O que me parece significativo neste manifesto não são estes galhardetes mas o terem decidido fazê-lo depois de terem contribuído, muitos deles como ministros, para o estado em que as coisas estão internamente e não se lhes conhecer nos últimos anos previsões que outros, lá fora, iam fazendo sobre a crise financeira, apesar de terem tido responsabilidades semelhantes às suas.
Não revelaram capacidade de previsão do iria acontecer em virtude das falcatruas dos neo-liberais e de "sociais-democratas" a eles rendidos. Não nos falaram, nem agora o fazem, da liquidação paulatina dos últimos governos, da liquidação das alavancas que permitiriam ao Estado intervir, nem das privatizações desastrosas, nem do abandono da economia real a troco da de casino, nem sequer da perda de direitos dos trabalhadores, da depreciação do factor trabalho, da desregulamentação laboral.
Até nem duvido das procupações e boas intenções de um ou outro.
Mas se não fizeram nada disto para que decidiram dar sinal de vida?
Para a Dra. Ferreira Leite dizer que está de acordo? Para os socialistas referirem uns que não dizem nada de novo, outros que é um importante (?) contributo, blá, blá, blá...
Palavra que lemos o documento e os textos próprios de cada um dos manifestantes, que o pivot da iniciativa tem no http://www.reavaliarinvestpublicos.com/ , mas chega-se ao fim e...não vale a pena!
Porquê então o pronunciamento a partir do sofá por e-mail? Arrisco duas hipóteses:
1ª) Cristalizar nesta malha de argumentos a necessidade de que algo mude para que tudo fique na mesma ou, como Jerónimo de Sousa certeiramente referiu, "querem mais do mesmo!"...
2ª) Ou estão a cozinhar uma plataforma de entendimento para um futuro bloco central...
Venha o diabo e escolha...
1 comentário:
Estou mais inclinado para a segunda hipotese, mas é como diz"venha o diabo e escolha".
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