sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Estamos a resistir melhor que os outros à recessão?


A (ainda!) tentativa de iludir o que nos espera, dizendo que a estagnação (0,0% de crescimento) prova que estamos a resistir à recessão de quem está nos -0,1% é ridículo, oferece pouca confiança no que o governo possa estar a fazer. O apoio às empresas decorrentes da liquidez para o crédito que foi paga por todos nós e a substituição de exportações condenadas ao fracasso nesta conjuntura por outras de maior valor acrescentado pode não chegar. Outro tipo de medidas têm que ser encaradas para fomentar a procura interna e apostar na competitividade das exportações. O nível dos rendimentos disponíveis, tendo já descontado do produto interno os pagamentos ao exterior é, de facto, o que poderá determinar uma mais lenta redução das condições de vida e um alargamento do mercado interno, já que os nossos pricipais importadores estão ou vão entrar em recessão
Quem brinca, atribuindo diferenças qualitativas a crescimentos de +0,1, 0,0 ou -0,1, faz figura de fanfarrão quando se sabe que, infelizmente os pés são e barro.
Algum pudor seria prudente, a não ser que se prefira aumentar o descrédito acrescido posterior.

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