Quando criou a editora Livros Horizonte, em 1953, Rogério Mendes de Moura não tinha quaisquer contactos no mercado editorial, nem sequer livros para vender. Ainda assim, fez-se à estrada - ao volante de um Peugeot - e correu o país de lés a lés, dando-se a conhecer aos livreiros de que se tornaria, mais tarde, fornecedor.
"Agora não tenho nada para vender, mas hei-de ter um dia", costumava dizer. E teve mesmo. Durante mais de cinco décadas, Mendes de Moura manteve uma actividade regular, tendo publicado mais de dois mil títulos.
"Agora não tenho nada para vender, mas hei-de ter um dia", costumava dizer. E teve mesmo. Durante mais de cinco décadas, Mendes de Moura manteve uma actividade regular, tendo publicado mais de dois mil títulos.
Militante do PCP, Rogério de Moura envolveu-se sempre nas causas do povo português.
Na brochura que assinalou os 50 anos de actividade da Livros Horizonte, o seu irmão, Mário Moura, também editor (Pergaminho), escreveu: "Rogério Moura é um editor-artífice, talvez o único entre nós. Trabalha o livro como o ourives o ouro e o lapidador o diamante. Por outro lado, o tilintar ou não da caixa registadora não o comove." Rogério Mendes de Moura formou-se em Filosofia na Universidade Clássica de Lisboa. Em 2003, foi condecorado pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio. Em 2006, a União dos Editores Portugueses atribuiu-lhe o Prémio Carreira - Fahrenheit 451.
Morreu ontem à noite, em Lisboa, vítima de cancro. Tinha 83 anos.
Na brochura que assinalou os 50 anos de actividade da Livros Horizonte, o seu irmão, Mário Moura, também editor (Pergaminho), escreveu: "Rogério Moura é um editor-artífice, talvez o único entre nós. Trabalha o livro como o ourives o ouro e o lapidador o diamante. Por outro lado, o tilintar ou não da caixa registadora não o comove." Rogério Mendes de Moura formou-se em Filosofia na Universidade Clássica de Lisboa. Em 2003, foi condecorado pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio. Em 2006, a União dos Editores Portugueses atribuiu-lhe o Prémio Carreira - Fahrenheit 451.
Morreu ontem à noite, em Lisboa, vítima de cancro. Tinha 83 anos.
Os nossos sentimentos para a sua família.
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