Os acontecimentos da primeira quinzena de Julho na região autónoma de Xinjiang, na China, só aparentemente foram o resultado de um conflito étnico.
De facto foram um dos muitos que os serviços de informação norte-americanos podem desencadear, a partir de situações diversificadas, em diferentes países, apoiadas no exacerbar de naturais diferenças étnicas por grupos que controlam, com base em organizações sedeadas nos EUA.
A organização do actual Dalai-Lama e a da Sra. Rebya Kadeer são disso exemplo. Elas como outras são subsidiadas pelo National Endorsement for Democracy (NED).
Países ou Regiões Autónomas como o Tibete, a Birmânia, vários países da Europa Oriental, Sérvia, Geórgia, Ucrânia, Kazaquistão têm organizações que receberam estes apoios de uma NED que, sendo privada, recebe dinheiro público do Congresso
O que está em causa é a desestabilização de uma rede de relações que nos últimos meses sofreram evoluções muito positivas entre países da Ásia Central e a República Popular da China, no âmbito da Organização de Cooperação das Nações, de Xangai. E nomeadamente na sua última reunião de Iakateriuburgo, onde Rússia e Irão participaram como convidados.
O que assusta a administração norte-americana para estar por detrás de tais tentativas de desestabilização? Por um lado a interdependência energética que estes países procuram e, por outro, a capacidade que revelam em cooperar também na sua própria segurança regional, contrariando as tentativas de expansão da NATO para a região.
O complexo de gasodutos e oleodutos de países produtores para consumidores da região tem como um dos seus pontos sensíveis Xinjiang.
A Rússia tem projectos semelhantes com a China. O gás natural abundante na Sibéria é vital para o desenvolvimento da China.
Os chamados "interesses vitais dos EUA" prevêem criar uma grande área que, sendo extremamente rica, lhe não escape a uma dependência que a expansão militar da NATO consolidaria com a força das armas.
Acontece que os interesses dos povos na região não são coincidentes.
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Há 4 semanas
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