Desde as últimas eleições legislativas e da formação do governo, não deixou este de estar em campanha eleitoral, com uma agenda que pretendeu disfarçar a política real e as reais consequências dela.
Ao contrário do que, em jeito de quebra de verniz pouco compaginável com o azul celeste do fatinho e da gravata, disse o nosso Primeiro ao invectivar o PCP por "dizer mal de tudo o que o governo fazia", até este governo não pode fazer tudo mal...É humanamente impossível ir tão longe! Recupere, pois, o Eng.º alguma da auto-estima.
A quebra de verniz deu o tom ao que vai ser a caça ao voto de esquerda.
Porém os media, em geral, deixaram passar o grande objectivo do Primeiro nesta ronda parlamentar: o seu adversário é a direita e nela vão concentrar a sua actividade crítica... O DN de hoje pega nisto de uma forma não totalmente favorável para as suas intenções "Sócrates concentra-se no PSD para evitar perdas à esquerda"...
Ora aí está!
Mas como se concentrou no debate em tal objectivo? Criticando a política de direita? Não, porque essa está ele a fazê-la. Optou por considerar que Ferreira Leite não é moderna por ter associado o casamento à procriação o que nos conduz a considerar que admite que antes da modernidade, o amor ausente da relação poderia ser aceitável...
Nesta nove fase da campanha a direita leva uns rodriguinhos à direita e mostra os dentes à esquerda. A política, essa, fica subentendida. Estamos conversados.
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