sábado, 31 de janeiro de 2009

Amanhã novo governo na Islândia


De entre os países que tiveram um impacto mais surpreendente do colapso do sector bancário internacional, destaca-se a Islândia.
País considerado o "último paraíso da Europa pelas suas belezas naturais, com apenas cerca de 300 mil habitantes, que apresentava uma assinalável estabilidade, ocupava até há uns meses lugar de destaque “pelo seu sucesso”. O sucesso, porém, fora obtido através de empréstimos tóxicos em larga escala e a economia apanhada por eles afundou-se. O país está na bancarrota e os islandeses acordaram de um sonho mau, exigindo nas ruas durante quatro meses uma política que rompesse com o neo-liberalismo e as consequências que a desregulamentação acabou por trazer ao país. O governo anterior, do Partido da Independência e da Aliança Social-Democrata, foi forçado à demissão por esta impressionante reacção popular.
O Presidente da República convidou para formar governo Johanna Sigurdardottir, de 66 anos, da Aliança Social-Democrata, que era Ministra dos Assuntos Sociais, que tem estado em conversações com a formação Esquerda-Verdes, cujo presidente é Steingrímur J. Sigfussen, para formar um governo minoritário no Parlamento. A social-democrata declarou hoje que o governo só amanhã estará pronto a ser apresentado. A Aliança Social-Democrata mantém-se também em contacto com o Partido Progressista de quem espera apoio parlamentar.
O Parlamento, de 65 deputados, saído das anteriores eleições é composto por 27 deputados do Partido da Independência, 18 da Aliança Social-Democrata, 9 da Aliança Esquerda-Verdes, 7 do Partido Progressista e 4 do Partido Liberal.
Entre os partidos que apoiarão o governo, estiveram em discussão matérias como a data das eleições antecipadas e o referendo de adesão à UE bem como um programa faseado de medidas de natureza económica e financeira para enfrentar a bancarrota.

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