sexta-feira, 24 de junho de 2011

Frase de fim-de-semana. por Jorge

"As mais perigosas mentiras são as
verdades ligeiramente distorcidas"

Georg Christoph Lichtenberg
(cientista e escritor alemão, 1742-1799)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Frase de fim-de-semana, por Jorge

"Penso que a NATO é uma criminosa de guerra"


Harold Pinter (nobel da literatura inglês, 1930-2008)

Desmistificar uma lenda negra

  1. O  debate sobre Stalin, aqui anunciado, a propósito do livro do filósofo Domenico Losurdo, foi interessante.
O autor não se coloca numa das posições simplistas de aceitar toda a "crítica" a Stalin que desde o relatório de Krustchev foi apadrinhada por alguma "esquerda" nem da aceitação  de formalização de teses sobre como fazer o socialismo a partir dum período,que foi uma das tragédias da revolução russa.
Insiste várias vezes que a construção do socialismo é um processo de aprendizagem trabalhoso e de maneira nenhuma concluído. 
E coloca à cabeça como motivação para escrever este livro o profundo mal-estar que lhe foi criando a equivalência entre Stalin e Hitler, a equivalência de crimes cometidos sob a direcção de ambos, o carácter anti-científico e desrespeitador da verdade histórica por alguma esquerda bem pensante incapaz de reflectir porque no final da guerra intelectuais e dirigentes políticos dos mais diferentes quadrantes fizeram o elogio da URSS e de Stalin. "Esquerda" que omitiu o objectivo nazi em relação ao povo russo - liquidá-lo e substituí-lo pela raça germânica, mantendo alguns negros para serem a nova escravatura desta população "renovada". Stalin estudou estas intenções de Hitler expressas no "Mein Kampf" e dedicou toda a sua actividade a partir daí à construção de um novo país, com elevada capacidade de produção própria em todos os domínios, incluido o militar, avançado tecnologicamente, unir os povos e nacionalidades, cometendo erros, considerados isoladamente, no plano da colectivização nos campos e no tratamento da questão das nacionalidades mas que, segundo o autor, foi o preço a pagar para salvar a pátria e derrotar os nazis - questão que ultrapassou em muito o interesse dum só Estado e iniciou a derrota do que a partir de determinada altura foi encarado como um flagelo futuro da humanidade.
Losurdo não o referiu mas é verdade histórica que dirigentes de alguns países, no início do conflito, viabilizaram a acumulação de recursos para a guerra por parte da Alemanha, puseram grandes empresas suas a trabalhar para Hitler, com a miragem de que, cumprindo com o "Mein Kampf", Hitler esmagasse os soviéticos e que, depois, eles esmagariam Hitler. A traição de Daladier e Chamberlain e o atraso da entrada na guerra dos EUA,que só desembarcaram na Europa depois da guerra ter começado a dar a volta foram preciosos para Hitler e uma catástrofe para o povo russo e outros povos.

2. Recorrendo sempre a declarações de anti-comunistas e outros críticos de Stalin, Losurdo desmonta o palavreado com que Krustchev se referiu a Stalin: indivíduo desprezível, que desenhava as frentes de batalha num globo escolar, que desempenhou um papel insignificante na guerra, responsável por crimes hediondos.

3. Retendo-se na paz de Brest-Litovski (assinada pela Rússia com o III Reich para melhor se preparar para a guerra)  Losurdo cita vários documentos e historiadores que confirmam a existência de um golpe em preparação para matar Stalin, que envolvia entre outros Trotsky e Bukharine. E sublinha que, depois da 1ª guerra e da guerra civil, a Rússia Soviética assiste ao desenvolvimento de um conflito ideológico muitíssimo agreste que quase se transformou noutra guerra civil - que Trotsky considerava inevitável contra Stalin. Sublinhando, porém, que  "o choque entre Stalin e Trotsky é um conflito não apenas entre dois programas políticos, mas também entre dois princípios de legitimação". Para o autor, desgraçadamente, tanto Stalin como Trotsky compartilham a mesma pobreza ideológica e, desconsiderando a categortia de contradição objectiva avançada por Hegel e Marx, e dos conflitos que nessa base se desenvolvem, ambos se limitam a trocas de acusações de "traição".

Mas, aconselho a ler o livro, por enquanto só em tradução brasileira e ao preço de 20 euros.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Um padre na revolta do leite, na Madeira, em 1936

No próximo dia 20 realiza-se no auditório da Universidade da Madeira o lançamento do livro "A revolta do leite", de João Abel Freitas, que terá como fonte um escrito do Padre César Teixeira da Fonte, relatório da sua prisão pela antecessora da PIDE, a PVDE em  1936.
Conheci Teixeira da Fonte no final dos anos 50 quando ia à casa paroquial de S. Sebastião receber verbas de solidariedade com a minha família pelo meu pai estar preso.
Dezenas de anos mais tarde um seu sobrinho, o historiador António Aragão, confiou-me uma cópia desse escrito. Tentei publicá-la, em vão. Há uns meses propus ao Padre Agostinho Jardim Gonçalves que, por via da Igreja, ele pudesse ser dado à estampa. Remeteu-me para o João Abel Freitas, de um grupo de amigos da Madeira a que estavam ligados, que tinha outra cópia sobre a qual estaria a trabalhar.
É, por isso, com muita satisfação que vejo este livro aparecer.
O Padre Teixeira da Fonte foi preso após a revolução da farinha e do leite na Madeira e, depois, regressou à freguesia do Faial, para logo depois ser colocado na paróquia de S. Sebastião, em Lisboa, onde o viria a conhecer. Aí tinha autorização para dizer missa mas n ão para fazer sermões, disse-me o sobrinho.
Como escreveu, não era um revolucionário. Foi preso quando tentava apaziguar os revoltosos. Mas o que sofreu na cadeia e depois, fez dele um anti-fascista, um apoiante dos oprimidos e dos presos políticos.
Parabéns ao João Abel Freitas e à Colibri por esta iniciativa que é, também, uma parte empolgante da nossa história.

Oposição nas Honduras promove iniciativas políticas

A Frente Nacional de Resistência Popular e Manuel Zelaya, presidente derrubado pelo golpe de Estado de 28 de Junho de 2009, e regressado do exílio há dias, convocaram para o próximo dia 26 de Junho, na capital, Tegucigalpa, uma assembleia geral da resistência.

O ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya e a resistência reuniram-se durante dois dias no norte do país, em Tocoia,  para discutir "a importância que tem para o país uma Constituição" e convocaram uma assembleia da resistência popular para o dia 26 de Junho, informou neste domingo um assessor do presidente derrubado.

Zelaya, que desde ontem se encontra no departamento de Colón, "também está a promover o que seria uma frente ampla política", dentro da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), no qual participam setores de diferentes ideologias, explicou seu assessor Rasel Tomei.
Tomei disse neste domingo que "a concentração  em Tocoa foi grande, com milhares de hondurenhos procedentes de diferentes regiões do país".
O assessor acrescentou que Zelaya também se  deve reunir com dirigentes do Movimento Unificado Camponês do Aguán (Muca), que exige terras ao Governo.

A situação no departamento onde Zelaya está,  tornou-se muito conflituosa por  nos últimos dois anos seguranças privados terem reprimido a ocupação de fazendas por centenas de camponeses. Os confrontos armados deixaram mais de 20 de mortos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Danny Glover: "se pensarmos que o sistema se vai modificar por si só..."

O actor norte-americano Danny Glover afirmou em Havana que a chegada ao poder de Barack Obama em nada mudou a marginalização sofrida por negros e latino-americanos nos Estados Unidos, agravada com a crise, segundo uma entrevista publicada nesta terça-feira.



"O facto de (os EUA) terem um presidente negro (...) não trouxe vantagem alguma para os afro-americanos. O certo é que negros e latinos são os sectores populacionais que sofrem mais rigorosamente o impacto da crise", declarou ao jornal oficial Granma.
"Falam que já estamos saindo dos piores momentos (...) estatísticas citam o fim da recessão e o início da recuperação. Mas estas estatísticas não chegam aos negros e latinos, cada vez mais pobres", ressaltou. O ator negro, 64 anos, estimou que "o problema está no mesmo sistema, criado sobre bases destrutivas", não apenas nos Estados Unidos, "mas em boa parte do planeta".

"Vivemos no meio de um esbanjamento material, que confunde o consumo com o bem-estar, a acumulação de recursos com sucesso. Sem pensar no dano que fazemos a nós mesmos", disse. "Devemos tomar consciência disso porque se continuarmos a acreditar que o sistema se vai emendar por si só e resolver estes problemas, estaremos a   enganarnos e a cair  numa armadilha", acrescentou.
O actor norte-americano, em Havana, considerou o resgate das contribuições da cultura africana para a humanidade como parte de "um grande projeto colectivo". "A nossa responsabilidade vai muito além de representar os afrodescendentes e defender os temas relacionados a eles. Mas também abordar a vida daqueles biliões que nós também representamos", afirmou Glover num seminário na capital cubana.
Na sua intervenção, o ator considerou necessário identificar projectos para resgatar as contribuições deixadas pela cultura africana aos países latino-americanos e do Caribe. "Estamos numa etapa na qual os afrodescendentes de todo o mundo estão visíveis. E é um grande projeto, não o projeto de um país individualmente, mas um projeto colectvo", destacou.
Glover ressaltou que a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) dedicou 2011 como o "Ano Internacional dos Afrodescendentes". Nos seis meses transcorridos desde então este é o primeiro evento do qual participa "que trata com seriedade deste tema", disse.
Desde sua chegada a Havana no final de semana passado, Glover e sua esposa, a intelectual brasileira Eliane Cavalleiro, visitaram vários projectos vinculados ao programa de cooperação da Unicef em Cuba.

Membro do Partido Comunista norte-americano, o actor de 63 anos visitou Cuba em várias oportunidades. A última havia sido em 2009 quando presidiu junto com Harry Belafonte à abertura do escritório da Mostra Itinerante de Cinema das Caraíbas.

Glover, revelado no filme "A cor púrpura" (1985) de Steven Spielberg, e famoso pelo eu papel com Mel Gibson em "Máquina mortífera" (1987), visita a ilha como Embaixador da Boa Vontade da UNICEF para participar no seminário "Cuba e os povos afrodescendentes da América.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

"Stalin: História crítica de uma lenda negra", de Domenico Losurdo

No próximo dia 15, 4ª f, às 189 h, é apresentado em Lisboa este livro de Domenico Losurdo, director da Faculdade de Educação da Universidade de Urbino.
Com a presença do autor, intervirão neste acto João Arsénio Nunes, professor associado do CEHC-IUL e o escritor e jornalista Miguel Urbano Rodrigues.
A sessão é organizada pelo CEHC e apoiada pela FCT.
A apresentação decorrerá no Auditório Afonso de Barros, na aula autónoma do ISCTE.

Stalin, por Picasso, 1952
Nascido em 1941 nos arredores de Bari, Domenico Losurdo é actualmente Director da Faculdade de Educação da Universidade de Urbino e Presidente da Sociedade Internacional Hegel de Filosofia Dialéctica.


Um dos seus principais campos de investigação situa-se na reconstrução da história política da filosofia clássica alemã, de Kant a Marx, tendo ainda dedicado ensaios a Nietzsche e Heidegger.
Mais recentemente dedicou-se a uma leitura crítica da tradição liberal e das origens ideológicas do fascismo e do nazismo, na sua relação com as tradições coloniais e imperialistas.

De sua autoria, estão publicadas em português as seguintes obras: Hegel, Marx e a tradição liberal (Unesp, 1988); Democracia ou bonapartismo (Unesp, 2004); Fuga da História: a revolução russa e a revolução chinesa vistas de hoje (Revan, 2004); Contra-história do liberalismo (Idéias & Letras, 2006); Liberalismo: entre civilização e barbárie (Anita Garibaldi, 2006); Antonio Gramsci: do liberalismo ao “comunismo crítico” (Revan, 2006); A linguagem do império. Léxico da ideologia estadunidense (Boitempo, 2007); Nietzsche, o rebelde aristocrata (Revan, 2009).                                        

domingo, 12 de junho de 2011

Da Líbia para a Síria, a ingerência dos EUA, França, Inglaterra e Alemanha não para...

Há alguns meses despoletaram-se protestos populares na Síria.
Na sua origem estiveram sucessivas declarações de estado de emergência e uma deslocação da política do governo que acentuou a opção pelos ricos, incluindo emigrantes, contra os interesses dos mais débeis: quebra de subsídios sociais e à lavoura, redução do controlo sobre o comércio externo sem garantir a modernização da indústria para competir com terceiros, um aumento significativo do desemprego, com particular incidência nos jovens.
A anulação da legislação sobre o estado de emergência, o fim do Tribunal de Segurança de Estado e a legalização de manifestações pacíficas, a criação de comissões para preparar actos eleitorais, o aparecimento de mais partidos e outras medidas foram decididas mas foram atrasadas e os protestos alargaram-se a várias cidades.
Uma acção da inteligência dos países neo-colonialistas entrou em acção procurando apoiar-se nestes protestos, recrutando snipers que passaram a matar transeuntes de forma indiscriminada. Mais recentemente, grupos armados passaram a matar militares e polícias com especial gravidade nos últimos dias.
A repressão tem sido exagerada e os EUA esfregam as mãos por pensarem poder acabar com o regime que mais se opôs aos seus intentos no Médio Oriente, de dividir os países árabes, de acicatar divisões étnicas em cada um deles, de liquidar os palestinianos com o apoio de Israel.
Em comunicado publicado hoje o Partido Comunista Sírio propôs a realização urgente de uma conferência que abranja todos os partidos, incluindo a oposição, os sindicatos, a intelectualidde, os meios da Cultura e da Religião para se encontra uma solução de concertação que garante a resolução interna dos conflitos e conjure as ingerências externas.

Os gregos já não podem mais...

sábado, 11 de junho de 2011

A ONU não pode esconder o que ela própria constatou sobre a Líbia

A Líbia de hoje
1 - Maior Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África e até hoje é
maior que o do Brasil (ver mapa abaixo);

2 - Ensino gratuito até a Universidade;

3 - 10% dos alunos universitários a estudar na Europa, EUA, com tudo pago;

4 - Ao casar, o casal recebe até 50.000 dólares para adquirir seus bens;

5 - Sistema médico gratuito, rivalizando com os europeus. Equipamentos de última geração, etc...;

6 - Empréstimos pelo banco estatal sem juros;

7 - Inaugurado em 2007, o maior sistema de irrigação do mundo, vem tornando o
deserto (95% da Líbia), em fazendas produtoras de alimentos.;





Em 2011, A Líbia tem um IDH de 0.840, Portugal 0.900 (ambos a verde no mapa acima), Espanha 0.949, EUA 0.950, Brasil 0.807.

Então porque é que a NATO se quer apoderar da Líbia?
São três  os principais motivos:

1 - Tomar conta do seu petróleo, de boa qualidade, com produção superior a 45 biliões
de barris em reservas;

2 - Fazer com que todo o Mediterrâneo fique sob controle da NATO. Se esta se apoderar da Líbia,
segue-se a Síria, onde sectores ligados à administração americana já começaram a falar de guerra civil próxima, como a que provocaram na Líbia;

3 - E provavelmente o maior: o Banco Central Líbio não está atrelado ao sistema  financeiro internacional. As suas reservas são toneladas de ouro, dando suporte ao valor da moeda, o dinar, e desatrelando-a das flutuações do dólar.
Mas o sistema financeiro internacional ficou possesso com Kaddafi, quando ele propôs, e quase conseguiu, que os países africanos formassem uma moeda única desligada do dolar - objectivo que se mantem nas aspirações de muitos países em todo o mundo.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Humala vence no Peru

No dia em que Sócrates era derrotado, no Peru o povo elegeu o candidato das forças progressistas e rejeitou o regresso do fujimorismo de má memória.
Nestas eleições constituiu la aliança eleitoral Gana Perú, do Partido Nacionalista Peruano com varios partidos de esquerda como o Partido Comunista Peruano, o Partido Socialista, o Partido Socialista Revolucionario, o Movimento Político Voz Socialista e um sector importante do Movimento político Lima para Todos.
Aqui fica, sem tradução, a primeira reacção dos comunistas peruanos:

Perú: comienza una nueva etapa

Fue una dura batalla, pero al final vencimos al miedo, al inmovilismo, a la mafia y a los torpes operadores de los poderes fácticos que pusieron todos los huevos en la canasta de la candidata fujimorista para impedir el triunfo de Ollanta Humala.
Con el inobjetable triunfo electoral de Ollanta Humala comienza una nueva etapa en la historia de nuestra patria. Hemos desplazado a los sectores neoliberales del control del gobierno, y por primera vez en la historia de nuestra patria, tenemos la gran oportunidad de construir un gobierno que defienda los intereses nacionales y se convierta en un genuino representante de los sectores mayoritarios, de aquellos que fueron marginados por la derecha neoliberal de los beneficios del crecimiento económico.

Estamos frente a una responsabilidad histórica y por lo tanto tenemos que ser coherentes y consecuentes con el mandato popular que hemos recibido. Sabemos que no será facil y que la gobernabilidad del país dependerá mucho de la conducta que asuma el poder económico, el verdadero poder que en esta segunda vuelta actuó como el eje integrador de las fuerzas conservadoras opuestas al cambio. Esperemos que las voces alarmistas que buscaban crear un clima de desconfianza en los factores económicos asuman con responsabilidad su compromiso con la patria y reconozcan el legítimo mandato popular surgido de las urnas.

Nosotros no nos hacemos muchas ilusiones, porque sabemos la naturaleza reaccionaria de la burguesía peruana, y por eso mismo tenemos la obligación y responsabilidad política de garantizar el derecho a gobernar obtenido por Ollanta Humala.
Ollanta Humala, asumiendo responsablemente los resultados electorales de la primera vuelta, ha planteado la necesidad de avanzar hacia un gobierno de concertación nacional, en donde se plantea como una tarea de primer orden la de combinar crecimiento económico con inclusión social. Es decir, se trata de dar forma a un gobierno de concertación nacional para garantizar el cambio en libertad y democracia.
Pero también somos firmes en señalar que la primera concertación a buscar es con el pueblo. Esto tiene que reflejarse en la composición del gabinente ministerial y en la importancia que el nuevo gobierno de Ollanta Humala emita señales inequívocas de que habrá un cambio de rumbo en lo que se refiere a las prioridades gubernamentales.

Necesitamos dar pasos concretos en la aplicación de las ofertas electorales: Pensión 65, aumento del salario mínimo vital, lucha frontal contra la corrupción, creación de empleos, aprobación de la nueva ley del trabajo, acabar con las servis y los contratos temporales, reforma tributaria, impuesto a la sobreganancia de las empresas mineras, fortalecimiento de la democracia, diálogo permanente con el pueblo. etc.

Es sobre esta base que estaremos construyendo un gobierno coherente y consecuente con la propuesta del cambio. Y ese es el compromiso de los comunistas, de trabajar por hacer realidad las promesas electorales por los cuales el pueblo peruano voto.

Kadhafi sem a censura da NATO ou de Luis Amado

A intervenção ilegal que está a ser feita pela NATO contra a Líbia, a ultrapassagem da permissiva resolução do Conselho de Segurança da ONU, os problemas humanitários que está a criar, são uma vergonha para a comunidade internacional.
Um país árabe que saiu do colonialismo e da pobreza na sequência de uma revolução conduzida por Kadhafi, moderno, equilibrado, com um estado social exemplar, está a ser destruído, hipotecado, por potências europeias e os EUA que se preparam para se lançar na pilhagem.
Kadhafi não é um santo. Teve atitudes internas censuráveis. Porém, nos EUA, na Fraça ou na Itália não lhe ficam atrás.
O apoio em negócios mutuamente vantajosos com outros países romperam com umas primeira tentativa de isolamento promovido pelos ianques, que chegaram então a matar uma sua filha.
A maior parte do mundo não tem sobre a Líbia uma visão isenta que dê voz a representantes do regime de Kadhafi. E está a ser vítima de uma campanha de desinformação em que parece valer tudo.
Por isso, damos aqui voz a Kadhafi, numa mensagem dirigida ao mundo há cerca de um mês, também ela objecto de silenciamento de "democratas" como Obama, Berlusconi, Sarkozy e Sócrates mais o seu correlegionário Luís Amado.

Kadhafi Aberto e sem Censura, de
"Lembranças da Minha Vida"
do Coronel Muammar Gaddafi, líder da Revolução.
publicado em 5 de Abril de 2011.

Em nome de Deus, Clemente, e Misericordioso...
Durante 40 anos, ou mais, já nem me lembro direito, eu fiz tudo que pude
para dar ao meu povo casas, hospitais, escolas, e quando eles estavam com
fome, dei-lhes comida.

Eu mesmo tornei Benghazi de uma região desértica e sem agua numa região
irrigada e fértil transportando agua a longa distancia, enfrentei os ataques
daquele cowboy Reagan, quando ele matou a minha filha órfã adoptiva, ele que
estava tentando me matar, ao invés disso matou aquela pobre criança
inocente.

Ajudei meus irmãos e irmãs da África doando dinheiro para a União Africana.

Fiz tudo que pude para ajudar as pessoas a entender o conceito de uma
verdadeira democracia, onde os comités do povo governavam o nosso país. Mas
isso nunca parece ter sido suficiente, como alguns me disseram, mesmo as
pessoas que tinham casas com dez quartos, roupas e móveis novos, nunca
estavam satisfeitos e como os egoístas que eram, queriam sempre mais. Esses
mesmos quem disseram aos americanos e outros visitantes, que precisavam de
"liberdade", " de democracia" que o meu sistema não prestava sem perceber
que o sistema americano é constituído por algozes famintos onde o maior cão
come os outros, mas eles ficaram encantados com aquelas palavras, não
percebendo que nos Estados Unidos, não existe cuidados médicos ou hospitais
de graça, moradia gratuita, educação e comida grátis, excepto se as pessoas
forem pedintes ou então passar horas em longas filas para obter uma
miserável sopa.

Não, não importa o que eu tenha feito, nunca foi o suficiente para alguns,
mas para outros, eles sabem que eu sou o filho de Kamal Abdel Nasser, o
único árabe e verdadeiro líder muçulmano que tivemos desde Salah al-Deen,
quando ele reivindicou o Canal de Suez para o seu povo, como eu reivindiquei
também a Líbia, para o meu povo tentando seguir os seus passos para manter o
meu povo livre da dominação colonial - dos ladrões globais que roubam de nós
tudo o que podem.

Agora, eu estou sob o ataque da maior força da história militar, Obama, quem
considero o meu pequeno filho Africano, quer me matar, para tirar a
liberdade do nosso país, para tirar do nosso povo a habitação gratuita, os
nossos medicamentos gratuitos, o nosso ensino gratuito, a nossa comida de
graça, e substituí-la pelo roubo de estilo americano, chamado "*capitalismo*",
mas todos nós do Terceiro Mundo sabemos o que isso significa, isso significa
que as grandes corporações gerem os países, gerem o mundo e as pessoas
sofrem.
Assim, não há alternativa para mim, devo enfrentar tudo com firmeza
e, se Deus quiser, irei morrer, seguindo o Seu caminho, o caminho que tornou
o nosso país rico em terras agrícolas, com alimentos e saúde, para todos e
que até mesmo nos permitiu ajudar nossos irmãos e irmãs árabes e africanos
trabalhando aqui connosco, na Jamahiriya Líbia.

Eu não quero morrer, mas se tiver que chegar a esse ponto para salvar esta
terra, o meu povo, os milhares que são todos meus filhos, então que assim
seja.

Que este testamento seja a minha voz para o mundo, que eu enfrentei e
combati os ataques dos Cruzados da NATO, combati a crueldade, combati a
traição, enfrentei e combati o Ocidente e as suas ambições colonialistas, e
que eu estive sempre do lado dos meus irmãos Africanos, os meus verdadeiros
árabes e irmãos muçulmanos, como um farol de luz. Quando os outros estavam
construindo castelos, eu morava numa casa modesta, e numa tenda. Eu nunca
esqueci a minha juventude, em Sirte, não gastei o nosso tesouro nacional *
loucamente, e tal como Salah al-Deen, o nosso grande líder muçulmano, que
resgatou Jerusalém para o Islão, tirei pouco para mim ...

No Ocidente, alguns me chamaram de "louco", "excêntrico", opressor, mas
sabendo eles a verdade ainda continuam a mentir, eles sabem bem que a nossa
terra é independente e livre, e não sob o jugo colonial, e que a minha visão
e o meu caminho, é e tem sido claro para o meu povo e que vou lutar até meu
último suspiro para nos manter livres, que Deus todo-poderoso nos ajude a
permanecer fiéis e livres.

Coronel Muammar Kadhafi, 2011/05/04
Copyright Col. Muammar Kadhafi, - Mathaba.Net
Publicado no site www.mathaba.net/


Nota - A líbia sempre manteve mais de 89% do tesouro nacional nos bancos do
governo sendo a maior parte do tesouro Líbio constituído por ouro. Segundo
dizem alguns é por isso que a elite global só pôde congelar as contas
externas da Líbia, e que quando a invasão terminar, ai poderão livremente
pilhar os cofres da Líbia, o petróleo a agua na qual a Franca esta
interessada e etc. etc.

Baseado na tradução Professor Sam Hamod, Ph.D. e no artigo original escrito
em Árabe.

Gaddafi nasceu em 1942 na área costeira de Sirte filho de pais nómadas.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Frase de fim-de-semana, por Jorge

"Dum spiro spero."

"Enquanto respirar espero"
ou "enquanto há vida há esperança"

atribuída a Cícero
(filósofo e político romano, 106-43 aC)
                                                                                                              

terça-feira, 7 de junho de 2011

Carlos Carvalhas no Prós e Contras da passada 2ª feira

Convidamo-vos a ver este programa sobre a aplicação do programa da troika onde teve uma intervenção fundamental Carlos Carvalhas.
http://ww1.rtp.pt/icmblogs/rtp/pros-contras/

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A próxima política de direita também será derrotada. A que tivemos durante seis anos já o foi...

Ontem, após 6 anos da mesma política, acelerada dia após dia, Sócrates foi derrotado.
Na completa negação da realidade que essa política provocou, Sócrates e essa política afundaram-se.
Não, não nego que isso é acompanhado por um governo de direita que está em constituição. E quew isso comporta perigos elevados.
Mas importa sublinhar que, se esse ponto final acabou por acontecer, isso se deveu a que a resistência dos trabalhadores, dos agricultores, professores, de sectores importantes da chamada classe média não foi deixada apenas a debates parlamentares, debates televisivos entre comentadores, em geral pouco atreitos a lerem essa realidade, ficando-se pela frase feita, o remoque pessoal e os cenários pré-fabricados para as leituras de conveniência.
Foi nas ruas, nos protestos, nas propostas de política alternativa que quem lutou foi revelando. Se isso não tivesse existido a aspiração à mudança não seria tão forte.
Todos sabemos, da experiência da história, que isso não reverte automaticamente para um reforço global da esquerda. Há muitos condicionamentos ao voto que têm a ver com receios criados e infundados e com um controle dos conteúdos mediáticos em que nos movemos - com algumas importantes excepções mas de eficácia desproporcionada.

As pretensas responsabilidades da "extrema esquerda" pela derrota do PS, de que ontem ainda se ouviu arremedo por parte de alguns dirigentes seus, reflectem tão só a sua incapacidade auto-crítica. Como se a esquerda se tivesse que andar com Sócrates e a sua política ao colo por entender ele pertencer à "esquerda"... Ou a perfilhar disparates, não inocentes, como os os que Rui Tavares (euro deputado independente do BE, colunista do Publico) que hoje nos diz coisas como:
"Nada pode escamotear a dimensão desta derrota para a esquerda portuguesa (...) Só não sabemos responder a esta pergunta: onde falhámos nós (...)". Falhou quem: o colunista, a sua contemplação com Sócrates?
Manuel Alegre seguiu-lhe as pisadas, querendo diluir na "esquerda" a responsabilidade e consequências da política de direita dos dirigentes derrotados do PS.
À esquerda houve quem cumprisse as responsabilidades próprias de ser de esquerda: a CDU. Na rua, na batalha eleitoral e na percentagem eleitoral e mandatos. E é estranho que um analista, Raposo Antunes, no Publico avance na afirmação de que "De eleição em eleição, o PCP continua a segurar o eleitorado, sem se perceber muito bem como é possível que isso aconteça em pleno século XXI"(...) "Por estranho que isto possa parecer em 2011 num país da União Europeia"... Ó Sr. Raposo você não percebe. Pronto. Tem essa dificuldade. Veja lá se resolve isso...

Face à previsível constituição de um governo PSD/CDS, uma analista de direita, Helena Matos, refere, no mesmo jornal "(os homens da troika) foram os grandes vencedores da noite: 78,4% dos eleitores votaram nos partidos que assinaram o memorando". Ela deve saber que tal matéria foi omitida na campanha eleitoral pela "nossa" outra troika. Porque não propõe a analista uma consulta popular, item por item das medidas assinadas?
Outra, Leonete Botelho,  vai avançando que "Agora que o memorando da troika aponta para reformas que exigem mudança na lei fundamental, PSD e CDS poderão ser tentados a propor um texto que vá para além do necessário"...Alguém ouviu isto no decurso da campanha, que possa conferir legitimidade eleitoral a tal "tentação"?
Bom, a prosa vai longa.
Tentar vai a direita tentar muita coisa. Mas os portugueses não emigraram todos e vão estar atentos.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Frase de fim-de-semana, por Jorge

"Lord, what fools these mortals be!"
"Senhor, que tontos são estes mortais!"

William Shakespeare
(Sonhos de uma Noite de Verão, acto 3, cena 2)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Os que nos querem esmifrar gastam à tripa forra!...

Durão gastou 28 mil euros por 4 noites em Nova Iorque.
A notícia vem hoje no londrino "The Telegraph", que diz que Barroso se fez acompanhar por uma delegação de oito pessoas para a cimeira das alterações climáticas.

O "The Telegraph", baseou-se numa investigação do Bureau of Investigative Journalism.
O presidente da Comissão Europeia, terá gasto 28 mil euros numa estadia de quatro noites num hotel em Nova Iorque, em Setembro de 2009, quando esteve presente na cimeira das alterações climáticas das Nações Unidas. O dinheiro, além da estadia do hotel, incluiu aluguer de salas de reuniões e equipamento. Não há referência a acompanhantes...
Segundo o jornal, a Comissão Europeia terá gasto mais de 7,5 milhões de euros em jactos privados, entre 2006 e 2010. Existem ainda fortunas gastas em festas, prendas de luxo, aluguer de limousines e estadias em hotéis de cinco estrelas - só em festas de luxo terão sido gastos cerca de 300 mil euros.

Clique aqui para ler a notícia do "The Telegraph".