A eventual existência de vida em Marte paira há dezenas de anos no nosso imaginário. Sobre isso a ficção fez o seu curso e a ciência também. Não queremos ir além do que é o nosso conhecimento mas importa partilhar o que nos chega de outros, não sobre a existência de vida – não provada – mas sobre como, existindo, poderia aí ter surgido…
Há cerca de dez anos um evolucionista, Keneth Nealson, expressava à Newsweek (1), a convicção de que 7 milhões de toneladas da Terra cobriam partes de Marte devido à actividade vulcânica intensa do nosso planeta num passado remoto que a teria feito chegar a este planeta, na forma de poeiras com micróbios terrestres. Há também cientistas criacionistas (2) que admitem, com base na Bíblia, esta explosão de material a partir do Génesis. E que hoje se poderia dizer ter associado vestígios de vida.
Assim, poderíamos admitir que vida em Marte ou se teria desenvolvido lá ou por contágio de materiais expelidos da Terra.
Há cerca de dez anos um evolucionista, Keneth Nealson, expressava à Newsweek (1), a convicção de que 7 milhões de toneladas da Terra cobriam partes de Marte devido à actividade vulcânica intensa do nosso planeta num passado remoto que a teria feito chegar a este planeta, na forma de poeiras com micróbios terrestres. Há também cientistas criacionistas (2) que admitem, com base na Bíblia, esta explosão de material a partir do Génesis. E que hoje se poderia dizer ter associado vestígios de vida.
Assim, poderíamos admitir que vida em Marte ou se teria desenvolvido lá ou por contágio de materiais expelidos da Terra.
A vida não se cria, apesar da idéia hoje vulgarizada por ignorância e contágio resultante da má interpretação das possibilidades actuais de manipulação genética.
O que os cientistas hoje podem fazer em laboratório não é criar vida a partir de matéria não viva mas agir como engenheiros genéticos. Se um dia o vierem a fazer isso resultará de um desígnio inteligente e não validará idéias da sua criação ou a partir do acaso ou de uma qualquer evolução e ainda menos de um engenheiro genético original… Mesmo nos casos que envolvam vida sintética (artificial), os cientistas não criam nem produzem, de facto, vida a partir de matéria inerte. Criam, sim, um ADN artificial, com instruções genéticas e um código, que implantam numa célula viva já existente, criando a partir daí uma nova forma de vida.
O laboratório da nave norte-americana Phoenix revelou a existência em solo marciano de sódio, magnésio e potássio. Mesmo os vestígios de água nos polos ou em sub-solo em Marte não são por si suficientes para tirar essa conclusão. A água é, porém, uma condição, em bora não suficiente, para a existência de vida. Em 2003, porém, a descoberta de metano (3) na atmosfera de Marte deu uma informação que permite admitir que possam existir microrganismos em sub-solo, resultantes da reacção da água com a rocha quente ou como produto de decomposições (4). E não há indícios de que esses microrganismos tivessem ali chegado em meteoritos, não se tendo verificado a existência de outros gases, como o dióxido de enxofre, se o metano tivesse tido origem em actividade vulcânica.
O que os cientistas hoje podem fazer em laboratório não é criar vida a partir de matéria não viva mas agir como engenheiros genéticos. Se um dia o vierem a fazer isso resultará de um desígnio inteligente e não validará idéias da sua criação ou a partir do acaso ou de uma qualquer evolução e ainda menos de um engenheiro genético original… Mesmo nos casos que envolvam vida sintética (artificial), os cientistas não criam nem produzem, de facto, vida a partir de matéria inerte. Criam, sim, um ADN artificial, com instruções genéticas e um código, que implantam numa célula viva já existente, criando a partir daí uma nova forma de vida.
O laboratório da nave norte-americana Phoenix revelou a existência em solo marciano de sódio, magnésio e potássio. Mesmo os vestígios de água nos polos ou em sub-solo em Marte não são por si suficientes para tirar essa conclusão. A água é, porém, uma condição, em bora não suficiente, para a existência de vida. Em 2003, porém, a descoberta de metano (3) na atmosfera de Marte deu uma informação que permite admitir que possam existir microrganismos em sub-solo, resultantes da reacção da água com a rocha quente ou como produto de decomposições (4). E não há indícios de que esses microrganismos tivessem ali chegado em meteoritos, não se tendo verificado a existência de outros gases, como o dióxido de enxofre, se o metano tivesse tido origem em actividade vulcânica.
Os organismos vivos libertam metano, digerindo nutrientes. A oxidação do ferro, como processo estritamente geológico também pode contribuir para isso. A existência de metano indica que Marte está activo mas não sabemos ainda se a sua origem é geológica ou biológica (5).
(1) Newsweek de 12 de Setembro de 1998, pg. 12.
(2) Por exemplo o Dr. Walt Brown do MIT
(1) Newsweek de 12 de Setembro de 1998, pg. 12.
(2) Por exemplo o Dr. Walt Brown do MIT
(3) A molécula de metano é composta por um átomo de carbono e quatro de hidrogénio e este gás é o principal componente do gás natural.
(4) Segundo Lisa Pratt, cientista da Universidade de Indiana.
(5) Segundo Michael Meyer, cientista-chefe do programa de Marte da NASA.
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