Ontem em toda a Grécia, os trabalhadores responderam ao apelo das duas centrais sindicais e realizaram uma greve geral de grande impacto. Esta greve, marcada antes da polícia ter morto um adolescente em Atenas, correspondeu à crescente resistência popular contra os projectos do governo de Karamanlis e da União Europeia de retirada de direitos dos trabalhadores e de sobre-exploração de trabalho.
Os jornais e televisões de hoje em Portugal (mas não só) o que continuavam a privilegiar com interesse jornalístico eram as destruições provocadas por provocadores que se destacavam de manifestações de protesto contra o assassinato do jovem, e hoje nos telejornais da noite o que sobressaiu foram os ataques de jovens à polícia de choque que ziguezagueava sem, aparentemente, carregar sobre os jovens. É difícil não me lembrar do Maio de 68 e do papel desempenhado por outros "anarquistas" no que viria a ser a recuperação da direita e de De Gaule, depois do movimento operário, na sequência de lutas de trabalhadores anteriores aos acontecimentos de Maio, terem obtido a grande vitória de Billancourt. Mas a interpretação dos factos da Grécia exige uma observação concreta e não apenas a sensibilidade resultante dos paralelismos.
Como as fotos da grande manif de trabalhadores em Atenas não mereceu publicação entre nós, aqui deixamos algumas.
2 comentários:
Caríssimo,
Antes de mais, um grande abraço!
Encontrei este teu blogue por acaso, devido a um texto teu que aparece transcrito no "5 Dias".
Convido-te a visitar o SORUMBÁTICO (http://sorumbatico.blogspot.com).
Obs: tens uma gralha no teu "perfil" deste blogue: aparece "idade 1961 anos".
Sejas bem aparecido e quanto à idade, 1961 era demais, de facto...
A. Abreu
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