Disse que face a este desafio global, a comunidade internacional deve promover uma política de coordenação, fortalecer a cooperação e dar uma resposta comum», disse Hu Jintao na abertura da cimeira da ASEM VII (Encontro Ásia-Europa), que decorre até sábado em Pequim e na qual Portugal está representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.
Neste momento crucial - afirmou o Presidente chinês - a confiança é mais importante que tudo o mais. Só através de uma forte confiança e esforços concertados poderemos ultrapassar a crise.
Mas, para ele, a China deve em primeiro lugar e acima de tudo gerir bem dos seus próprios assuntos. O presidente da China lembrou o desenvolvimento recente do seu país, dizendo que, desde o início deste ano, a China havia tomado medidas para resolver de forma robusta as complexas mudanças no ambiente económico mundial e os desafios graves por elas colocados. Referiu ainda ter-se o país mantido relativamente estável e com um rápido crescimento económico e desenvolvimento do sector financeiro. Os fundamentos da economia chinesa não mudaram, disse Hu. No entanto, segundo ele, a crise financeira mundial tinha aumentado sensivelmente as incertezas e factores de instabilidade no desenvolvimento económico da China. A China é agora confrontada com muitas dificuldades económicas e desafios ao esforço que fez. A China é um país em desenvolvimento com 1,3 mil milhões de pessoas e a economia chinesa está cada vez mais interligada com a economia mundial. A solidez do crescimento económico da China é em si um grande contributo para a estabilidade financeira global e do crescimento económico. É por isso que devemos, acima de tudo gerir os nossos próprios assuntos. Disse ainda que, à luz da evolução da situação económica nacional e internacional, a China iria fazer na sua regulação macroeconómica medidas mais pró-activas com uma vigorosa expansão da procura interna, nomeadamente a procura dos consumidores, a manutenção da estabilidade económica e financeira e a estabilidade do mercado de capitais, embora se continue a promover um rápido desenvolvimento económico e social.
Esta intervenção do Presidente chinês define posições de princípio e afasta-se do estilo boçal de dirigentes da EU, como Durão Barroso, que, apesar de irem pedir batatinhas à China, patrocinaram a atribuição do Nobel da Paz a um adversário do regime e reclamaram na véspera da cimeira que “nenhum país pode estar imune à crise” ou que “as sociedades abertas, as democracias, precisam de regras bem como os mercados”, numa clara orientação de que os chineses devem abdicar do alargamento do mercado interno e aceitar as regras da democracia da EU e as regras (?) dos mercados que têm sido desregulados com as suas atitudes aventureiras.
Tigres de papel…
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