Neste trabalho, que pode encontrar publicado na Monthly Review deste mês, Paul M. Sweezy e Harry Magdoff desmontam as falácias do monetarismo já desmistificadas anteriormente à crise actual onde se evidenciaram, explicitando o ensaio premonitório do que viria a ser a financiarização do sistema e revelando porque é que os bancos centrais não podem controlar a massa monetária.
Segundo eles, Milton Friedman e outros destacados monetaristas atribuem a causa da duração e da severidade da Grande Depressão ao falhanço em a Reserva Federal agir e de forma adequada. E afirmam ainda que as políticas da Fed tiveram forte contributo em todas as recessões que desde então ocorreram que serviram também de promotoras da inflação.
Não são apenas, segundo dizem, os conservadores que julgam que é a Fed a principal fonte dos males económicos. Apesar dos liberais (*) recusarem as teorias monetaristas e rejeitarem os preconceitos da direita, acreditam que as políticas restritivas da Fed foram em grande parte responsáveis pelas recessões no pós-guerra, especialmente as que ocorreram no final dos anos 60. E entre os radicais também encontramos a tendência para alinhar com a ideia de que no ciclo dos negócios ao manipulação no fornecimento do dinheiro. Por isso o controlo popular da Fed é encarado como um remédio para a eventual criação de empregos, a recuperação de empresas em dificuldade ou a protecção em geral das calamidades económicas.
O que espanta nesta generalizada ilusão é a sua insistência no registo histórico. O declínio dos negócios, que supostamente as autoridades monetárias provocaram nos EUA, também se verificou noutros locais. Nenhum dos países capitalistas deste mundo conseguiu escapar ao ciclo – sejam eles governados por socialistas, liberais ou conservadores. Tem sido tentado um vasto conjunto de medidas correctoras, os banqueiros centrais entram e saem, mas, contudo, as recessões são recorrentes e cada vez mais graves, e acompanhadas pela extensão da estagnação através do mundo capitalista. Será isso devido a uma constante incompetência ou má vontade de todos os banqueiros centrais? Ou será, pelo contrário, que as depressões e a estagnação são inerentes às próprias sociedades orientadas pelo lucro? E de tal maneira que nem os responsáveis monetários nem dos governos podem, pura e simplesmente evitá-las?
Para os dois autores, hoje a resposta a esta questão já parece suficientemente clara.
Ver a tradução integral, brasileira, deste artigo em
http://www.resistir.info/mreview/money_out_of_control.html
(*) Nos EUA a designação “liberais” corresponde mais aos social-democratas europeus do que ao que os liberais aqui representam.
Segundo eles, Milton Friedman e outros destacados monetaristas atribuem a causa da duração e da severidade da Grande Depressão ao falhanço em a Reserva Federal agir e de forma adequada. E afirmam ainda que as políticas da Fed tiveram forte contributo em todas as recessões que desde então ocorreram que serviram também de promotoras da inflação.
Não são apenas, segundo dizem, os conservadores que julgam que é a Fed a principal fonte dos males económicos. Apesar dos liberais (*) recusarem as teorias monetaristas e rejeitarem os preconceitos da direita, acreditam que as políticas restritivas da Fed foram em grande parte responsáveis pelas recessões no pós-guerra, especialmente as que ocorreram no final dos anos 60. E entre os radicais também encontramos a tendência para alinhar com a ideia de que no ciclo dos negócios ao manipulação no fornecimento do dinheiro. Por isso o controlo popular da Fed é encarado como um remédio para a eventual criação de empregos, a recuperação de empresas em dificuldade ou a protecção em geral das calamidades económicas.
O que espanta nesta generalizada ilusão é a sua insistência no registo histórico. O declínio dos negócios, que supostamente as autoridades monetárias provocaram nos EUA, também se verificou noutros locais. Nenhum dos países capitalistas deste mundo conseguiu escapar ao ciclo – sejam eles governados por socialistas, liberais ou conservadores. Tem sido tentado um vasto conjunto de medidas correctoras, os banqueiros centrais entram e saem, mas, contudo, as recessões são recorrentes e cada vez mais graves, e acompanhadas pela extensão da estagnação através do mundo capitalista. Será isso devido a uma constante incompetência ou má vontade de todos os banqueiros centrais? Ou será, pelo contrário, que as depressões e a estagnação são inerentes às próprias sociedades orientadas pelo lucro? E de tal maneira que nem os responsáveis monetários nem dos governos podem, pura e simplesmente evitá-las?
Para os dois autores, hoje a resposta a esta questão já parece suficientemente clara.
Ver a tradução integral, brasileira, deste artigo em
http://www.resistir.info/mreview/money_out_of_control.html
(*) Nos EUA a designação “liberais” corresponde mais aos social-democratas europeus do que ao que os liberais aqui representam.
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