segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Apoiar os mineiros e Aljustrel
Uma delegação de trabalhadores da Pirites Alentejanas (PA) deslocou-se hoje ao Ministério da Economia, em Lisboa, para "tentar obter respostas concretas" sobre a situação da mina de Aljustrel e reivindicar a suspensão imediata das rescisões de contratos.A delegação, composta por membros da direcção do STIM e da Comissão de Trabalhadores da PA, vai "tentar obter respostas concretas sobre a situação da mina de Aljustrel", assim como "exigir que sejam anuladas as rescisões de contrato assinadas sob pressão e readmitidos os trabalhadores que foram pressionados a sair da empresa".Segundo Luís Sequeira, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), terça-feira, 18, os trabalhadores vão reunir em plenário, agendado para as 15h30, em Aljustrel, para "fazer um ponto da situação" e "decidir formas de luta, se as respostas do Ministério da Economia não forem satisfatórias".A deslocação ao ministério da Economia acontece depois de cerca de 200 pessoas, entre trabalhadores da PA, familiares e população de Aljustrel, se terem concentrado, este domingo, 16, à noite, numa vigília à porta da lavaria da mina.
Na passada 6ª feira o primeiro-ministro afirmou “ Estou muito esperançado [nestas negociações]", , garantindo que o Governo está "a trabalhar para que haja trabalho em Aljustrel".José Sócrates disse que a os trabalhadores da empresa deverão ser informados, desde esse dia, destas evoluções e que nas próximas duas semanas iriam decorrer negociações entre as duas empresas.Há cerca de um mês a empresa que trabalha nas minas, A Lundin Mining Corporation, que detém a Somincor (da mina de Neves-Corvo) e a Pirites Alentejanas (Minas de Aljustrel), tinha comunicado ao governo as "suas preocupações em relação ao preço do zinco". E na passada quinta-feira a suspendeu a extracção e produção de zinco nos dois complexos mineiros, localizados no distrito de Beja.A empresa justificou a decisão com a redução da procura de zinco nos mercados e disse que a suspensão vai manter-se até que "haja uma recuperação dos preços", com a baixa cotação do zinco no mercado e com a crise económica.
Em Abril passado, depois da posição adquirida pela Lundin na Somincor e nas Pirites, José Sócrates foi ao local onde falou que a solução encontrada ia resolver o problemas da paralização da actividade nos 15 anos anteriores.
Como desde 6ª f Sócrates nada disse aos trabalhadores, estes decidiram hoje rumar a Lisboa para se encontrarem com o governo. Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Aljustrel, José Godinho, face à interrupção da actividade produtiva, e perante as gravíssimas consequências laborais, sociais e económicas de tal decisão, solicitou com carácter de urgência uma reunião com o ministro da Economia para esclarecimento da situação e salvaguarda dos interesses dos trabalhadores, da população e do concelho.
Sobre estas minas clique em
http://www.mun-aljustrel.pt/btdireita/mina.asp
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