Retomamos o contacto com o Fernando Sousa Marques, que milita na campanha de Obama, com objectivos e expectativas que não acompanhamos, mas que o mobilizam.
Fernando, toma a bola...
Caros amigos,
Concluído o último debate presidencial entre Obama e McCain, o resultado passou para 4-0 a favor de Obama/Biden.
Não vos dou novidade alguma porque alguns de vós viram a CNN em directo e outros já leram e ouviram as notícias do dia.
...
1
Uma coisa que toda essa informação não diz é que a democracia americana não dá voz aos outros candidatos. Bem pode a Constituição ser das mais progressistas e abertas! Bem podem os direitos existirem! Quando não se exercem, é como se não existissem...
Os dois maiores partidos abafam o debate político, monopolizam os poderes, comprazem-se numa eterna alternância! Perante a indiferença de quem vota e quem não vota (que, aqui, é em grande número).
2
Outra coisa que não se fala, a não ser em meios universitários e de estudiosos, é do sistema eleitoral americano e das suas fragilidades. O sistema não está feito para resultados semelhantes ou empates técnicos. Pura e simplesmente, porque a margem de erro é superior às eventuais pequenas diferenças de voto. O sistema foi feito para homens brancos e poderosos. Ficaram de fora, desde início, os pobres, os pretos e as mulheres. Foram precisas muitas lutas e a participação de muitas consciências para dar, primeiro, o voto aos pobres, depois aos pretos, por fim (faz agora 90 anos) às mulheres!
3
Outra coisa de que não se fala é na possibilidade de fraudes e chapeladas. Os americanos já estão a votar. Por correspondência ou deslocando-se aos círculos eleitorais. Isto é, há americanos que já estão a votar por eles e por outros. Não vou revelar nomes, mas um ilustre cidadão americano residente na Florida pretendeu enviar o voto da filha, no McCain claro, por correio... e só não o conseguiu porque a filha está inscrita noutro Estado, onde agora vive... Para estes senhores a ideia é simples: impedir o mais possível a participação eleitoral dos mais desfavorecidos, dos emigrantes, dos pretos, das mulheres, enquanto, na sua própria casa, votam por eles, pelas mulheres e amantes, pelos filhos, pelo cão e pelo gato!...
Desculpem-me o exagero...
4
A última nota que deixo tem a ver com o eleitoralismo e a possibilidade de, nos escassos dias que faltam para o dia 4 de Novembro, tentarem alterar o rumo dos acontecimentos. Acabo de receber um e-mail de um reformado americano a informar que os reformados vão ter um aumento na reforma pública de 5,8%! O maior aumento verificado nos últimos 24 anos!
É fartar vilanagem! Votem em mim e serão eternamente felizes! Ámen!
Concluído o último debate presidencial entre Obama e McCain, o resultado passou para 4-0 a favor de Obama/Biden.
Não vos dou novidade alguma porque alguns de vós viram a CNN em directo e outros já leram e ouviram as notícias do dia.
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Uma coisa que toda essa informação não diz é que a democracia americana não dá voz aos outros candidatos. Bem pode a Constituição ser das mais progressistas e abertas! Bem podem os direitos existirem! Quando não se exercem, é como se não existissem...
Os dois maiores partidos abafam o debate político, monopolizam os poderes, comprazem-se numa eterna alternância! Perante a indiferença de quem vota e quem não vota (que, aqui, é em grande número).
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Outra coisa que não se fala, a não ser em meios universitários e de estudiosos, é do sistema eleitoral americano e das suas fragilidades. O sistema não está feito para resultados semelhantes ou empates técnicos. Pura e simplesmente, porque a margem de erro é superior às eventuais pequenas diferenças de voto. O sistema foi feito para homens brancos e poderosos. Ficaram de fora, desde início, os pobres, os pretos e as mulheres. Foram precisas muitas lutas e a participação de muitas consciências para dar, primeiro, o voto aos pobres, depois aos pretos, por fim (faz agora 90 anos) às mulheres!
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Outra coisa de que não se fala é na possibilidade de fraudes e chapeladas. Os americanos já estão a votar. Por correspondência ou deslocando-se aos círculos eleitorais. Isto é, há americanos que já estão a votar por eles e por outros. Não vou revelar nomes, mas um ilustre cidadão americano residente na Florida pretendeu enviar o voto da filha, no McCain claro, por correio... e só não o conseguiu porque a filha está inscrita noutro Estado, onde agora vive... Para estes senhores a ideia é simples: impedir o mais possível a participação eleitoral dos mais desfavorecidos, dos emigrantes, dos pretos, das mulheres, enquanto, na sua própria casa, votam por eles, pelas mulheres e amantes, pelos filhos, pelo cão e pelo gato!...
Desculpem-me o exagero...
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A última nota que deixo tem a ver com o eleitoralismo e a possibilidade de, nos escassos dias que faltam para o dia 4 de Novembro, tentarem alterar o rumo dos acontecimentos. Acabo de receber um e-mail de um reformado americano a informar que os reformados vão ter um aumento na reforma pública de 5,8%! O maior aumento verificado nos últimos 24 anos!
É fartar vilanagem! Votem em mim e serão eternamente felizes! Ámen!
Aproveitem e sigam as sondagens em
http://www.realclearpolitics.com/epolls/maps/obama_vs_mccain/
Podem ver os resultados das anteriores eleições presidenciais (só não vêem as abstenções porque é assunto de que se não fala... quem não vota é porque está satisfeito!...). Podem verificar o andamento das sondagens Estado a Estado. Podem manipular o mapa eleitoral... Podem navegar à vontade...
Só têm de saber que o próximo Presidente dos EUA precisa de ter 270 (ou mais) votos no Colégio Eleitoral. Que (em cada Estado) se vencerem por um voto, ou por mil, ou por um milhão, o resultado é o mesmo: quem tiver, pelo menos, mais um voto que o seu adversário, elegerá todos os seus apoiantes membros do Colégio Eleitoral nesse Estado.
No mapa eleitoral, em cada Estado, está o número de pessoas eleitas para o Colégio Eleitoral.
O azul-escuro é utilizado nos Estados em que Obama tem uma maioria considerada consolidada. O azul claro é para aqueles em que Obama tem uma maioria mas não muito sólida (neste momento são 4: Colorado, New Mexico, Minnesota e Virginia). O cinzento é para os empates técnicos (neste momento, 7: Nevada, Missouri, Indiana, Ohio, West Virginia, North Carolina e Florida).
Quanto a McCain, temos o vermelho para os sólidos e cor-de-rosa para os "leaning" (pequena margem de diferença), que são 2: North Dakota e Georgia.
http://www.realclearpolitics.com/epolls/maps/obama_vs_mccain/
Podem ver os resultados das anteriores eleições presidenciais (só não vêem as abstenções porque é assunto de que se não fala... quem não vota é porque está satisfeito!...). Podem verificar o andamento das sondagens Estado a Estado. Podem manipular o mapa eleitoral... Podem navegar à vontade...
Só têm de saber que o próximo Presidente dos EUA precisa de ter 270 (ou mais) votos no Colégio Eleitoral. Que (em cada Estado) se vencerem por um voto, ou por mil, ou por um milhão, o resultado é o mesmo: quem tiver, pelo menos, mais um voto que o seu adversário, elegerá todos os seus apoiantes membros do Colégio Eleitoral nesse Estado.
No mapa eleitoral, em cada Estado, está o número de pessoas eleitas para o Colégio Eleitoral.
O azul-escuro é utilizado nos Estados em que Obama tem uma maioria considerada consolidada. O azul claro é para aqueles em que Obama tem uma maioria mas não muito sólida (neste momento são 4: Colorado, New Mexico, Minnesota e Virginia). O cinzento é para os empates técnicos (neste momento, 7: Nevada, Missouri, Indiana, Ohio, West Virginia, North Carolina e Florida).
Quanto a McCain, temos o vermelho para os sólidos e cor-de-rosa para os "leaning" (pequena margem de diferença), que são 2: North Dakota e Georgia.
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