sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A perseguição a cientistas durante o regime fascista


Saiu a revista Vértice deste 1º trimestre.
Chamo a vossa atenção para um importante trabalho apresentado por Jorge Resende "Sobre as perseguições a cientistas durante o fascismo", matéria que era relativamente desconhecida.
Compre a Vértice. São 8,50 euros muito bem empregues.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A NATO aproxima-se da Rússia: perigos para a paz


Os EUA, a UE e a NATO estão mais perto da fronteira russa, objectivo de há muito assumido pelo imperialismo norte-americano para tentar acabar com uma potência que definiu como inimigo estratégico, golpeando perto de uma zona relevante da marinha russa (Crimeia, Sebastopol).

Hoje sucederam-se declarações da Rússia em defesa dos russos que vivem na Ucrânia, do “novo governo ucraniano” garantindo que qualquer iniciativa militar russa a partir de Sebastopol não seria tolerada, da NATO ameaçando a Rússia e contactos entre o presidente do parlamento da região autónoma da Crimeia e populares que querem manter uma boa relação com a Rússia.

As consequências destes acontecimentos já nada têm a ver com a necessidade de serem melhoradas as condições de vida na Ucrânia.

A RR on-line referia hoje que Milhares de manifestantes enfrentaram-se, esta quarta-feira, junto ao parlamento regional da Crimeia,  após os últimos desenvolvimentos na Ucrânia, levantando o espectro de uma eventual separação ou intervenção russa na zona” e que “A península tem sido disputada ao longo dos séculos. Foi invadida pelos nazis, na II Guerra Mundial, e, depois, integrou o regime Soviético. Contudo, em 1954, foi transferida por Nikita Kruschev para a esfera da Ucrânia.”
As consequências destes acontecimentos já nad
A RR devia reflectir melhor, com todas as evidências de que dispõe, sobre quem tomou a iniciativa de dividir habitantes na Ucrânia e quem está hoje a ameaçar quem.

Não está claro como as coisas vão evoluir. Com a paralisação da actividade económica, a Ucrânia está à beira da bancarrota e não está claro em que condições vão os EUA e a UE dar a “ajuda” que já anunciaram e quando, tendo em conta que os golpistas têm pela frente a tarefa de constituir novas instituições que possam ser interlocutores com a comunidade internacional.
Quanto à motivação e mobilização para o golpe, não há dúvida que a extrema-direita e os nazis cavalgaram o descontentamento com as condições de vida (que uma parte dos ucranianos espera resolver com a integração europeia…).

E também é verdade que a maioria que governava o país, através do seu presidente e das oligarquias que lhe estavam associadas, colocou na rua polícia que, em resposta às provocações, tomou iniciativa de ataque, apesar de nunca ter chamado o exército a intervir. Ianukovitch foi agora acusado pelos golpistas de ter feito o assassínio em massa de 80 pessoas. Mas não está claro quem matou quem e os snippers no cimo de prédios abateram quer revoltosos quer polícias, não tendo sido fazer a perícia policial aos corpos, nomeadamente o tipo de balas que os tinham abatido porque os nazis organizados os removiam imediatamente para outros locais.

Isto não significa que, numa lógica de “preto e branco”, sintamos especial simpatia por Ianukovitch no seu confronto com Timoshenko, que está associada a outros oligarcas. Esta alternância desde os anos 90 não é expressão da luta de classes existente na sociedade. Uns e outros representam o grande capital nos sectores primário e secundário da economia que coloca os trabalhadores em pauperização e falta de resposta do Estado nos planos sociais e de distribuição de alimentação e outros meios de subsistência.


A revolta foi sem dúvida apoiada e organizada pelos EUA e a UE que deram campo de manobra aos nazis e não reagiram aos assaltos a sedes do PC da Ucrânia, que era crítico da política de Ianukovitch, que está em processo de ilegalização pelas novas autoridades “democráticas”.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Paco de Lucía tornou o flamenco um género universal

                           
                                                                      Concerto Aranjuez

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Frase de fim-de semana por Jorge


"We live in a society exquisitely dependent 
on science and technology, 
in which hardly anyone knows anything 
about science and technology."

"Vivemos numa sociedade refinadamente 
dependente da ciência e da tecnologia, 
na qual quase ninguém sabe nada sobre 
ciência e tecnologia."


                                          Carl Sagan, astrónomo americano, 1934-1996

Mulheres comunistas, de Maria Teresa Horta



À Maria Alda Nogueira

De bronze
a vontade

e a certeza
de vencermos

Mil vezes nos
derrubem
mil mais mulheres erguemos

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

FMI e BCE arrasam governo mas exigem mais cortes nos salários e reformas

Os pronunciamentos recentes quer do FMI mas também da UE arrasaram os argumentos do governo quando este garantiu o sucesso e promissor caminho da sua política neo-liberal. Não resta pedra sobre pedra desse edifício virtual. E não se diga, como alguns querem fazer crer, que isto é só a desautorização de Paulo Portas e de Pires de Lima. O governo  também é desautorizado por tudo o que fez e não apenas por ter apoiado estes seus dois ministros.
Mas as mesmas instâncias reclamam (depois de Maio também, é claro, quando ficar claro que não teremos recuperado

independência nenhuma...) que o governo terá que continuar a cortar nos salários e nas reformas, não apenas as da Função Pública. Como? O governo pensa que poderá passar incólume se realizar mais este crime?


"A dívida é impagável na sua totalidade. Não é uma questão de se querer pagar ou não. É uma impossibilidade objectiva" (Octávio Teixeira nas jornadas parlamentares do PCP em Setúbal)

Hoje no CCB, Ute Lemper canta Neruda

Ute Lemper já cá veio cantar várias vezes e em diferentes cidades. Tem o seu público. "Espero que um dia possa cantar em português", expressou-o em entrevista ao metro.
Desta vez vem cantar parte do seu reportório apenas numa parte do espectáculo.
Grande parte do espectáculo será para cantar as canções de amor de Neruda. Diz ela na mesma entrevista "Neruda tem um legado internacional muito grande. Era um homem do mundo, que lutou pela liberdade, contra o fascismo na Europa no Médio Oriente e na América do Sul. Mas não queria ligar este espectáculo à política, porque isso iria suavizar as palavras - que foram feitas com uma enorme proclamação. Acabei por ficar com estas palavras universais do amor e pu-las em música".

Ucrânia: o regresso da História



de Carlos Anjos
publicado no blog Praça do Bocage em 20/02/14


A crise ucraniana vem demonstrar que a história regressa sempre para lembrar o passado. Atente-se no mapa da Ucrânia: sensivelmente três quartos da sua fronteira, no norte e leste, separam o país da Bielorússia e Rússia, enquanto a parte menor a divide, a ocidente, da Polónia, Eslováquia, Hungria, Roménia e Moldávia.
Image
Paraaumentar clicar na imagem
É pelo interior do território ucraniano que trespassam agora as velhas linhas de fractura herdadas dos tempos, não só da guerra fria, como da própria história mais ancestral do país. Linhas de fractura que se deslocaram para leste após a desagregação do bloco do socialismo real reunido no pacto de Varsóvia. É que os antigos aliados da URSS que partilham a fronteira ocidental da Ucrânia fazem agora parte, com exceção da Moldávia, do bloco NATO


A história da Ucrânia, nascida a partir do principado de Kiev (seculos IX-XI), é rica, complexa e recheada de mudanças nos seus limites fronteiriços e nas configurações nacionais e plurinacionais em que se tem integrado ao longo dos séculos. Bem ao contrário da história territorial portuguesa na península!
A experiência soviética foi apenas a última aventura ucraniana antes da independência de 1991. Antes sucedera-se um prolongado domínio polaco e uma partilha complexa entre os impérios austríaco e russo (final do século XVIII), também aqui com o território ucraniano a ser dividido entre ocidente (Galicia, Ucrânia ocidental) para uns e o restante para russos. Mas sempre com afloramentos nacionais ucranianos. Nas vésperas da Ucrânia soviética (1919), entre 1917 e 1920, diversos Estados ucranianos declararam-se independentes…
Com a vitória da URSS na segunda guerra mundial novos territórios a ocidente, anteriormente integrados na Polónia, Checoslováquia e Roménia, viriam a ser incorporados na Ucrânia soviética. Enquanto outras áreas no leste viriam a sê-lo na sua congénere russa.
A implosão da União Soviética mostrou uma nova configuração territorial. Em que avulta a inclusão da estratégica península da Crimeia, agora uma república autónoma ucraniana, mas que foi russa até 1954. E que continua a manter ainda hoje uma importante base naval russa, sede da frota do Mar Negro. E é também nas margens de território ucraniano que se situa a (não reconhecida internacionalmente) república de maioria russa da Transnístria, Pridnestróvia para os russos, oficialmente território da Moldávia mas ucraniana até 1940.
A presença e influência cultural russa parecem indiscutíveis. “O russo é amplamente falado, em especial no leste e no sul do país. Segundo o censo (2001), 67,5% da população declararam falar o ucraniano como língua materna, contra 29,6% que falam o russo como primeira língua. Algumas pessoas usam uma mistura dos dois idiomas, enquanto que outras, embora declarem ter o ucraniano como língua materna, usam o russo correntemente” pode ler-se na popular Wikipedia. O que bem demonstra a lógica de miscigenação, própria de territórios que integraram grandes impérios! Não é impunemente que russos e ucranianos cruzam os seus destinos há séculos.
Ocidente e leste
Chegados à independência pós soviética de 1991, rapidamente se soltaram as tensões em que se parece dividir o país. Alternadamente e por via eleitoral sucederam-se no topo do poder, nos últimos anos, representantes das duas correntes. Viktor Yanukovytch, o “pró-russo” que até há pouco aproximara o país da UE, ganhou as últimas eleições presidenciais (2010) contra Y. Timochenko (agora encarcerada após um muito polémico julgamento) e sucedeu a Viktor Yushchenko, o “pró-ocidental”.
As recentes aproximações do presidente ucraniano à Rússia concitaram a reação de alguns sectores políticos do país, com óbvio apoio popular. Mas perante um país carente de recursos energéticos e que se confronta com graves problemas económicos, o poder russo jogou uma importante cartada – a proposta de acordos para a venda de gás a preços mais baixos e o financiamento da economia ucraniana. E o que tinha a UE para oferecer? Pouco mais que a promessa de uma associação, acompanhada de pedidos de “reformas estruturais”, leia-se, privatizações de importantes sectores!
A opção pró russa concitou protestos. Mas até aí tudo o que se passava nas ruas se compreendia. Manifestações e protestos. Com reações mais ou menos brutais de polícias pouco civilistas. (Um à parte: onde é já que já vimos isto? Seria diferente se fosse em frente aos nossos palácios de Belém ou de São Bento?).
Soprando a contestação assistiu-se à mais completa e despudorada ingerência pública. Diplomatas e outras figuras políticas europeias e americanas de maior ou menor recorte a agir em plena luz do dia, apoiando o sector contestatário, participando em comícios e dando entrevistas no centro de Kiev para as televisões.
Da União Europeia, vizinha da Ucrânia, esperar-se-ia mais bom senso. O gigante económico revela-se mais uma vez um anão político, cuja principal preocupação tem sido a de subtrair a Ucrânia ao bloco comercial e de união aduaneira que a Rússia procura desenvolver com diversos países da antiga União Soviética. Mas com muito pouco para oferecer aos ucranianos.
Com um conflito descontrolado e as pontes entre as partes cada vez mais frágeis, a contestação parece agora determinada por grupos violentos de extrema-direita. Que nem as próprias lideranças oposicionistas parecem já poder influenciar. E que não auguram nada de bom.
O Estado ucraniano pode estar em colapso e o país em risco de se fragmentar? Com as devidas distâncias não podemos deixar de temer o pior e lembrar as sangrentas fragmentações a que assistimos na antiga Jugoslávia, em várias ex-repúblicas soviéticas, na Líbia ou na Síria.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Um dia grande na Gulbenkian, em que destaco o filme sobre a ópera "Elektra"

Ontem, para assinalar os 50 anos da Fundação e a realização de obras profundas de renovação num investimento que é o maior desde a construção do CAM, segundo Santos Silva, a Gulbenkian ofereceu um programa cheio de interesse durante a tarde e a noite. Mas com a exigência de levantar os bilhetes às 10 h da manhã (!!), o que provocou no hall e foyer uma enchente que se desdobrava em múltiplos prolongamentos serpenteantes de mais de um milhar de pessoas...
Participámos com amigos nossos em alguns deles que aqui referirei.

Elektra


Tragédia num acto de Richard Strauss, e com libreto de Hugo von Hofmannsthal, a partir de Sófocles, apresentada em filme realizado, sobre a ópera realizada pela Ópera de Paris e Coro Gulbenkian, por Stéphane Metge
No interior do palácio real de Micenas, algum tempo depois da Guerra de Tróia, o rei Agamemnon morre, assassinado pela mulher e o seu amante, e a sua filha Elektra assume sucessivos comportamentos de vingança. Estes passam pelo assassinato de ambos, Clitemnestra e Egisto, às mãos de Orestes, irmão de Elektra. 
Clisótemis, irmã de ambos recusa-se a participar nestes actos sanguinários mas acaba por cantar com  a irmã, com sentimentos contraditórios, terminando Elektra por se entregar a uma desenfreada dança  ritual até à sua morte.
Uma grande ópera. Uma boa realização para o cinema.
Pena foi não terem sido fornecidos aos visitantes os nomes dos protagonistas que tiveram boas interpretações, em particular a cantora que encarna Elektra

Orquestra XXI

Interpretando muito bem  a sinfonia nº 1, em Ré maior, de Gustav Mahler

Orquestra Gulbenkian

Dirigida por Joana Carneiro, interpretou, em forma bastante razoável, o Assim falou Zaratustra", de Richard Strauss (tema de "2001 Odisseia no Espaço") e a Sinfonia Fantástica de Berlioz.


Vem cantar Gershwin com o Coro Gulbenkian

Era um desafio de memória ao cantar de algumas das mais belas canções de Gershwin.
Só foi conseguido em parte porque quem distribui as letras esqueceu-se que estavamos com a sala às escuras e não as podiamos ler apesar de alguns as manterem na memória.
Sucederam-se o cântico à liberdade Summertime, I got rythm, She's wonderful, Somebody loves me, Oh! I can't sit down ou It ain't necessalily so.
Entretanto uma lâmpada explodia por efeito de água numa infiltração (logo a seguir ao final das obras?).

O cansaço já nos tinha chegado e não vimos pela enésima vez o filme "2001 Odisseia no Espaço".

O governo continua a afunda o País e a sacrificar os portugueses. Há que o derrubar!

Já não é a primeira vez que o governo consegue repescar um aspecto de uma questão mais complexa para gritar por sinais positivos da sua governação.
Há dias foi a estimativa rápida do 4º trimestre do ano passado. Segundo o INE, nesse trimestre o PIB cresceu 1,6% comparativamente com trimestre homólogo de 2012 e ao fim de 11 trimestres consecutivos de variações homólogas negativas. E que a recessão se tinha atenuado. Houve até quem reparasse que teria sido na EU o que cresceu mais. Vã glória!...Quando o que importa ressaltar foram esses 11 anos consecutivos de perdas nunca antes verificados. Quando se chega ao fundo não se pode descer mais…
E importa referir que 2013 foi mais um ano de recessão, com queda do PIB de 1,4 %, quando o país nunca tinha estado em recessão consecutiva durante três anos. A isso correspondeu a destruição de riqueza produzida de cerca de nove mil milhões de euros, a uma destruição de mais de323 mil empregos, à subida da taxa de desemprego real de cerca de 24% com cerca de 1,4 milhões de desempregados e a uma emigração forçada de mais de 200 mil portugueses.
Importa ter em atenção que a queda do PIB previsto para 2013 é 40% inferior prevista no Orçamento de Estado para 2013!!
O governo pretende a destruição do sistema de protecção social, de ataque aos serviços públicos essenciais às populações, de desinvestimento que terá como consequência o arrastamento da situação de degradação económica e social do País para garantir aos grandes grupos económicos e financeiros, aos agiotas, aos especuladores uma substancial renda à custa da ruína do País.
Também a recente venda de dívida a 5% (mais do que é praticado com outros países europeus) tem mais objectivos eleitorais e vai empurrar para a frente os juros que crescem, para não falar da dívida que hoje é impagável.
Por tudo isto urge a demissão do governo e a convocação de eleições antecipadas.
Mas também porque a democracia está a ser reduzida constantemente

Muitos portugueses nas próximas eleições terão que repensar os votos que deram aos partidos do governo, evitando quaisquer coacções e exercendo uma corajosa nova opção dos votos na CDU, indispensáveis à ruptura com a política de direita e à construção de uma política patriótica e de esquerda, que assegure um desenvolvimento soberano e independente do País, de acordo com os interesses dos trabalhadores e do povo.
Mas até lá há que continuar a luta para derrubar o governo!



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Rumo alternativo para Portugal nas relações com a Europa


Na sessão de apresentação da candidatura  da CDU às próximas eleições para o Parlamento Europeu, João Ferreira, o cabeça de lista afirmou


(...) Afirmaremos e lutaremos, nas instituições e fora delas, por um rumo alternativo!
Um rumo alternativo:
- Que recupere o comando político e democrático do processo de desenvolvimento, com a subordinação do poder económico ao poder político e a afirmação do Estado como estrutura determinante e referencial na economia;
- Que recupere para os Estados instrumentos de política económica, monetária, orçamental e cambial;
- Que tem na propriedade e gestão públicas de sectores estratégicos da economia uma condição para criar riqueza e distribuir de forma socialmente justa a riqueza criada;
- Que salvaguarde e reforce os serviços públicos; rejeitando e revertendo os processos de liberalização e privatização em curso ou já concluídos;
- Que reforce os direitos dos trabalhadores, incluindo o direito à contratação colectiva e a uma reforma digna;
- Que implemente medidas de combate à pobreza e à exclusão social;
- Que promova a convergência no progresso das normas sociais e ambientais, com a institucionalização do princípio da não-regressão;
Que promova o desenvolvimento económico e o progresso social no quadro de uma relação sustentável e harmoniosa entre o homem e a Natureza;
- Que rejeite o militarismo e a guerra e promova a solução pacífica dos conflitos e o respeito pelo direito internacional.
(...)

Frase de fim-de-semana, por Jorge

"Great music is inexhaustible. 
In music, like in life, there are no limits."
"A grande música é inesgotável. 
Na música como na vida não há limites."
Claudio Abbado 
maestro italiano, 1933-2014

Governo facilita despedimentos por extinção do posto de trabalho

Ao redefinir e ordenar estes critérios, o governo dá mais um contributo para aumentar o desemprego.
Coloca em lugar mais destacado a pior avaliação do desempenho, acenando com o conhecimento dos critérios para essa avaliação, quando é certo que esta avaliação será sempre arbitrária e imposta pela entidade patronal. Seguem-se com importância decrescente as menores habilitações académicas e profissionais, a maior onerosidade da manutenção do vínculo laboral, a menor experiência na função e a menor antiguidade na empresa.
Resumindo, o patronato vê facilitado este tipo de despedimento que  já tinha sido aprovado no Código Laboral, paga menos, ficando claro que na empresa são os interesses do patronato que contam e não a estabilidade laboral, mesmo a baixos níveis de direitos e de remuneração.
O presidente da CIP considerou negativo não se ter mexido nas horas extraordinárias... Quer mais.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Em Sotchi a realidade bate as mentiras


Cerimónia inaugural
Desde que há alguns meses se começou ouvir falar destes Jogos Olímpicos de Inverno, encarregaram-se os media ocidentais de criar na opinião pública um clima de receio de atentados terroristas. Que expectativas desportivas, que atletas e países mais bem posicionados para acederem aos lugares mais destacados, que modalidades estão presentes foram coisas que nos foram omitidas, em benefício de mais uma campanha contra a Rússia.
A secessão falhada da Chechénia, apoiada pelos EUA e Inglaterra, pelo Paquistão e a Arábia Saudita, teve como operacionais membros da Al-Qaeda e terroristas chechenos, com uma já longa lista de crimes cometidos.
Não deixa de ser significtivo que ali, a dois passos, os "protestos" na Ucrânia, liderados pela extrema-direita, causem uma situação de insegurança junto à fronteira com a Rússia, como já referimos aqui anteriormente. E que por ali passem  oleodutos e gasodutos.russos para abastecer países ocidentais.

O desejo de todos nós é que os Jogos Olímpicos de Inverno continuem a correr bem como até aqui e que a "informação" deixe cair as aspas e possampos sabercomo eytão a decorrer as realizações desportivas de Sotchi.



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Adelino Gomes e "O tempo de Mr Gates II"

Colaboro como professor e organizador de ciclos de conferências na UNISBEN (Universidade Intergeracional de Benfica) sobre temas relacionados com a História e a Contemporaneidade.
É uma escola muito especial.
Associação de Cultura e Artes de Lisboa –foi criada por um grupo de pessoas que achavam existir uma lacuna em relação à cultura, na freguesia de Benfica. Desta Associação, criada em 17 de Maio de 2006, nasceu a Universidade Intergeracional de Benfica – UNISBEN - que é frequentada por 700 Alunos em cada Ano Lectivo. 

A Unisben - Universidade Intergeracional de Benfica, é uma instituição de âmbito social e educativo, não-governamental e sem fins lucrativos, que nasceu com o propósito de combater a solidão e proporcionar aos seniores momentos de aprendizagem e lazer. 

Hoje é também frequentada por alunos mais novos que ali actualizam também conhecimentos.

Actividades como o Fado, o Teatro, a Tuna, o Coro, os Cavaquinhos, danças e cantares têm ensaios e actuações no exterior. São praticamente cem as disciplinas ali ministradas. As inscrições são muito acessíveis e permitem múltiplas escolhas.

Na passada 3ª f , no ciclo de conferências que coordeno sobre "Os dias de hoje, século XXI, o jornalista Adelino Gomes trouxe-nos uma importante reflexão " O tempo de Mr. Gates II. Poder e fragilidades dos media tradicionais". que nos levou à eventual inversão de posições entre quem comunica e quem recebe, a capacidade de controlo resultante das redes sociais.


Seguem-se, sempre às 3ªs feiras das 15 às 17 h, na sede na UNISBEN na R. Dr. José Batista de Sousa, perto do Fontenova, em Benfica as seguintes conferências: dia 11/2, "Cuidados de Saúde", pelo médico Silva Santos, dia 18/2 "Viabilidade da Segurança Social", pela investigadora Raquel Varela; 25/2 "Tráfico e Exploração Sexual de Mulheres", pela Dra. Inês Fontinha, directora do "Ninho"; 11/3, "O estado da Democracia", pelo deputado António Filipe; 25/3 e 1/4, "Desporto e Espectáculo", pelo ginasta Rogério Mota;22/4 e 29/4, "Cultura e redes culturais", por Aida Tavares, gestora e adjunta da direcção artística do Teatro S. Luiz. 6/5 "Ciência e Tecnologia", pelo investigador Frederico Carvalho; 13/5 "Habitação e Reabilitação", pelo Engº Fernando Sequeira, anterior administrador da EPUL; 20/5 "Globalização da Informação e Comunicação", pelo investigador Francisco Silva", consultor internacional; 27/5 "A droga e os seus circuitos", pelo médico João Goulão, presidente do Observatório Europeu da Droga e Coordenador nacional da Luta contra a Droga; 3/6 "O pensamento dominante", por Manuel Duarte, filósofo, 10/6 "Avaliação dos impactos das redes sociais. Intervenção e condicionamentos", por Vítor Dias, publicista; 17/6 "Estratégias globais e regionais das grandes potências; 1/7 "A crise do capitalismo e novos paradigmas", por António Abreu, engenheiro.

Anteriormente realizaram-se: 29/10 "Perspectivas vindas do século XX", por António Abreu, engenheiro; 5/11 "Segurança alimentar num contexto global", por Luciano Gonçalves, engenheiro técnico agrário; 12 e 19/11 "Financeirização da Economia", por Coutinho Duarte, economista; 3/12 "Corrupção", por António Filipe, deputado; 10/12 "A Criminalidade enquanto condicionante da segurança do cidadão", por Bernardo Colaço, juiz; 10/12 "O estado da justiça", por Fausto Leite, advogado; 21/1 "Educação" por Rui Namorado Rosa, professor universitário; "O mundo das radiações (os riscos do tabaco)", por Mariana Vaz das Neves, engenheira química, investigadora do ITN e consultora da EURATOM.

Frase de fim-de-semana, por Jorge

"A fome não é um dever constitucional"
Adriano Moreira - político, professor
n. 1922, em entrevista recente

Um Secretário de Estado patético numa declaração contraditória

Pedro Lomba. Conheço-o das páginas do Público onde escrevia umas crónicas desinteressantes. Foi para Secretário Estado e ninguém o conhece. Será que a declaração pública feita hoje foi para dizer que existe? Se foi, foi muito mal. O jornalista que o entrevistou desfeiteou-o completamente. O debate que se seguiu em antena aberta crucificou-o.



O homem quer reequilibrar o saldo migratório que há muito está negativo com a atracção de cérebros portugueses espalhados pelo mundo cuja emigração foi estimulada pelo célebre convite feito há tempos pelo Primeiro-Ministro.

Estas intenções patéticas são contraditadas pelos cortes as bolsas de doutoramento e pelos grandes cortes às universidades, pela falta de oferta de trabalho qualificado pelas empresas e por todas os outros aspectos da estratégia deste governo de acelerar a polarização em dois extremos da distribuição de rendimentos: cada vez mais ricos com maior riqueza e cada vez mais pobres com menores rendimentos, com a pulverização da chamada "classe média", com a falta de crescimento económico, não apenas direccionadas para as exportações - não vai ser só por isso que reduziremos significativamente os nossos déficites, que em grande parte são devidos à estadia no euro e na UE e à especulação financeira de bancos internacionais que beneficiam da austeridade -  mas essencialmente para as necessidades de alargamento do mercado interno, criação de mais riqueza e dinheiro a circular,

Ó Pedro! Ó Lomba! - como diria o Castrim - sabes em que governo que estás? A fazer a política que faz e em que tu colaboras?
Como não deves ser nenhum "bééé-tecla 3", além de patético, estás a ser hipócrita e mentiroso!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Governo dificulta mais o acesso à Justiça

A antiguidade da reforma de Mouzinho da Silveira, mesmo com a actualizações que ao longo de décadas foram introduzidas, merecia uma verdadeira reforma que respeitasse quer as exigências técnico-jurídicas, quer a necessidade de uma crescente diversificação das áreas do Direito mas também uma relação com comunidades locais que, pela sua presença melhorada, contribuisse para o combate à desertificação, a um mais fácil acesso à justiça, contenção do empobrecimento das populações e confluísse para o reforço da coesão nacional e a cidadania.
A decisão do Governo de hoje, por proposta da ministra Paula Teixeira da Cruz, vai ao encontro de algumas destas necessidades, mas é muito determinada pelas pressões da troika e contribui para novas dificuldades no acesso à justiça, já muito dificultada pelas distâncias, despesas de transporte, despesas com advogados, adiamentos sucessivos de audiências, iliteracia de ainda uma parte importante da nossa população... É pois uma má decisão que importará rever.
A decisão de hoje vai dificulltar mais a vida de comunidades que já perderam Centros de Saúde, repartições das Finanças, estações dos CTT, e agora perdem a presença do único órgão de soberania que restava, a que acrescem cortes significativos em salários e reformas, mais desemprego ou emprego precário de baixos custos, peso crescente das despesas com medicamentos nos orçamenos familiares, elevação de taxas moderadoras, acréscimo dos custos de transportes e reduções de carreiras etc. Esta decisão contribui para o distanciamento das instituições e o peso que isso tem tido no estado de espírito das populações, no afastamento de quaisquer perspectivas de desenvolvimento, no isolamento das populações, na desertifica e perda de coesão nacional e de soberania.


O anunciado aumento da eficácia e celeridade da justiça, a capacidade restante às muitas "secções de proximidade (entrega de requerimentos, consulta de processos, realização de alguns actos judiciais por determinação do juiz ausente, o reforço com 140 juízes (para onde?) dos 300 da bolsa que tem funcionado
para a realização de julgamentos locais, serão questões que irão ser testadas pelas populações ao longo do tempo.
Mas a luta continuará contra tais malfeitorias.

Não  vou entrar na questão, mal-tratada pelos media, do que fecha, do que fica, das condições em que fica.
Reter-me-ei apenas a que falta de obras em alguns tribunais se resolve realizando-as.
Não está nada claro que nova possibilidades vai ter a rede informática em rede de suporte ao sistema. Só as 32 novas comarcas vão ficar em rede? E o resto do sistema, tribunais e "secções de proximidade"? E estes terão condições de video-conferência e os computadores, digitalização e impressoras a funcionar? Quem vai pagar aos utentes o acréscimo de despesas com transportes?

Enfim, por aqui fiquemos, para já.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A palavra aos comunistas ucranianos


Silenciado nas suas posiições sobre os conflitos internos no País, o Partido Comunista da Ucrânia dirigiu uma carta aberta a todos os ucranianos e à comunidade internacional
Nela avança com propostas que referimos abaixo mas caracterizando a situação
nas seguintes palavras



Queridos Camaradas

A Ucrânia entrou para a lista dos países afectados pelas "revoluções coloridas" . Ocorreu uma sucessão chocante massacres , vandalismos , motins e ataques a prédios do governo apareceram Das primeiras páginas dos meios de comunicação ocidentais .

Como parte dos confrontos incontáveis ​​centenas de manifestantes e forças de segurança ficaram gravemente feridos ,  levando à morte de vários manifestantes. Não se pode esquecer os sequestros em massa e violência política pelos elementos mais radicais .

Os recentes acontecimentos dissiparam o mito de que há na oposição na capital ucraniana entre um "regime criminoso " e " pacíficos dos Democratas Europeus. "

Na realidade , esses eventos vêm da luta entre clãs oligárquicos pelo poder na Ucrânia, e para o cargo presidencial em particular. Os acontecimentos actuais são um golpe.

Isto é confirmado pelas recentes acções da "oposição " que cria instituições paralelas de poder, e falando em nome das pessoas envolvidas em ações anti- constitucionais que alimentam o conflito na Ucrânia , forçando as autoridades a ir mais longe na repressão.

Atenção especial deve ser dada à crescente atividade de forças políticas neo- nazis e ultra- nacionalistas que fizeram a escolha de violência e ilegalidade , que causou o confronto e confrontos .

Estas organizações incluem , em particular " Spilna správa " ( Causa Comum ) , " Trizub " ( Trident), " UNA-UNSO ", " Lei do Setor ", " Svoboda ", etc .




O partido " Svoboda " ocupa um papel especial na escalada do conflito como um partido parlamentar no poder em algumas áreas do oeste - tem uma oportunidade real de continuar a sua política de subversão contra a ordem constitucional na Ucrânia.

Todas estas organizações estão unidos ideologicamente e seguir o exemplo de guerrilheiros ucranianos do nacional-socialismo alemão - Bandera e Shukhevych - repetindo os seus slogans.

Por exemplo, um slogan se tornou muito popular hoje em dia: "Glória à Ucrânia, Glória aos heróis !" foi de colaboradores ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial, quando os habitantes   pacíficos polacos e ucranianos  eram massacrados na Ucrânia Ocidental.

O Partido Comunista da Ucrânia informou o mundo comunista , os trabalhadores e os movimentos de esquerda de vários actos de vandalismo , como quando os neo- nazis destruíram as estátuas de Lenin e os monumentos da era soviética, mas actua agora com vandalismo contra monumentos erguidos em homenagem aos heróis da luta contra o fascismo.

Ao mesmo tempo , está-se a tornar cada vez mais claro que a Ucrânia caiu em numa espiral de violência . Com o apoio da oposição por parte das potências ocidentais , incluindo alguns políticos da Europa Ocidental , que estão a alimentar de forma mais clara o conflito na Ucrânia.

Em paralelo , o Departamento de Estado dos EUA tem apelado repetidamente às autoridades ucranianas para negociar com a oposição, retirar as tropas de policiamento nas ruas de Kiev e permitir que a "oposição "  ocupe os prédios do governo , quando comentava as últimas leis "2anti-democráticos e ditatoriais " aprovadas pelo Parlamento ucraniano.

No entanto , essas leis combinam perfeitamente com os padrões das democracias ocidentais, são semelhantes à legislação em vigor nos Estados Unidos e na União Europeia .

Por exemplo, de acordo com as novas leis , as organizações públicas ucranianos financiadas do exterior, e tendo contribuído para a intensificação do conflito, terão de ser registados como agentes estrangeiros . Na lei dos EUA, este é o caso desde 1930. O parlamento ucraniano acaba inspirado na experiência americana .

Leis que proíbem manifestantes pacíficos de esconder seus rostos como existem na Europa .

Assim, a Alemanha criminalizou o uso de capacetes cobrindo o rosto, o uso de escudos durante as manifestações . Na França, os mesmos crimes são puníveis com 3 anos de prisão e uma multa de € 45.000.

Essa proibição está em vigor nos Estados Unidos , Canadá e outros países. Violar as leis sobre protestos pacíficos na Inglaterra equivale a uma penalidade de £ 5.000 e até dez anos de prisão nos Estados Unidos como na Inglaterra .

Nos Estados Unidos , bater ou agredir um policia pode levar de 3 a 10 anos de prisão. Na França, o bloqueio da rodovia , por qualquer motivo é proibido.

De alguma forma, os políticos ocidentais que expressam indignação e preocupação com a situação na Ucrânia , contra o " endurecimento " da legislação ucraniana - não se quer  lembrar desses factos .

Nestas circunstâncias , o Partido Comunista da Ucrânia acredita que a responsabilidade pela violência reside a ambos os líderes ucranianos , cujas ações forçaram o povo ucraniano a envolver-se em manifestações de massa , como líderes das chamadas organizações de "oposição" militantes nacionalistas de extrema-direita e políticos estrangeiros que empurram as pessoas para a " radicalização dos acontecimentos " e a " lutar até o fim" .



Estamos convencidos da justeza das iniciativas dos comunistas para um referendo na Ucrânia , cuja implementação seria eliminar as bases de protestos populares e permitir que o povo ucraniano decida o seu próprio destino.

O Partido Comunista da Ucrânia declara a necessidade de acabar com o uso da força , para garantir a não-interferência nos assuntos ucranianos por potências estrangeiras e seus representantes , incluindo a uma mesa de negociação.

Ao mesmo tempo , todas estas tentativas de criar estruturas paralelas  não constitucionais só pode reforçar a oposição e criar uma ameaça real da escalada do conflito se transformar numa guerra civil .

Parte da população apoia o governo ,  outra a auto-proclamada "oposição" , e isso só vai levar ao  inevitável da Ucrânia.


Nestas circunstâncias , o Partido Comunista da Ucrânia apresenta as segvuintes propostas concretas para resolver a situação:

- Convocar um referendo para decidir sobre a política económica externa da Ucrânia em termos de integração regional;

- Adoptar políticas de reformas , que eliminem a instituição presidencial e estabeleça uma república parlamentar , aumentando significativamente os direitos das comunidades locais;

- Aprovar uma nova lei eleitoral , fazendo regressar a representação proporcional para a eleição de deputados da Ucrânia;



- Aprovar a reforma judicial e introduzir a eleição dos juízes .

Aproveitamos esta oportunidade , para vos pedir que contribuam para a reconciliação na sociedade ucraniana por todos os meios possíveis para que sejam apoiadas estas nossas propostas e a fim de garantir a maior cobertura noticiosa possível da situação política actual na Ucrânia.
Pedimos que condenem as actividades extremistas, propaganda do fascismo , o nacionalismo e o neonazismo na Ucrânia , bem como a ingerência estrangeira nos assuntos internos da Ucrânia e qualquer escalada na violência que possa vir a ocorrer.

Para mais informação ligar para


Jean-Marie Chauvier, Euromaïdan ou a batalha da Ucrânia , 25/Janeiro/2014; 
Ucrânia: "que posição"? , 13/Dezembro/2013, publicado pela revistaPolítica (Bruxelas);  
e reproduzido em www.globalresearch.ca, que tem outras peças sobre a Ucrânia; 
OUN e a Alemanha nazi: referências, ver Le Monde Diplomatique , Agosto/2007 ;

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Jornais de outros países

Se quiseres lêr jornais de outros países, clica  no link

http://www.kiosko.net/

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Os combates dos nossos dias

Ontem as manifestações contra o governo voltaram às ruas de Lisboa e do Porto. Depois do início do ano já protestos localizados  ocorreram numa série de situações, a mais recente na Associação Nacional de Freguesias contra Poiares Maduro, que com Relvas criaram verdadeiras aberrações nas fusões das freguesias. Não as compensando pelo acréscimo de responsabilidade que resulta de a passarem a terem de acorrer a territórios superiores aos de muitos municípios
O mesmo Poiares Maduro revela que, com a concessão de exploração da RTP, acelerada para ainda cair no mandato deste governo se não for demitido entretanto, as taxas de TV mais caras são para pagar despedimentos na empresa!

Há cortes em salários e pensões que vão ser adiados para depois das eleições europeias para depois serem aplicados rectractivamente de um só golpe...
O governo, para tornear chumbos do Tribunal Constitucional, vai dar prioridade na definição para o patronato que o grande critério para os despedimentos dos trabalhadores passe a ser a avaliação do seu desempenho...
A luta vai continuar. É certo que há quem tenha momentos de descrença, expressando alguns que isto "já lá não vai com manifestações nem com eleições" por o governo ainda não ter sido derrubado. Essa descrença não pode ser um guia para a negação do combate.
Temos que levantar de novo vontades e fazer surgir outras. Todos os sectores incluindo os militares e militarizados, as polícias vão assumindo uma consciência de que tal estado de coisas não pode continuar e poderão expressá-lo colectivamente de diversas formas.
Importa não deixar nenhum companheiro para trás. Isso ajudará a que consigamos derrubar este governo no mais curto prazo de tempo.

Tanbém no plano internacional  factos há que prendem a nossa atenção.
Na Ucrânia a extrema direita, ao som de slogans nazis, pôs o centro da cidade de Kiev num caos. Queimou, partiu, fez barricadas e incendiou pneus, partiu para o combate contra as forças policiais. Em nenhum país do mundo isto seria tolerado. A administração está bloqueada e o país não avança. Mas o governo português vê auspiciantes sinais na fractura do país que isto está a provocar, mesmo que as recentes decisões da Fed norte-americana vão abalar a Europa. Quererão os actuais membros do euro ou da Eurpa sem euro espoliar a Ucrânia?  Os EUA e a UE apoiam esta revolta, abertamente, sem pingo de vergonha. Se isto ocorresse entre eles já tudo teria voltado à normalidade, com cargas policiais, remoção de entulho e limpeza de zonas emblemáticas das suas cidades. O que está em jogo também é a captação da Ucrânia para a UE e a NATO, país que forma longa fronteira terreste e marítima com a Rússia. A NATO e os EUA nunca esconderam que os seus próximos golpes serão contra a Rússia e a China.
Não me referirei a outros temas internacionais.
Basta que neste caso não nos deixemos embalar pela persistência dos media internacionais e correspondentes mais papistas que o Papa nem pelas dúvidas que possam merecer algumas atitudes da Rússia em se querer proteger nem de Ianukovitch que se fosse odiado pelo seu povo há muito teria caído.

sábado, 1 de fevereiro de 2014