domingo, 12 de junho de 2011

Da Líbia para a Síria, a ingerência dos EUA, França, Inglaterra e Alemanha não para...

Há alguns meses despoletaram-se protestos populares na Síria.
Na sua origem estiveram sucessivas declarações de estado de emergência e uma deslocação da política do governo que acentuou a opção pelos ricos, incluindo emigrantes, contra os interesses dos mais débeis: quebra de subsídios sociais e à lavoura, redução do controlo sobre o comércio externo sem garantir a modernização da indústria para competir com terceiros, um aumento significativo do desemprego, com particular incidência nos jovens.
A anulação da legislação sobre o estado de emergência, o fim do Tribunal de Segurança de Estado e a legalização de manifestações pacíficas, a criação de comissões para preparar actos eleitorais, o aparecimento de mais partidos e outras medidas foram decididas mas foram atrasadas e os protestos alargaram-se a várias cidades.
Uma acção da inteligência dos países neo-colonialistas entrou em acção procurando apoiar-se nestes protestos, recrutando snipers que passaram a matar transeuntes de forma indiscriminada. Mais recentemente, grupos armados passaram a matar militares e polícias com especial gravidade nos últimos dias.
A repressão tem sido exagerada e os EUA esfregam as mãos por pensarem poder acabar com o regime que mais se opôs aos seus intentos no Médio Oriente, de dividir os países árabes, de acicatar divisões étnicas em cada um deles, de liquidar os palestinianos com o apoio de Israel.
Em comunicado publicado hoje o Partido Comunista Sírio propôs a realização urgente de uma conferência que abranja todos os partidos, incluindo a oposição, os sindicatos, a intelectualidde, os meios da Cultura e da Religião para se encontra uma solução de concertação que garante a resolução interna dos conflitos e conjure as ingerências externas.

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