quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Jacques Brel, nos trinta anos de um adeus


O cantor belga que tanto impacto teve em várias gerações, nos seus gostos musicais e estilos pessoais, morreu em 9 de Outubro de 1978 com 49 anos de cancro no pulmão, em Bobigny, perto de Paris. Regressava a França depois de, finalmente seguindo o conselho dos médicos, ter passado um verão na Polinésia a descansar. Embora tivesse parado de cantar no dia 16 de Maio 1967 em Roubaix (no Norte), sempre foi uma figura muito popular. O mistério que rodeou o seu retiro para Marquises avivou a curiosidade dos seus admiradores nessa fase final da vida.
"Ne me quitte pas", "Amesterdam", "Ces gens-là", "Mathilde", "Les Vieux" ... são canções de Brel que se tornaram património mundial e cujas letras ainda nos impressionam pela sua justeza e força. Brel é a imagem de um artista que parecia consumir-se no palco, como se a sua vida dependesse dele, e viveu os seus personagens, com gestos teatrais e o suor no rosto. Marcou a sua época e influenciou novos artistas, como aconteceu mais recentemente com o rapper Abd al Malik, que trabalha com o ex-pianista (e marido de Juliette Greco), Gerard Jouannest.

1 comentário:

anamar disse...

Brel, nao só partiu pela doença para a Polinésia como para viver o seu grande amor de vida, ainda durante muitos anos, com uma algeriana de sonho , que o fez feliz até morrer....
A sua mulher. Miche, em 54 escreveu," je pense que je suis un poéte"...
E viva , porque viverá sempre BREL!