segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Jerónimo de Sousa na Festa do Avante!



Num comício que contou com a presença de umas 30 mil pessoas que ocupavam todo o recinto em frente ao palco central da Festa do Avante e se estendia pelas ruas adjacentes, o secretário-geral do PCP começou por abordar a política internacional acusando a NATO, os EUA e a EU pelo actual conflito no Cáucaso: "A guerra chegou ao Cáucaso e lá estão os EUA e a União Europeia correndo para cumprir os objectivos deste conflito, inundar de tropas da Nato a região, ocupá-la do ponto de vista geo-estratégico e controlar os seus recursos naturais e corredores energéticos".


Jerónimo de Sousa acusou o Governo de José Sócrates de ter feito "da consolidação das contas públicas um valor absoluto, em detrimento da promoção do crescimento e do emprego". E a este propósito contestou os dados recentes avançados pelo Governo que apontavam para a criação de 133 mil postos de trabalho: "Entre o segundo trimestre de 2005 e o segundo trimestre de 2008, as estatísticas oficiais dizem que o emprego criado não ultrapassou os 96 mil postos de trabalho.


Estatísticas que, erradamente, contam como empregados 60 mil desempregados que rodam permanentemente nos cursos de formação. Os portugueses não comem gato por lebre". As fortunas e o alegado favorecimento fiscal foram também abordados no discurso de Jerónimo de Sousa repetindo a acusação a "dirigentes e governantes e outros


O secretário-geral do PCP acusou o PSD de, juntamente com o PS, constituírem um lobbie central de interesses, diagnosticando "três problemas centrais" a exigirem atenção por parte do Orçamento de Estado para 2009: "Défice de produção, desemprego, e a injusta distribuição do rendimento nacional".


Jerónimo de Sousa, anunciou, nesse propósito três medidas que, na opinião do PCP, deviam ser consagradas na próxima previsão das contas públicas: a criação de um 15º mês equivalente "à perda real salários e pensões"; a fixação de uma margem de "spread" máximo no crédito habitação de 0,5%, através de orientações do accionista Estado na Caixa Geral de Depósitos, que arraste para baixo todas as percentagens de lucro neste crédito nas demais instituições bancárias e o congelamento dos preços de electricidade, água gás e uma redução nunca inferior a 5 euros no preço do gás de botija.



Sem comentários: