domingo, 23 de novembro de 2008

Registos de 17 a 23 de Novembro

21/11/08, Cavaco Silva, Público, - Há ainda fragilidades na eficiência com que os investimentos em inovação são convertidos em bens e serviços (...) Existem entraves buriocráticos, é certo, mas também há muitas barreiras que se situam ao nível dos investidores e da mentalidade e do espírito dos empresários.

20/11/08,Margarida Botelho, Avante! - Mais de 30 mil estudantes saíram à rua em todo o país contra o estatuto do aluno, o novo modelo de gestão das escolas e os exames nacionais.Nenhum profissional com critérios jornalísticos sérios tem dúvidas de que isto é notícia. Mas o dia nacional de luta passou mais que discretamente pelos principais órgãos de comunicação social. E onde passou, o tom geral foi o do folclore: sucederam-se as inevitáveis entrevistas a estudantes menos claros na explicação dos motivos da luta, os jornalistas deslumbrados pelas sms, as acusações de manipulação do costume. E nada que pudesse dar a ideia da verdadeira amplitude do protesto.

20/11/08, Ângelo Alves, Avante! - E o pouco de concreto que se pode retirar desta cimeira confirma essa ideia: regulação; supervisão; sistema de alerta de crises (admitindo portanto a sua continuidade); atirar para a irresponsabilidade de alguns as causas da crise (ocultando as responsabilidades estruturais do sistema); criação de almofadas de capital que amparem as crises vindouras; reafirmação do papel do FMI e do Banco Mundial; incentivos fiscais e apoios ao capital financeiro; não tocar nos sacrossantos off-shores, são algumas das ideias saídas de uma cimeira que, ao atirar para daqui a quatro meses uma segunda discussão, gritou bem alto: até lá é cada um por si.

19/11/08, João Paulo Guerra, Diário Económico - “nos próximos tempos é absolutamente certo que Barack Obama vai ouvir as propostas de outros portugueses de pensamento relevante e maleável com novas e inesperadas denúncias póstumas de Bush, agora que o indivíduo vai passar a ser apenas uma das piores fotografias da galeria de ex-presidentes da América do Norte. Como aliás sempre disseram alguns portugueses que agora dizem precisamente o contrário”.

18/11/08, J.M. Tavares, Diário de Notícias – “Há quatro anos, o administrador do Banco de Portugal Manuel Sebastião foi procurador do administrador do Banco Espírito Santo Manuel Pinho na compra de um prédio em Lisboa (…) Se José Sócrates encontrasse um dos seus ministros a tentar arrombar um cofre com um berbequim diria aos jornais que ele estava só a apertar um parafuso(…) É a escola Fátima Felgueiras, que mesmo condenada a três anos e meio de prisão dava pulinhos de alegria como se tivesse sido absolvida”.

18/11/08, Adriano Moreira, Diário de Notícias – “A confiança na teologia de mercado ou não foi abalada ou mais credivelmente viu a sua pregadora mensagem preservada, na convicção infundada de que todas as responsabilidades emigraram para a circunstância política”.

18/11/08, Mário Soares, Diário de Notícias – “Uma cimeira sem resultados? (…) Reformas sim, claro, disseram em coro, mas não um novo Bretton Woods - que horror! -, quando é precisamente disso que se trata”.

18/11/08, Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias, Público - As famílias estão a tirar os idosos dos lares para os levarem para casa para tirar proveito da reforma que eles recebem (…) É mais uma receitra que entra no orçamento familiar e que paga contas”.

18/11/08, Sérgio Aníbal, Publico – “PIB cresce mas o rendimento nacional já está em queda. Uma parte cada vez maior do que é produzido na economia vai para os rendimentos dos estrangeiros que financiaram Portugal”

17/11/08, Maria de Lurdes Rodrigues, RCP, "Se o Governo suspendesse a avaliação seria uma vergonha";

17/11/08, André Freire, Publico, "O pecado original radica na ilusão de que é possível fazer reformas, nomeadamente na Educação, sem mobilizar os profissionais para as mudanças";

17/11/08, Rui Moreira, Publico, "Esta crise de confiança entre o Estado, o sistema financeiro e a eonomia real não só assassina o empreendedorismo, como fragiliza os contrafortes sdo sistema capitalista em que temos vivido, e deixará marcas, muito para além da actual recessão conjuntural"

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