Os grupos paramilitares integrados nos "movimentos cívicos" estão cada vez melhor armados e a capacidade de contra-ataque dos indígenas e outros apoiantes de Chávez é pouco eficiente. Depois do massacre de Pando da semana passada, o maior desde há 50 anos, outro está em preparação para muito breve. É a sensação de quem está no terreno.
Ao nível das Forças Armadas alguns dos seus altos dirigentes, formados e comprometidos com o Pentágono têm impedido os militares de apoiar a população contra as forças paramilitares. Há quadros militares que estarão a revelar grande coragem para fazer com que elas cumpram lealdade ao presidente. A intervenção de Chavéz, parecendo uma ingerência interna reflecte a reacção popular contra os altos comandos militares omprometidos com o golpe.
É inaceitável que os media portugueses continuem a tratar o golpe em curso como confrontações entre manifestantes. O repórter do Público publica hoje uma peça em aque fala apenas com um dos dirigentes destes movimentos cívicos,. espécie de ku-klux-clans sem capuz. Ponham a mão na consciência e lembrem-se do Chile de 73!
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