sábado, 18 de julho de 2009

Prossegue a luta indígena no Perú


Mais de um mês se passou desde o conflito que deixou dezenas de mortos na selva peruana, em Bagua. Nesse período, caíram ministros, a popularidade de Alan García, que já era baixa, chegou ao pior nível imaginável, e o Congresso chumbou os decretos contra os quais os indígenas se manifestavam. Mas a vida das comunidades originárias só piorou.
Depois de Alberto Pizango, os irmãos e líderes Saúl e Cervando Puerta Peña pediram asilo à Nicarágua alegando falta de segurança no país.
Lourdes Huanca Atencio, presidente da Federação Nacional de Mulheres Camponesas, Artesãs Indígenas, Nativas e Assalariadas do Peru (Femucarina) tem sido uma das grandes activistas deste movimento e garantiu em declarações à imprensa que os crimes cometidos por Alan Garcia em Bagua aumentaram a consciência dos indígenas que estão determinados a exercer a democracia plena como aconteceu com os seus irmãos na Bolívia. E a bater-se contra crimes agro-ambientais. Defendem, por exemplo, as sementes criollas (do planalto, convencionais). Hoje, com o tratado de comércio livre (com os Estados Unidos) o governo neo-liberal quer impor as sementes transgénicas.

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