro lado do Atlântico. E como foram os mesmos a produzir o plano, não admira que assim seja. Nele não vislumbramos, pois, as terapias ou projectos de futuro para a economia europeia.
Deixemos esta abordagem para outro momento que não este.
Por outro lado, importa verificar como se casa tal plano com os orçamentos domésticos que cada Estado-membro tem estado a preparar. Defender a Alemanha com a produção automóvel mas afectar a sua produção em Portugal por via dos impostos seria incompreensível.
Se a flexibilização no cumprimento dos limites ao défice do Pacto de Estabilidade e Crescimento, surge agora, é para permitir o sorvedouro da banca e permitir algum relançamento económico que não permita que atinja níveis monstruosos. Mas já antes e agora, com redobrada razão, o paradigma do défice deveria ser substituído pelos do aumento de poder de compra e do alargamento do mercado interno.
Enfim, e não querendo subestimar aspectos do seu conteúdo, este plano parece corresponder mais à necessidade da agenda política de Durão Barroso, em vésperas de recandidatura, do que de a qualquer vontade de aproveitar o momento para partir noutras direcções. Como dissemos, a isso voltaremos em breve.
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