quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Em Israel luta-se contra a agressão israelita - a posição dos comunistas de Israel



A matança em Gaza continua. Centenas de palestinos foram mortos, milhares feridos, os bombardeamentos têm causado enorme devastação e famílias inteiras estão desalojadas. Civis no sul de Israel estão a ser feitos prisioneiros por um governo que lhes mente e abusa deles. A destruição e morte em Gaza não vai garantir o seu futuro, mas sim levar a mais violência e assassinatos.
Amanhã (sábado, 3 de Janeiro de 2009) serão realizadas dois grandes protestos em Israel, por uma coligação de forças de paz e do Partido Comunista de Israel e a sua frente Hadash em Tel-Aviv, e em Sakhnin pelo Alto Comité de árabes-palestinianos cidadãos de Israel, ambos contra a matança em Gaza. Juntos vamos gritar: Parem a matança! Não á ocupação! Sim à vida para ambos os povos! Nestes dias sombrios, vamos manter a nossa mensagem: judeus e árabes recusam-se a ser inimigos! A nossa exigência é: trégua e fim da ocupação de Gaza AGORA!
Israel tem ido bastante longe para garantir que o mundo não conhece a extensão dos seus crimes contra a humanidade dentro da Faixa de Gaza. Em Israel propriamente dito, há protestos contra a guerra a pessoas em cativeiro. Milhares já se reuniram para protestar diariamente em Tel – Aviv, Jerusalém Ocidental, Haifa, Nazaré, Um el-Fahem, Tira, Taybe e noutras cidades. Reservistas mobilizados para um possível ataque à terra Gaza recusaram esse serviço, arriscando prisão.
Nada disto está a ser relatado nos média americanos e europeus, que em grande medida estão a ser uma "claque" do ataque israelita, principalmente por reportagens manobradas sobre os ataques em Gaza e os foguetes lançados pelo Hamas em Israel.
Como Dov Khenin, membro do Hadash no Knesset israelita e um dirigente do Partido Comunista, afirmaram em entrevista com Amy Goodman, na “Democracy Now!”, "Bem, a coisa mais importante para perceber é que existe uma oposição dentro de Israel à guerra e a tudo o que se está a passar com Gaza. Esta posição é a de um judeu árabe. No sábado à noite, tivemos uma manifestação em Tel-Aviv de 2000 jovens, principalmente judeus, e há uma série de manifestações por todo o Israel, de judeus e árabes a oporem-se à guerra política do actual governo. Esta oposição está crescendo de forma constante. É muito importante saber isso e compreender que há outras vozes que na sociedade israelita se opõem à guerra, e crêem que existe uma alternativa melhor para israelitas e palestinianos.
" Ontem, em Tel-Aviv, um grupo de poetas realizou uma vigília com leitura de poemas a protestar contra a operação em Gaza frente das luxuosas Akirov Towers, onde o ministro da Defesa, Ehud Barak (e chefe do Partido Trabalhista), tem um apartamento. Vinte jovens poetas leram obras anti-guerra com um megafone, chamando-lhe "um protesto contra a destruição Ehud Barak dos habitantes do sul, enquanto está a dormir numa cama confortável, no 31º andar”. Ibtisam Marahna, número 12 na lista do Meretz no Knesset, falou durante o protesto, e anunciou sua demissão do Meretz, devido ao seu apoio à guerra.
Dez organizações de direitos humanos apelaram ontem ao ministro da Defesa, Ehud Barak para renovar urgentemente uma oferta ilimitada de combustível para a Faixa de Gaza. Os grupos, incluindo B'Tselem, Gisha e a Associação de Direitos Civis em Israel, escreveram que a enorme destruição das infra-estruturas após a acção israelita vai aumentar a necessidade de combustível para poderem funcionar " equipamentos humanitários como bombas de água, esgotos e sistema de saúde ". O grupo escreveu que Israel tem estado constantemente a reduzir o abastecimento de combustível à Faixa desde Outubro de 2007, e que a sua falta resultará da acção militar.
MK Mohammad Barakeh (Hadash) exigiu ontem do primeiro-ministro Ehud Olmert que o serviço de segurança Shin Bet parasse os interrogatórios políticos a activistas Árabes e de esquerda participantes nos protestos contra a operaçãode Gaza. Barakeh afirmou que "Se a estrutura de defesa se preocupa com a onda de protestos contra os crimes em Gaza, é melhor parar com o crime e não a perseguir os líderes políticos e os activistas no sector árabes ".
Ver mais em www.maki.org.il

3 comentários:

Anónimo disse...

Segui o link - www.maki.org.il - e, infelizmente não consegui entender nada. Existe a página traduzida para outra língua?

Maria Pacheco

Anónimo disse...

A página tem na coluna da direita "English". Clique aí e acede à tradução inglesa do site do PC de Israel.

Anónimo disse...

Obrigada. Já consegui