Nascida para a música nos blues e nos rimos populares do seu país, a África do Sul, Miriam projectou-se internacionalmente depois de progredir na carreira nos EUA.
Foi sempre uma mulher de esquerda que cantou a luta dos oprimidos.
Desde então foi uma combatente contra o apartheid que teve como ponto alto o seu protagonismo no documentário de 1960 "Come back Afrika". O regime do apartheid concelou-lhe então o passaporte sul-africano.
Dos EUA foi para Londres onde conviveu e trabalhou com Harry Belafonte o actor negro norte-americano que com ela gravaria o disco "Uma noite com Belafonte e Makeba que obteria o Grammy na categoria de música folk em 1966.
O governo racista continuou a persegui-la, impedindo-a de regressar ao país e retirando-lhe a nacionalidade. Viria depois a casar-se com Stokely Carmichael, dirigente carismático dos Black Power e dos Panteras Negras. O casal continuou a ser perseguido e foi viver para a Guiné. Mas ela percorria o mundo com os seus espectáculos.
Regressou à África do Sul em 1990, depois do derrube do apartheid, foi recebida no aeroporto por Nelson Mandela e no seu país prosseguiu a sua carreira sampre ligada ao combate ao apartheid e à emancipação dos negros.
Continuava hoje a sua vida artística, solidarizando-se por causas progressistas como a do espectáculo de ontem, em que faleceu, de homenagem ao escritor Roberto Saviano, autor do livro "Gomorra", que por isso e, pelo êxito que foi a adaptação do seu livro ao cinema este ano, passou a ser ameaçado pela Mafia.
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