Na introdução deste seu livro, Michel Collon interroga-nos:
Porque é que os Estados Unidos se opõem a Chávez? Pelo petróleo, sem dúvida. E é tudo? Os EUA estão habituados a ganhar as guerras do petróleo. Mas na Venezuela fazem-lhes frente. Aqui diz-se que é possível aplicar o dinheiro do petróleo de maneira inteligente e útil.
Não como no Dubai onde se constroem hotéis de vinte mil euros por noite no meio de um mundo árabe subdesenvolvido. Não como na Nigéria onde a fome mata apesar deste país ser um dos seus maiores exportadores mundiais.
Na Venezuela, um homem afirma ser possível resistir às multinacionais e vencer a pobreza. Acusam-no de todos os pecados: populista, ditador, anti-semita…Mas o que se passa no terreno? Quais são os verdadeiros pecados?
Não como no Dubai onde se constroem hotéis de vinte mil euros por noite no meio de um mundo árabe subdesenvolvido. Não como na Nigéria onde a fome mata apesar deste país ser um dos seus maiores exportadores mundiais.
Na Venezuela, um homem afirma ser possível resistir às multinacionais e vencer a pobreza. Acusam-no de todos os pecados: populista, ditador, anti-semita…Mas o que se passa no terreno? Quais são os verdadeiros pecados?
O petróleo é um grande desafio do mundo actual e levantaremos o véu das actuações secretas da Exxon, da Shell ou da Total. Mas a questão vai para além do petróleo…Qual o tipo de economia que poderá vencer a fome? É possível uma verdadeira democracia? Estes desafios dizem respeito a toda a América Latina, mas também ao Médio-Oriente, a África e mesmo à Europa…
Que queremos com a nossa informação? Nos órgãos de comunicação social a América Latina é muito simples. Temos o Carnaval no Rio, o tango em Buenos Aires e a droga na Colômbia. Ah, sim, também temos o Chávez, o “populista”. Em vez desta imagem de estereótipos, não nos poderiam mostrar a vida real dos latinos? Quase um em cada dois vive sob o signo da pobreza. E porquê? Em contrapartida, sete ou oito tornaram-se multimilionários em poucos anos. E como?
A América Latina tem 44% de pobres. Deixe de olhar para isso como uma estatística. Você poderá dar esta noite ao seu filho alguma coisa para comer? Poderá pagar-lhe a escola? E se ele ficar doente, será visto por um médico? Quando se vive com um ou dois dólares pior dia, é-se forçado a escolher entre estes bens vitais. Esta é a angústia do quotidiano de uma em cada duas pessoas neste grande continente. No Médio-Oriente é semelhante. E em África é pior.
A experiência da Venezuela represente uma alternativa válida? Se sim, isso diz-nos respeito a todos. É importante informarmo-nos e julgarmos de forma independente. As mentiras da média talvez digam só respeito ao Iraque.
Face a este fosso entre ricos e pobres, existe o direito à alternativa? Há vinte anos que faço
investigação sobre as estratégias de guerra e de domínio dos EUA. Há vinte anos que ouço as
suas vítimas. Não me posso esquecer do que me disseram a iraquiana Nasra, o jugoslavo Tomislav, o palestiniano Mohamed e tantos outros. Lá no fundo, os seus sofrimentos e cóleras são semelhantes, é tudo a mesma guerra.
Já não posso esquecer a sua esperança de que existe saída para um mundo melhor. Foi a pensar em todos eles que fui à Venezuela. A alternativa é possível? Ouvir Chávez, ouvir a gente de baixo, ouvir a oposição da direita. E dar disso testemunho.
Que queremos com a nossa informação? Nos órgãos de comunicação social a América Latina é muito simples. Temos o Carnaval no Rio, o tango em Buenos Aires e a droga na Colômbia. Ah, sim, também temos o Chávez, o “populista”. Em vez desta imagem de estereótipos, não nos poderiam mostrar a vida real dos latinos? Quase um em cada dois vive sob o signo da pobreza. E porquê? Em contrapartida, sete ou oito tornaram-se multimilionários em poucos anos. E como?
A América Latina tem 44% de pobres. Deixe de olhar para isso como uma estatística. Você poderá dar esta noite ao seu filho alguma coisa para comer? Poderá pagar-lhe a escola? E se ele ficar doente, será visto por um médico? Quando se vive com um ou dois dólares pior dia, é-se forçado a escolher entre estes bens vitais. Esta é a angústia do quotidiano de uma em cada duas pessoas neste grande continente. No Médio-Oriente é semelhante. E em África é pior.
A experiência da Venezuela represente uma alternativa válida? Se sim, isso diz-nos respeito a todos. É importante informarmo-nos e julgarmos de forma independente. As mentiras da média talvez digam só respeito ao Iraque.
Face a este fosso entre ricos e pobres, existe o direito à alternativa? Há vinte anos que faço
investigação sobre as estratégias de guerra e de domínio dos EUA. Há vinte anos que ouço as
suas vítimas. Não me posso esquecer do que me disseram a iraquiana Nasra, o jugoslavo Tomislav, o palestiniano Mohamed e tantos outros. Lá no fundo, os seus sofrimentos e cóleras são semelhantes, é tudo a mesma guerra.
Já não posso esquecer a sua esperança de que existe saída para um mundo melhor. Foi a pensar em todos eles que fui à Venezuela. A alternativa é possível? Ouvir Chávez, ouvir a gente de baixo, ouvir a oposição da direita. E dar disso testemunho.
E, já agora, os sete pecados são:
1. Ensina-os a lêr
2. Entende que cada um tem direito à saúde
3. Acha que qualquer um pode comer e matar a fome
4. Mudou as regras entre ricos e pobres
5. Defende que a democracia é mais que um boletim de voto
6. Não se submete ao poder dos media
7. Faz frente aos Estados Unidos
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