domingo, 21 de dezembro de 2014

Frase de fim-de-semana, por Jorge


"Some rise by sin
and some by virtue fall."

"Uns sobem pelo pecado
 e outros pela virtude caem"
William Shakespeare,
em "Medida por Medida"
(acto II, cena I)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Em lado algum - à memória de Pina Bausch


Publicado em 05/11/2014
NOWHERE é uma criação de  Dimitris Papaioannou de 2009 para inaugurar o Palco Principal renovado doTeatro Nacional Grego, de Atenas. Esta cena é dedicada à memória de Pina Bausch.
 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Que sejam castigados e os portugueses ressarcidos, mas isso não chega


Ricardo Salgado e José Ricciardi, ambos membros da família que, através do Banco Espírito Santo, terão tido uma influência muito importante sobre a economia, através de "favores" ( leia-se corrupção), dominando dirigentes de partidos e membros de governos de quem obtinham "contrapartidas" (leia-se ainda corrupção).
A transmissão em directo dos depoimentos de ambos ontem na Comissão Parlamentar da Assembleia da República não ajudou a esclarecer a questão do esbulho feito aos pequenos accionistas e aos contribuintes.
Importa que próximos depoimentos não travem o curso normal da justiça na identificação do roubo  feito aos contribuintes, a associação criminosa que o permitiu e as responsabilidades que têm que ser apuradas na realização de crimes que terão certamente uma moldura penal adequada.
Mas mais do que estas responsabilidades e das respectivas penas de prisão e outras (que os portugueses esperam que sejam aplicadas para as culpas não morrerem solteiras, apesar do recurso a escritórios de advogados a que eles não podem ter acesso em causas muito mais singelas), há uma outra grande questão que tem que estar incorporada num programa de alternativa à política de direita.
Os grupos económicos e a banca tomaram conta do poder político. Há que retirar o poder político das mãos dos grandes grupos económicos e da banca. O poder político, também liberto de uma ganga autoritária, administrativista e de afastamento dos portugueses, pode assim ter o sustento democrático do povo. O poder dos grupos económicos, grandes empresas e da banca não resultam da vontade popular. Neles, hoje em dia, à entrada na empresa, cessa a democracia, as liberdades e direitos dos trabalhadores
deixam, em geral, de existir e isso resulta do peso que têm sobre o poder político, forçando a aprovação de leis que são um assinalável recuo de civilização, um recuo da dignidade para a escravidão.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Porque é que o governo português, na ONU, se absteve na votação contra a "glorificação do nazismo"?

Ao todo, 115 de 173 países votaram a favor da moção, enquanto 55 delegados – na sua maioria embaixadores dos países da União Europeia – se abstiveram.

Em 24 de agosto de 2001, o líder dos rabinos britânicos, Jonathan Sa­cks, anunciava em Londres que não participaria da Conferência contra o Racismo que a ONU pretendia realizar em Durban.
Sua justificativa baseava-se em uma série de afirmações que, direta ou in­diretamente, maculariam o Holocaus­to – durante o qual os nazistas da Ale­manha, com o apoio dos governos fas­cistas europeus da época (italiano, croa­ta, húngaro, romeno, búlgaro e ucrania­no), deportaram e assassinaram 6 mi­lhões de judeus nos campos de concen­tração, além de terem sido responsáveis pela matança de mais de 4 milhões de civis nos países ocupados, entre oposi­tores políticos, homossexuais, ciganos, portadores de deficiências e sobretudo comunistas e guerrilheiros.
Nessa onda até o presidente George W. Bush ameaçou cancelar a participação dos EUA em Durban caso continuasse o “erro” de escrever o Holocausto com a h minúscula.

Passados 13 anos tudo isso mudou. Com Obama.
Na realidade, a “grande imprensa” cen­surou o que se passou na Assembleia das Nações Unidas. E esse facto, foi considerado, por mui­tos analistas uma infâ­mia do ponto de vista histórico e políti­co, já que os representantes dos países da União Europeia que se abstiveram, em apenas cinco minutos, tentaram apagar os efei­tos nefastos da Segunda Guerra Mun­dial e de todas as violências e  massa­cres praticados pelos invasores nazis e seus aliados, os fascistas italianos.
Todos os diretores dos jornais, de revistas e dos noticiários de TV da União Euro­peia seguiram o exemplo de seus confra­des norte-americanos e canadianos, empur­rando para o “limbo mediático” a absten­ção de todos os representantes dos paí­ses que assumiram esta infâmia.Esse facto justifica uma pergunta de extrema importância, visto que o posicionamento dos governos da Alema­nha, Áustria, Bélgica, França, Grã-Bre­tanha, Hungria, Finlândia, Irlanda, Itá­lia, Portugal, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos e Hungria ao decidirem integrar o gru­po abstencionista, na realidade, demons­traram quão grande e complexo é  , hoje, o ní­vel de dependência ideológica em relação aos Estados Unidos.
Passos Coelho não mimetizou Salazar?

Vai ficar indiferente se manifestações nazis,como as que ocorrem na Ucrânia, descessem a Avenida da Liberdade?
Passos Coelho tem que explicar tudo isto muito bem...

O Jorge convida-nos a bugiar...


Frase de fim-de-semana, por Jorge

Walk a mile in another man’s moccasins
 before you criticize him.

"Antes de criticares alguém,
 caminha com os seus mocassins"

provérbio nativo americano

Vamos lá a ver se não trocam ainda mais o passo

O PS anda a dizer que não governa com a direita para atrair votos da esquerda. António Costa nem por formação nem pela conjuntura alguma vez trocará o passo. Há dias ficou claro que  não retiraria ninguém da fotografia como fazem os estalinistas. Ele estava-se lá a preocupar com o Stalin, que há muito saiu de cena...Estava era a querer apoucar os comunistas portugueses... Ele sabe que não vai lá com aquele grande movimento de massas que é o Livre...O PS sempre foi uma grande agência de empregos. Não é, ó Tavares?


O PSD anda a dizer que o PS está virar à esquerda, a querer entender-se com os comunistas. O PSD quer que o PS perca votos mas não quer que caia muito, daí a hipocrisia,  do suposto risco  do entendimento à esquerda...
Ambos querem polarizar votos em si para criar a convergência entre eles tão cara a Cavaco e tão rejeitada pelos portugueses.
O PSD chega ao ponto de dizer que os grupos que dominavam o país estão a sair de cena e que o futuro está nas micro, pequenas e médias empresas...
As eleições aproximam-se, claro. É tempo de virar casacas, da choraminguice com os reformados e os mais pobres a quem trataram sempre mal. Tudo em festa, riam, toquem, rodopiem e troquem o passo às conveniências, peçam em coro muitos chamadas com IVA, mini-cabazes de Natal em favor das crianças a quem quiseram tirar quase tudo.
Não, não é com o vosso histórico, de que se sentem honrados, que a ruptura virá.