domingo, 31 de agosto de 2014

Para onde nos estão a levar os EUA? A nova guerra que conduzem é para sarar as suas feridas?

Segundo o jornalista e comentador Harry Dent, em opinião expressa nesta seThe Market Oracle, o estado da economia norte-americana está numa situação crítica, à beira do colapso.
mana, no
O rebentar de uma borbulha, resultante das tentativas de manipular a banca e conter a crise financeira de um modo artificial, implicará a uma confrontação interna nos EUA contra as elites dirigentes que se arrastará a todo o Ocidente.
A classe média empobreceu face à elite do país.
A revolta em que participarão os trabalhadores e a classe média abrangerá todos os países ditos desenvolvidos e levará ao seu ressurgimento.
O próprio multi milionário Donald Trump em entrevista à Fox News, garantiu que o elevadíssimo nível da dívida, a ultrapassar os 16 milhões de milhões de dólares,a elevada taxa de desemprego e a redução da qualidade do crédito são os ingredientes necessários à rápida ruína do país, que já hoje não é um país rico e tem necessidade do crédito chinês e japonês.
Mas o investimento a partir destes dois mercados tende a reduzir-se face às confirmações de uma inflação problemática nos EUA (declaração recente de Janet Yellen, presidenta da Reserva Federal..
As saídas líquidas de capital estrangeiro em Junho foram de 156,9 milhares de milhões face a uma entrada de 3,4 mil milhões de dólares de capital estrangeiro, segundo a Bloomberg.

O milionário  Trump diz que a taxa de desemprego de 8,2 %  não corresponde à realidade, podendo situar-se num valor entre os 16 e os 21 %
Segundo ele os EUA podem chegar a uma situação semelhante à da Espanha e da Grécia mas numa escala muito maior.

O professor Steven Davis, da Universidade de Chicago, queixa-se, porém, que o mercado de trabalho nos EUA é cada vez menos dinâmico e mais sensível, o que afecta negativamente a economia. A descida da "fluidez desse mercado originou desemprego, menor produtividade e salários baixos. Isso, segundo o autor, ficou a dever-se às grandes empresas que eliminam dos negócios das empresas mais eficientes,  à menor capacidade dos trabalhadores mais velhos irem para a mobilidade, e às dificuldades em despedir devido à força dos sindicatos...(NT - a salvação da especulação, da corrupção à custa de quem trabalha e dos seus direitos).

A saída da situação com a guerra contra a Rússia, e o lançar de mão a recursos, particularmente o petróleo do Médio e Próximo Oriente está em cima das mesas  dos estrategas norte-americanos há mais de uma década, quando pensaram que a Rússia estava na mão. É dessa altura que um primeiro passo ocorre em 2001 nas torres do World Trade Center em Nova Iorque.

Face à situação, nomeadamente, na Ucrânia, Passos Coelho depois da reunião dos governos europeus de ontem onde os ímpetos anti-russos subiram no tom da voz, declarou a um jornalista que quis saber a posição do governo português que "não podemos assobiar para o ar como se nada se passasse...".

sábado, 30 de agosto de 2014

Ucrânia e Síria: os EUA, com a UE à arreata, preparam a guerra

As declarações de Obama de ontem disse que a luta contra os criminosos do ISIS seria muito arrastada, deixam prever com a utilização do ISIS, a invasão de novo do Iraque e também da Síria, que Obama não conseguiu vencer com mercenários bem armados responsáveis por muitas mortes e demolições de cidades.
A tropa do ISIS, podendo ter alguns recursos de apoios locais, é reconhecido internacionalmente por ser constituído por bandos de bandidos e desesperados recrutados no Ocidente. E dispor de recursos que só lhe podem ter sido fornecidos pelo Ocidente.

O assassinato de 250 militares sírios, com tiros na nuca numa vala comum, não exigiria que os EUA e a UE interviessem com operações cirúrgicas acordadas com as autoridades dos dois países para cortar o mal pela raiz?

Quanto à Ucrânia afastou a intervenção militar mas não são os EUA e a UE quem fornece todo o tipo de recursos aos fascistas de Kiev.
Eles são os herdeiros dos ucranianos nazis que cooperaram com os alemães ocupantes no envio para a morte de dezenas de milhares de compatriotas. O seu chefe era um nazi sanguinário: Stephan Bandera.
Quando, com o apoio dos EUA deram o  golpe em Kiev e instalaram-se no poder, procedendo a saneamentos em massa, à instauração da censura, aos tiros de snippers que mataram oposicionistas.
É com esta herança de sangue que EUA e UE se entenderam para pressionar a Rússia, serem interlocutores de apelos de novas sanções contra ela, que puseram fim à desejável relação já institucionalizada entre a Rússia, os EUA e UE, recriando uma nova fase de guerra fria, dificultando durante semanas a entrada de comboio humanitário vinda da Rússia para as regiões insurgentes. E a NATO prepara-se para incorporar um contingente militar ucraniano com previsões operacionais contra os independentistas e a Rússia, isto é,dar uma cobertura institucional geradora de solidariedades internas, que viabilize o ataque à Rússia por tropas ucranianas.
O apoio aos fascistas já não é o que foi e os ucranianos, venceram os receios, manifestando-se ontem em Kiev contra o Presidente.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Frase de fim-de-semana por Jorge


"Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
 (...)
 Caminhas entre mortos e com eles conversas
 
sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.
 (...)
 Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua 
derrota
 
e adiar para outro século a felicidade coletiva.   
 Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego 
 e a injusta distribuição
 porque não podes, sozinho,
 dinamitar a ilha de Manhattan."

Carlos Drummond de Andrade 
poeta brasileiro, 1902-1987,
de Elegia 1938 (em Sentimento do Mundo)


(os poetas e as suas metáforas...)







História do Jazz, José Duarte (in Publico 28 Agosto)


Nascido do blues, das work songs dos trabalhadores negros norte-americanos, do negro spiritual protestante e do ragtime, o jazz passou por uma extraordinária sucessão de transformações no século XX. É notável como essa música se modificou tão profundamente durante um período de apenas um século.
O termo jazz começa a ser usado no final dos anos 10 e início dos anos 20, para descrever um tipo de música que surgia nessa época em New Orleans, Chicago e New York. Seus expoentes são considerados "oficialmente" os primeiros músicos de jazz: a Original Dixieland Jass Band do cornetista Nick LaRocca, o pianista Jelly Roll Morton (que se auto-denominava "criador do jazz"), o cornetista King Oliver com sua Original Creole Jazz Band, e o clarinetista e sax-sopranista Sidney Bechet. Em seguida, vamos encontrar em Chicago os trompetistas Louis Armstrong e Bix Beiderbecke, e em New York o histriônico pianista Fats Waller e o pioneiro bandleader Fletcher Henderson. Em 1930 o jazz já possui uma "massa crítica" considerável e já se acham consolidadas várias grandes orquestras, como as de Duke Ellington ,Count Basie , Cab Calloway e Earl Hines.
A evolução histórica do jazz, assim como da literatura, das artes plásticas e da música clássica, segue um padrão de movimento pendular, com tendências que se alternam apontando em direções opostas. Em meados dos anos 30 surge o primeiro estilo maciçamente popular do jazz, o swing, dançante e palatável, que agradava imensamente às multidões durante a época da guerra. Em 1945 surge um estilo muito mais radical e que fazia menos concessões ao gosto popular, o bebop , que seria revisto, radicalizado e ampliado nos anos 50 com o hard bop . Em resposta à agressividade do bebop e do hard bop, aparece nos anos 50 o cool jazz , com uma proposta intelectualizada que está para o jazz assim como a música de câmara está para a música erudita.
cool e o bop dominam a década de 50, até a chegada dofree jazz, dando voz às perplexidades e incertezas dos anos 60. No final dos anos 60, acontece a inevitável fusão do jazz com o rock, resultando primeiro em obras inovadoras e vigorosas, e posteriormente em pastiches produzidos em série e de gosto duvidoso. Hoje existe espaço para cultivar todos os gêneros de jazz, desde o dixieland até o experimentalismo free, desde os velhos e sempre amados standards até as mais ambiciosas composições originais para grandes formações. Mas qual seria o estilo de jazz próprio dos dias de hoje? Talvez o jazz feito com instrumentos eletrónicos - samplers e sequenciadores - num cruzamento com o tecno e o drum´n´bass. Se esse jazz possui a consistência para não se dissolver como tantos outros modismos, só o tempo dirá

domingo, 17 de agosto de 2014

Alguns dados estatísticos a não deixar de considerar

Não ignorando o que de muitas áreas o nosso país tem de positivo, belo e bom, a começar pelos próprios portugueses, não podemos deixar de considerar realidades que terão que fundamentar uma política alternativa

Pobres em Portugal: 3 milhões de pessoas.
Desempregados: 1.300.000 indivíduos.
População ativa em Portugal: 5.587.300 indivíduos.
População prisional: 12.681 reclusos.
Emigrantes portugueses (até à 3.ª geração): 31,2 milhões pelo mundo fora.
Crianças portuguesas com fome assinalados nas escolas: 12 mil.
Portugueses com fome: 300 mil.
Idosos na solidão: 23 mil idosos a viverem sozinhos ou na solidão (Censo da GNR).
Portugueses sem médico de família: 700 mil pessoas.
Pessoas sem-abrigo: 3.500.

Pessoas sem água canalizada ou esgotos ao domicílio: 700 mil.
Preços dos combustíveis: dos mais altos da Europa e do mundo, Gasolina €1,53, Gasóleo € 1,39
Remunerações dos conselhos de administração das 20 empresas portuguesas cotadas na Bolsa quintuplicaram entre 2000 e 2012. Paralelamente, os gestores das empresas portuguesas ganham, em média, cerca de 30 vezes mais do que os trabalhadores das empresas que administram.
As 100 maiores fortunas de Portugal valem 32 mil milhões de euros, o que corresponde a 20% da riqueza total nacional.
PIB Portugal em 2012: 165 mil milhões de euros (contração de 3,2% em relação a 2011)
Crescimento do PIB de 2000 a 2012: (segundo estudos do FMI) o PIB de Portugal cresceu apenas 1,97%.
25,4% (3.7 milhões)dos habitantes em Portugal vivem com menos de 414 euros por mês, ou sejam são os considerados oficialmente (!) como pobres.
41% dos portugueses vivem em privação material, (dificuldade, por exemplo, em pagar as rendas sem atraso, manter a casa aquecida ou fazer uma refeição de carne ou de peixe pelo menos de dois em dois dias).
14,5% por cento dos portugueses vivem em casas sobrelotadas.
População portuguesa abaixo do índice de pobreza: 20% - 2 milhões de pobres, sendo que 1/3 são reformados, 22% são trabalhadores remunerados e 21,2% são trabalhadores por conta própria.
5% da população portuguesa (530 mil pessoas) sofre sérias perturbações no acesso a alimentos.
Défice do Estado Português em 2012: 6,4% do PIB, ou seja 10,6 mil milhões de euros.
25% das crianças portuguesas que entram na escola (375 mil) vêm de famílias onde a pobreza é extrema.
Orçamento da Assembleia da República para 2013: 65 milhões 18 mil 783 euros.
Subsídios aos partidos políticos: 64 milhões 195 mil 300 €. (mais 56% do que em 2012)
Orçamento da Presidência da República Portuguesa para 2013: 16 milhões 272 mil 380 € (-0,84% do que em 2012).
Dívida Pública Portuguesa: Dívida total (fim de Março de 2013) : 199.676.349.188€ (123,6% do PIB). Em 1974 eram de 10 mil milhões, correspondendo a 20% do PIB, ou seja, em 39 anos a dívida foi multiplicada por 20 vezes mais.
Juros anuais da dívida pública portuguesa: Segundo o INE, em 2010, os juros da Divida Pública atingiram 6.849 milhões no final de 2012.
Reservas de ouro do Banco de Portugal:382.509,58 kg.
Dívida externa portuguesa, em fevereiro de 2013: 734,3 mil milhões de Euros (cada Português deve € 69.300,00 ao estrangeiro).
Em 2012, cada cidadão pagou só de juros da dívida pública 754 euros o que, no conjunto, equivale a 4,4 por cento do PIB
Défice da balança comercial portuguesa de transações em Fevereiro de 2013:2.23 mil milhões de Euros.
Beneficiários do Rendimento Social de Inserção: 274.937 pessoas.
Salários dos principais gestores públicos em 2010: Presidente da TAP (Fernando Pinto) € 624.422,21 (igual a 55,7 anos de salário médio anual de cada português), o Presidente da CGD (Faria de Oliveira) recebeu € 560.012,80 (igual a 50 anos de salário médio anual de cada português) e o seu Vice-Presidente (Francisco Bandeira) recebeu € 558.891,00, Salário anual do Governador do Banco de Portugal 243 mil Euros, Salário anual do presidente da Anacom 234 mil Euros.
Despesa total do Estado com reformas de ex-políticos e ex-governantes em 2010: 280 milhões de euros, passando a serem secretos, portanto desconhecidos os números reais desde então, por ordem do Governo e da Assembleia da República.
Toxicodependentes: 50 mil toxicodependentes em tratamento.
Criminalidade em 2012: 385.927 crimes, 22.270 crimes violentos e graves, 419 sequestros, 149 homicídios, raptos e roubos.
Portadores de HIV: 41.035
Prostitutas e pessoas ligadas ao sexo: mais de 30.000.
Eletricidade 61% mais cara que a média da OCDE. Média da OCDE = 0,12 KVW, Portugal = € 0,16 KVW, Grécia = € 0,10 KVW, Espanha = € 0,14 KVW.
Petróleo Doméstico mais caro da Europa: Tonelada métrica em Portugal = € 386,00; Média da OCDE = € 333,00.
Gasolina com carga fiscal mais elevada da Europa, com 64% de impostos.
Gás natural mais caro da Europa = € 713,00; Média OCDE = € 580,00 Kcal; Grécia = € 333,00 Kcal.
Analfabetismo em Portugal, o mais elevado de toda a Europa: 7,5%.

[Dados do INE e do BdP relativos a 2012/2013]

grandes fotógrafos - grandes imagens , por Jorge


Vallée de l´Huisne, albumina de prata(1858)
Camille
 Silvy (1834-1910) 
A fotografia nos primórdios,
quando se limitava a imitar a pintura. 


O início da viragem do mundo , por Thierry Meyssan





A ESTRATÉGIA RUSSA FACE AO IMPERIALISMO ANGLO-SAXÓNICO

O ataque dos Anglo-Saxões contra a Rússia toma a forma de uma guerra financeira e económica. Entretanto, Moscovo prepara-se para as hostilidades armadas desenvolvendo a auto-suficiência da sua agricultura e multiplicando as suas alianças para o efeito. Para Thierry Meyssan, após a criação do califado do Levante, Washington deverá jogar uma nova cartada, em setembro, em São Petersburgo. A capacidade da Rússia em preservar a sua estabilidade interna determinará, então, a sequência dos acontecimentos.

 | DAMASCO (SÍRIA)  

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A Organização de cooperação de Xangai representará, a partir do seu provável alargamento em setembro de 2014, 40% da população mundial
A ofensiva conduzida pelos Anglos-Saxões (Estados-Unidos, Reino Unido e Israel) para dominar o mundo prossegue sobre dois eixos simultâneos: quer, por um lado, a criação do «Médio-Oriente alargado» (Greater Middle East), atacando simultaneamente o Iraque, a Síria, o Líbano e a Palestina, como, por outro, o afastamento da Rússia da União Europeia, através da crise que eles montaram na Ucrânia.
Nesta corrida de velocidade, parece que Washington quer impôr o dólar como moeda única no mercado do gaz, a fonte de energia do XXIo século, do mesmo modo que a impuseram sobre o mercado do petróleo [1].
Os média (mídia-Br) ocidentais quase que não cobrem a guerra do Donbass, e a sua população ignora a amplitude dos combates, a presença dos militares US, o número das vítimas civis, a vaga dos refugiados. Os média ocidentais focam pelo contrário, com detalhe, os acontecimentos no Magrebe e no Levante, mas apresentando-os seja como resultantes de uma pretensa «primavera árabe» (quer dizer, na prática, de uma tomada de poder pelos Irmãos muçulmanos), seja como o efeito destrutivo de uma civilização violenta em si mesma. Mais do que nunca, seria necessário vir em socorro de árabes incapazes de viver, pacificamente, na ausência de colonos ocidentais.
A Rússia é actualmente a principal potência capaz de conduzir a Resistência ao imperialismo anglo-saxónico. Ela dispõe de três ferramentas: os BRICS, uma aliança de rivais económicos que sabem não poder crescer senão uns com outros, a Organização de cooperação de Xangai, uma aliança estratégica com a China para estabilizar a Ásia central, e por fim a Organização do Tratado de segurança colectiva (OTSC-ndT), uma aliança militar dos antigos Estados soviéticos.
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Les dirigeants des BRICS : Dilma Rousseff (Brésil), Vladimir Poutine (Russie), Narendra Modi (Inde), Xi Jinping (Chine) et Jacob Zuma (Afrique du Sud)
Na cimeira de Fortaleza (Brasil), que se desenrolou de 14 a 16 de julho, os BRICS deram o passo em frente anunciando a criação de um Fundo de reserva monetária (principalmente chinês) e de um Banco BRICS, como alternativas ao Fundo monetário internacional e ao Banco mundial, portanto ao sistema-dólar [2].
Antes mesmo deste anúncio, já os Anglo-Saxões haviam posto em acção a sua resposta: a transformação da rede terrorista Al-Qaida num califado, afim de preparar os conflitos entre todas as populações muçulmanas da Rússia e da China [3]. Eles prosseguiram a sua ofensiva na Síria e transbordaram-na quer para o Iraque, quer depois para o Líbano. Falharam, por outro lado, no expulsar de uma parte dos Palestinianos para o Egipto e a desestabilizar mais profundamente ainda a região. Por fim, eles mantiveram-se afastados do Irão(Irã-Br), para dar ao presidente Hassan Rohani a chance de enfraquecer a corrente anti-imperialista dos khomeinistas.
Dois dias após o anúncio dos BRICS, os Estados Unidos acusaram a Rússia de ter destruído o vôo MH17 da Malaysia Airlines por cima do Donbass, matando 298 pessoas. Sobre esta base, puramente arbitrária, impuseram aos Europeus a entrada em guerra económica contra a Rússia. Assumindo-se como um tribunal o Conselho da União europeia julgou e condenou a Rússia, sem a menor prova e sem lhe dar a oportunidade de se defender. Ele promulgou «sanções» contra o seu sistema financeiro.
Consciente que os dirigentes europeus não trabalham pelos interesses dos seus povos, mas sim pelos dos Anglo-Saxões, a Rússia mordeu o seu freio e interditou-se, até à data, de entrar em guerra na Ucrânia. Ela apoia com armas e com informação os insurgentes, e acolhe mais de 500. 000 refugiados, mas, abstêm-se de enviar tropas e de entrar na engrenagem. É provável que ela não intervenha antes que a grande maioria dos Ucranianos se revolte contra o presidente Petro Porochenko, mesmo que isso signifique não entrar no país senão após a queda da República popular de Donetsk.
Face à guerra económica, Moscovo escolheu responder por medidas similares, mas envolvendo a agricultura e não as finanças. Dois considerandos guiaram esta escolha: primeiro, a curto prazo, os outros BRICS podem mitigar as consequências das pretensas «sanções»; por outro lado, a médio e longo prazo, a Rússia prepara-se para a guerra e entende reconstituir completamente a sua agricultura, para poder viver em auto-suficiência.
Por outro lado, os Anglo-Saxões previram paralisar a Rússia pelo interior. Primeiro activando para tal, via Emirado islâmico (EI), grupos terroristas no seio da sua população muçulmana, depois organizando também uma contestação mediática aquando das eleições municipais de 14 de setembro. Consideráveis somas de dinheiro foram fornecidas a todos os candidatos da oposição, numa trintena de grandes cidades envolvidas, enquanto pelo menos 50. 000 agitadores ucranianos, misturados com os refugiados, estão em vias de se reagrupar em São Petersburgo. A maior parte de entre eles têm a dupla nacionalidade russa. Trata-se, com toda a evidência, de reproduzir na província as manifestações que em Moscovo (Moscou-Br) se seguiram ás eleições de dezembro de 2011 —a violência sobretudo—; e de mergulhar o país num processo de revolução colorida ao qual uma parte dos funcionários e da classe dirigente é favorável.
Para o realizar Washington nomeou um novo embaixador na Rússia, John Tefft, que já preparara a «revolução das rosas» na Geórgia e o golpe de Estado na Ucrânia.
Será importante para o presidente Vladimir Putin poder confiar no seu Primeiro- ministro, Dmitri Medvedev, que Washington esperava recrutar para o derrubar.
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Narendra Modi
Considerando a iminência do perigo, Moscovo teria conseguido convencer Pequim a aceitar a adesão da Índia contra a do Irão (mais, também, as do Paquistão e da Mongólia) à Organização de cooperação de Xangai (OCS em inglês-ndT). A decisão deveria ser tornada pública aquando da cimeira prevista para Duchambe (Tajiquistão) entre 12 e 13 de setembro. Ela deveria pôr um fim ao conflito que opõe, desde há séculos, a Índia e a China, e envolvê-los numa cooperação militar. Esta reviravolta, se se confirmar, terminaria igualmente com a lua de mel entre Nova Deli e Washington, que esperava afastar a Índia da Rússia dando-lhe acesso, por tal, nomeadamente a tecnologias nucleares. A adesão de Nova Deli é também uma aposta acerca da sinceridade do seu novo Primeiro-ministro, Narendra Modi, quando pesa sobre ele a suspeita de ter encorajado violências anti-muçulmanas, em 2002, em Gujarate, do qual era ministro-chefe.
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Aiatola Ali Khamenei
Por outro lado a adesão do Irão, que constitui um desafio para Washington, deverá trazer ao OCS um conhecimento preciso dos movimentos jihadistas e das maneiras de combatê-los. Mais uma vez, se confirmada, tal reduziria a disposição iraniana para negociar uma trégua com o «Grande Satã», que a levou a eleger o Xeque Hassan Rohani para a presidência. Isto seria uma aposta quanto à autoridade do líder supremo da Revolução Islâmica, o aiatola Ali Khamenei.
De facto, estas adesões marcariam o início da viragem do mundo do Ocidente para o Oriente [4]. Ainda assim, esta evolução deverá ser protegida militarmente. É o papel da Organização do Tratado de Segurança Coletiva(OTSC), formado em volta da Rússia, mas do qual a China não faz parte. Ao contrário da Otan, esta organização é uma aliança clássica, compatível com a Carta das Nações Unidas, uma vez que cada membro conserva a opção de sair dela, se o desejar. É, pois, apoiando-se nessa liberdade que Washington tem tentado, no decurso dos últimos meses, comprar alguns membros, nomeadamente a Arménia. No entanto, a situação caótica na Ucrânia parece ter arrefecido aqueles que nela sonhavam com uma «proteção» norte- americana.
A tensão deverá pois subir nas próximas semanas.
Tradução
Alva
[2] “Cúpula do Brics: Sementes de uma nova arquitetura financiera”, Ariel Noyola Rodríguez, Rede Voltaire, 3 de Julho de 2014. “Sixth BRICS Summit : Fortaleza Declaration and Action Plan” (Ing-«Sexta Cimeira do BRICS: Declaraçãode Fortaleza e Plano de Acção»-ndT), Voltaire Network, 16 July 2014.
[3] «Un djihad mondial contre les BRICS ?» (Fr-«Uma jihade mundial contra os BRICS?»-ndT), por Alfredo Jalife-Rahme, Traduction Arnaud Bréart, La Jornada (México), Réseau Voltaire, 18 juillet 2014.
[4] “Russia and China in the Balance of the Middle East : Syria and other countries” (Ing-« Rússia e China no Balanço do Oriente Médio: Síria e outros países»-ndT), por Imad Fawzi Shueibi, Voltaire Network, 27 Janeiro de 2012.
Thierry Meyssan
Thierry MeyssanIntelectual francês, presidente-fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. As suas análises sobre política externa publicam-se na imprensa árabe, latino-americana e russa. Última obra em francês: L’Effroyable imposture: Tome 2, Manipulations et désinformations(ed. JP Bertrand, 2007). Última obra publicada em Castelhano (espanhol): La gran impostura II. Manipulación y desinformación en los medios de comunicación(Monte Ávila Editores, 2008).
Extensão da guerra do gaz ao Levante
Extensão da guerra do gaz ao Levante
«Sob os nossos olhos»
O «Curdistão», versão israelita
O «Curdistão», versão israelita
«Sob os nossos olhos»
O Curdistão e o Califado
O Curdistão e o Califado
«Sob os nossos olhos»
Rede Voltaire
Voltaire, edição internacional

sábado, 16 de agosto de 2014

Kiev e UE preparam provocação que renove hostilidades e impeça a ajuda humanitária

É inconcebível que o combóio humanitário russo, há dias parado na fronteira com a Ucrânia não tenha começado a ser examinado pelo poder de Kiev e pelos representantes da OSCE destacados para o efeito.
A reivindicação do exame foi feito por Kiev e aceite pela Rússia.
O governo de Kiev inventa agora um ataque russo que terá sido desbaratado (!) e a UE veio dizer à Rússia para parar com violências ( !). Um ataque que ninguém viu, de que não há imagens e que Putin já negou, atribuindo à inciativa o carácter de manobra de diversão...
Desta forma está ser comprometido o apoio humanitário, que à viva força, Kiev e Juncker, dizem ter associado uma intervenção militar russa...Recorda-se que Kiev bombardeou duas regiões que anteriormente tinham optado por autonomia em referendos populares e que a situação humanitária decorrente desses factos se tornou preocupante.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Frase de fim-de-semana, por Jorge

"What we think, or what we know, 
or what we believe is, in the end,
 of little consequence. 
The only consequence is what we do."
"Aquilo que pensamos, ou aquilo que sabemos, 
ou aquilo em que cremos,
 no fim tem pouca importância.
 Importante é aquilo que fazemos"

John Ruskin 
crítico de arte e escritor britânico, 1819-1900)

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Laureen Bacall, morreu uma estrela, por Manuel Augusto Araújo

Com quase noventa anos, morreu Lauren Bacall, uma das mais extraordinárias actrizes de Holywwod. Uma voz grave com uma entoação inesquecível, um olhar que não deixava nada indiferente, mesmo nada fosse vivo, morto ou inerte. No imaginário do cinema, na sua mitologia, conta-se que Howard Hawks, já interessado por aquela rapariga de 19 anos que aparecia numa fotografia da Harper’s Bazar, ficou paralisado de surpresa quando, num “casting”, a rapariga saltou da fotografia para o palco e disse“Hello, how are you”. Começava uma carreira impar até pela intransigência com que escolhia os pápeis que lhe queriam atribuir. Por isso a produtora cinematográfica que a tinha contratado suspendeu-a uma dúzia de vezes
Célebre ficou a cena do seu primeiro filme “Ter ou não Ter” em que contracena com Humptrey Bogart e lhe diz, como só ela saberia dizer "Quando me quiseres chamar, assobia".
Ensina-lhe a assobiar, ensina-o a fumar, era e foi até ao fim da vida uma fumadora inveterada, ensina-lhe  algumas coisas mais que acabaram em casamento. Tornaram-se num dos casais marcantes em Holywood, época do maccartismo e código Hayes, pela sua excelência como actores, pela sua postura política pela sua intransigência com as faltas de carácter.

Conhecia-a, já com setenta anos, num almoço promovido pelo Festroia e pela Câmara de Grândola, quando o Festroia trazia a Portugal um Robert Mitchum que era um bom companheiro, um Denis Hooper tão frenético ao vivo como na tela, um Almodovar excelente e imparável conversador. Lauren Bacall continuava uma bela mulher a quem os anos traziam encantos que substituam e se acrescentavam aos encantos anteriores. Era extraordinário como mantinha as distâncias exercendo uma sedução extrema.
Alguns episódios marcaram essa sua vinda a Portugal. No referido almoço, apreciando o belíssimo tinto alentejano que se bebia, logo encomendou dez caixas mostrando como continuava atenta aos prazeres da vida. Contaram-me, dou como verdadeiro, que quando descerraram placa que assinalava a sua presença no Festival, indignou-se e recusou que ela ficasse exposta se o seu nome não tivesse letras maiores ou iguais aos nomes de outros actores bem menores que ela, apontava com acinte para Jane Russell. Foram fazer nova placa rapidamente, a tempo antes de ela se ir embora. Não era um exigência de uma estrela snob. Era uma exigência justa de uma actriz que sabia o seu valor.
Assim era e foi Lauren Bacall, do príncipio até ao fim da vida. Uma estrela de cinema por mérito próprio que fazia parte do “star-system” mantendo-se fora dele, uma democrata até à medula, uma mulher por inteiro que não convivia com a mediocridade.

Para contactar o blog do autor
http://pracadobocage.wordpress.com/

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Comunistas portugueses combatentes na Guerra de Espanha

Há dias, participei numa conversa restrita, de corredor, em que uma vez mais, alguém, com argumentos "históricos" mas sem a sustentabilidade documental, se referia à falta de participação efectiva do PCP na Guerra de Espanha correspondendo ao apelo da República.
Em 2011, Domingos Abrantes assinou no "Militante" dois artigos sobre as origens da Guerra de Espanha e a participação de militantes do PCP nela.
Pela sua importância, recomendo a sua leitura
http://www.omilitante.pcp.pt/pt/313/Tema/615/A-Guerra-de-Espanha-(1936-1939)---A-agress%C3%A3o-imperialista.htm
http://www.omilitante.pcp.pt/pt/314/Historia/629/O-PCP-e-a-Guerra-de-Espanha-(1936-1939).htm
Lista de alguns nomes de membros do Partido que participaram na guerra (podendo, por razão de espaço, cometer-se alguma injustiça,
sempre subjacente à escolha de exemplos num universo tão vasto)
Alberto Ramos, membro das milícias populares, ferido em combate na frente de Santander;
Alexandrino dos Santos, ex-oficial do exército português. Aderiu ao PCP em Espanha, tendo-se distinguido em várias frentes de combate, participado na reorganização dos carabineiros, integrando o seu Estado-Maior, e promovido a tenente-coronel, o posto mais elevado atingido por portugueses;
António Pereira Lopes, combateu na frente de Aragão e na batalha de Teruel, tendo integrado a «Divisão Karl Marx». Foi feito prisioneiro e encarcerado em vários campos de concentração;
Alípio dos Santos Rocha, combateu na defesa de Madrid e outras frentes como tanquista, sendo promovido a tenente por distinção;
António Bandeira Cabrita, ex-membro do Secretariado do PCP, foi dos primeiros portugueses a alistar-se nas milícias populares, sendo promovido a tenente por actos de bravura. Morreu na frente de Talavera, tendo o funeral constituído uma homenagem a «um herói de guerra»;
Armindo Almeida, dirigente da JCP, morto na batalha do Ebro;
Armindo Perú, participante na «Revolta dos Marinheiros», fugiu para Espanha onde participou na Escola para Oficiais em Cartagena, morrendo em consequência de um ataque aéreo;
António Vicente, membro da JCP que ingressou nas milícias populares logo no começo da guerra, tendo participado nas batalhas de Guadarrama, Talavera e Jarama. Ferido várias vezes, morreu em combate, tendo o seu batalhão adoptado o seu nome;
Augusto Duarte Reis, delegado do Partido e do Socorro Vermelho em Espanha (apresentado em algumas obras como capitão espanhol). Comissário Político, morto na frente de Aragão, considerado exemplo de «heroísmo e abnegação»;
Augusto Nascimento, participou na defesa de Madrid como membro das Brigadas Internacionais;
Eduardo Monteiro, combateu na defesa de Madrid e outras frentes, tendo ascendido ao posto de capitão;
Francisco de Almeida Pio, ex-oficial do exército português refugiado em Espanha, onde aderiu ao PCP. Teve papel destacado na defesa de Madrid, foi ferido em Carabanchel, tendo-se distinguido na formação de oficiais do 5.º Regimento, ocupando o cargo de director da Escola de Oficiais do Regimento;
Frederico Paninho, participou na defesa de Madrid, integrou as Brigadas Internacionais. Tenente Administrador do Hospital Militar n.º 5 de Madrid;
Jacinto Cunha, Comissário Político;
João Paulino de Sousa, combateu nas frentes de Madrid e Catalunha. Tenente dos carabineiros;
Joaquim da Silva Santos, participou na guerra desde os primeiros dias, sendo promovido a capitão dos Serviços Sanitários do Exército por «relevantes serviços prestados»;
José dos Santos Rocha, capitão de metralhadoras. Morto na batalha de Guadarrama;
José Marcelino, fuzilado pelos franquistas;
Manuel Batista dos Reis, combateu na frente de Andaluzia e em várias outras frentes. Ferido em combate, foi promovido a capitão. Chefe dos Serviços Sanitários da Base dos Carabineiros (Castellon);
Manuel Roque Júnior, integrou o 5.º Regimento e o 7.º Corpo do Exército como sargento artilheiro. Frequentou o curso para oficiais na Escola Popular de Guerra n.º 2 (Valência);
Mário José Fernandes, participou na defesa de Madrid, tendo comandado uma companhia de metralhadoras. Dirigiu a Escola Militar de Centella, onde se formaram vários oficiais portugueses. Integrou a Direcção-Geral dos carabineiros. Por mérito em combate passou de sargento a tenente e depois a capitão;
Miguel Ramos, tenente de Artilharia, instrutor na Escola de formação de oficiais;
Pedro Batista da Rocha, combateu em várias frentes, sendo promovido a capitão de Artilharia. Foi incorporado na Escola do Estado-Maior Central;
Salvador Cruz, participou na guerra desde os primeiros dias, tendo-se destacado na defesa de Madrid. Comandante de Batalhão, promovido a capitão, foi morto na batalha de Jarama e considerado «exemplo de trabalhadores que se elevaram à condição de destacados oficiais»
Telmo dos Santos, pertenceu aos Serviços de Informações Militares.
Enfim 23 combatentes, dos quais 9 mortos em combate, 2  feridos e 1 preso.
Lista elaborada com dados colhidos em fontes diversas, com particular destaque para arquivos do PCP, Torre do Tombo e testemunhos de participantes na guerra

sábado, 9 de agosto de 2014

Frase de fim-de-semana, por Jorge


"I believe that banking institutions are 
more dangerous to our liberties
 than standing armies."
"Creio que as instituições bancárias são 
mais perigosas para as nossas liberdades 
do que exércitos profissionais"
Thomas Jefferson 
Autor da "Declaração de Independência" e 
3º Presidente dos EUA, 
1743-1826

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Notas à margem do BES, Carlos Carvalhas



1) O cara de santinho do governador do Banco de Portugal veio agora desculpar-se dizendo que a anterior administração não cumpriu as determinações do B. P. ! Mas de que estava à espera ?
por que razão continuou a considerar idóneo um banqueiro que se esqueceu de declarar  no IRS pequenas verbas por três vezes , que recebeu por fora do empreiteiro José Guilherme a módica quantia de 14 milhões !
 O Banco de Portugal e o governo não sabiam da dívida do Banco Espírito Santo ?
Não foi Vitor Gaspar que na reunião com a Associação Portuguesa de Bancos declarou : " Se eu fizesse declarações sobre a dívida do BES tinha muito a dizer "...
2) Os comentadores de serviço já estiveram em coro a tecer loas à solução apresentada ontem pelo . B.P... Repetiram :"O contribuinte está salvaguardado"...tatá   tà ti tatá... E depois perguntavam se a solução do B.
Não custa nada ao contribuinte perguntamos nós
De onde vêm os 4.900 milhões ? Do céu ? Que se saiba o B.P.já não emite moeda ! Não custa nada ? O empréstimo é por quanto tempo ? Quantos anos serão necessários para o fantástico Fundo de  Resolução atingir os 4.900 milhões .? E de quem é o risco ?
Se o Estado entra com 4.900 milhões por que é que não fica dono do Novo Banco ? Por outras palavras : por que é que o novo Banco não fica pertença dos contribuintes ?

3)  E os charlatões do credo neo - liberal- Passos Coelho ,Moedas,...- porque é que agora não defendem que o mercado funcione deixando o BES ir á falência..?..

P. não é boa , qual é a alternativa ?

4) Se houvesse uma operação "mãos limpas" como outrora em Itália, quantos banqueiros ,governantes e deputados ficavam cá fora ?

5) Um canal de televisão mostrou estes dias a sessão de lançamento do empreendimento da Comporta com o ministro da economia a afirmar tratar-se de um investimento " paradigmático " e com o Ministro dos Submarinos e das contrapartidas a  saltitar em frente das câmaras da tv ! De facto uma iniciativa paradigmática de charlatanice e de charlatões.

6) Os responsáveis pela privatização da banca e do BES em particular não têm nada a dizer ? Estão caladinhos que nem ratos !!!