Caros amigos,
Neste país, mais do que estamos habituados na Europa, em matéria de eleições "vale tudo menos arrancar olhos".
Há legiões de detectives (contratados ou a trabalhar por conta própria), especialistas da desinformação (nas rádios, televisões e jornais), propagandistas de lixo cibernético, empresas de publicidade, falsos "independentes", etc. etc. etc.
Criam-se factos políticos, inventam-se histórias proibidas, vendem-se escândalos sexuais e financeiros, fabricam-se sujeiras, nódoas que por vezes permanecem apesar das mentiras que transportam.
Estas técnicas têm sido utilizadas, desde sempre (ficaram na história porcarias destas utilizadas para eleger os primeiros Presidentes...), por todos os quadrantes mas, muito especialmente, pelos mais fanáticos apoiantes (encapotados ou não) do Partido Republicano.
Desde o início das Primárias, a candidatura Obama comprometeu-se publicamente a não utilizar estes métodos. Tem sido fiel a esta postura apesar dos inúmeros ataques deste tipo a que tem sido sujeita.
Com o advento da Internet espalham-se, à velocidade da luz, as mais diversas, ofensivas e mentirosas "notícias" que são utilizadas como instrumentos do combate político desleal e sujo. Todos sabemos, por experiência própria, o que isto é.
Como Obama declarou no dia 3 de Junho "o que nunca ouvirão na nossa campanha é essa espécie de política que usa a religião como uma cunha para nos dividir ou o patriotismo como uma matraca – que olha para os nossos opositores, não como competidores para desafiar, mas como inimigos para endemonizar..."
Mas, uma coisa é não utilizar estes métodos, outra é conseguir responder a eles...
Por esta razão, a candidatura Obama criou um site próprio (Fight the Smears) em que são referidas as mentiras e, em seguida, apresentadas as respectivas respostas.
Começou ontem, rebatendo acusações várias que têm vindo a ser utilizadas e divulgadas pelos mais diversos meios da política suja e dos seus profissionais. Há quem tenha vivido toda a sua vida e construído toda a sua carreira à conta deste tipo de "venda de notícias e informações".
As primeiras mentiras (e as respectivas respostas) lá estão: a) que haverá um vídeo em que a Michelle Obama tem declarações racistas; que o Obama não nasceu no território americano (condição para poder ser Presidente); c) que é muçulmano; d) que os livros de Obama contêm declarações racistas incendiárias; e) que Obama não faz o juramento...
No novo site é feito um apelo para que todos se informem e respondam "taco-a-taco" aos comentários que forem ouvindo ou lendo. Nos locais de trabalho, nos lugares públicos, na Internet, nos meios de comunicação social, nos grupos de amigos, etc.
Aqui está um exemplo a estudar e a utilizar quando, nós próprios, nas nossas vidas pessoais, profissionais, culturais, políticas... formos confrontados com o mesmo tipo de sujidades......
Um abraço,
Fernando
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