sábado, 4 de outubro de 2008

Lisboa e Cardoso Pires, por anamar


“ Logo ao abrir, apareces-me pousada sobre o Tejo como uma cidade de navegar. Não me admiro; sempre que me sinto em alturas de abranger
O mundo, no pico de um miradouro ou sentado numa nuvem, vejo-te em cidade nave, barca com ruas e jardins por dentro e até a brisa que corre me sabe a sal. Há ondas de mar aberto desenhadas nas tuas calçadinha ancoras , há sereias. (…)

Em frente é o rio que corre para os meridianos do paraíso. O tal Tejo de que falam os cronistas enlouquecidos, povoando-o de tritões a cavalo de golfinhos. (…)

È possível definir Lisboa como um símbolo. Como a Praga de Kafka, como a Dublin de Jorge ou a Buenos Aires de Borges. Sim é possível. Mas, mais do que as cidades, é sempre um bairro ou um lugar que caracterizam essa definição e a fidelidade tantas vezes inconsciente que lhes dedicamos. O Chiado, neste caso.”….

Passeemos pela mão de José por este que foi o seu olhar e sentir pela cidade de Lisboa, sem deixar de levar na mão o livro Lisboa/ Livro de bordo vozes,olhares, memorações
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