Com 77 anos queria cantar na posse de Obama mas não resistiu a uma doença de coração que já não tinha cura possível. Faleceu ontem num hospital de Nova Iorque.
Odetta Holmes, que foi “a voz dos direitos civis”, morreu anteontem num hospital de Nova York, aos 77 anos. Com a sua voz e presença poderosas, Odetta foi uma das mais destacadas artistas da folk music, dos blues e espirituais americanos nas décadas de 50 e 60.
Foi grande animadora dos movimentos pelos direitos cívicos, participando activamente com a sua música em grandes acções de protesto como a Marcha sobre Washington de 28 de Agosto de 1963 (foto ao lado), um dos momentos culminantes de sua vida, quando 250 mil pessoas reivindicaram os direitos civis dos negros e Martin Luther King (1929-1968) pronunciou o seu famoso discurso “Eu tenho um sonho” (“I have a dream”). Odetta, na ocasião, interpretou o tema “Freedom”, que remonta aos tempos da escravidão. O álbum que lançou naquele ano, “Odetta Sings Folk Songs”, foi um dos mais vendidos no país.
Exerceu influência na formação de grandes artistas, como Bob Dylan, Joan Baez, Janis Joplin, Harry Belafonte ou o trio Peter, Paul & Mary.
Com acompanhamento básico de guitarra, Odetta deu vida a canções que falavam de escravos, camponeses, trabalhadores, donas de casa, brancos e negros.
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