terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Variações em volta de um mesmo tema...

Vitor Constâncio disse que o apoio aos bancos não era um apoio aos banqueiros e o Secretário de Estado do Tesouro que os avales não eram empréstimo e que o Estado com eles não gastava dinheiro. Pois...
Não cabe na nossa cabeça que o governador do Banco de Portugal andasse a emprestar dinheiro aos cidadãos administradores dos bancos. Está certo. Talvez já não seja assim se pensarmos que as recapitalçizações e empréstimos poderão livrar os parcos rendimentos dos referidos cidadãos dos perigos das nuvens negras da crise financeira para a qual deram importante contributo ao longo dos anos.
Então e o apoio é aos bancos... Apoio para quê? Presume-se que para viabilizar o crédito a empresas e pessoas individuais. Ou é para continuarem com as mesmas maningâncias dos off-shores, dos edge funds e outros produtos imaginativos da sua engenharia empreendedora? A ver vamos.

Quanto aos avales não serem empréstimos...De facto, directamente não são mas o Governo vai usar intermediários que vai apoiar com avales para os fazerem...E se os bancos que vão emprestar não forem pagos quem paga é o Estado, vulgo para este efeito em concreto, todos nós. Ser avalista é isso, não? O aval não é uma benção sem consequências.

Em vez de andarmos a ouvir tais trocadilhos, seria possível ouvirmos verdades? Só para variar...

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