O bispo de Jaffna tinha proposto ao exército e aos rebeldes tamiles um plano de emergência para a evacuação dos civis, o acesso imediato naquela área do Programa Mundial de Alimentos (PMA), agência humanitária das Nações Unidas, e o envolvimento da ONU nessa crise a fim de proclamar um cessar-fogo que permitisse aos enviados da organização verificar as reais condições da população civil.
Por muitas dúvidas e discordâncias que tenhamos em relação a métodos utilizados pelos Tigres Tamil, importa denunciar esta situação, exigir inquéritos e a punição dos responsáveis por este genocídio.
Por muitas dúvidas e discordâncias que tenhamos em relação a métodos utilizados pelos Tigres Tamil, importa denunciar esta situação, exigir inquéritos e a punição dos responsáveis por este genocídio.
A atitude da ONU já nos últimos dias foi o apelo aos Tigres Tamil para se renderem, o que terá acontecido com muitos, como se fossem estes os responsáveis pela artilharia do Sri Lanka que continuava a atacar os improvisados hospitais Tamil.
A situação no terreno para as pessoas na região de Tamil prolonga-se há vários dias sem alimentação nem medicamentos.
A Associated Press citava hoje um trabalhador ONU “Eu vi crianças com disenteria, crianças desnutridas e mulheres feridas, e as pessoas vestidas com as roupas esfarrapadas que vestiam há meses”.
A ilha do Sri Lanka está dividida entre uma maioria cingalesa e principalmente budista e a minoria tamil. As divisões que foram semeadas pelo Império Britânico cresceram a partir das lutas pelo poder após a partida das tropas britânicas.
A guerrilha dos Tigres Tamil, que nasceu na década de 1970, luta há 25 anos contra o exército para obter um Estado independente no norte e no leste da ilha, áreas do país onde a etnia tamil tem maior presença. Desde então, quase 100 mil pessoas morreram no país vítimas do conflito.
Mas também os cingaleses pobres se levantaram contra os seus governantes racistas, em várias ocasiões. Um delas, a mais dramática na década de 1970, após o qual o movimento foi esmagado e desviado pela retórica anti-tamil. O governo do Sri Lanka está prestes a contratar um grande empréstimo com o FMI, que virá com a exigência de novas reduções do bem-estar das populações, mais privatizações. E procura desviar os protestos contra o povo tamil.
A situação no terreno para as pessoas na região de Tamil prolonga-se há vários dias sem alimentação nem medicamentos.
A Associated Press citava hoje um trabalhador ONU “Eu vi crianças com disenteria, crianças desnutridas e mulheres feridas, e as pessoas vestidas com as roupas esfarrapadas que vestiam há meses”.
A ilha do Sri Lanka está dividida entre uma maioria cingalesa e principalmente budista e a minoria tamil. As divisões que foram semeadas pelo Império Britânico cresceram a partir das lutas pelo poder após a partida das tropas britânicas.
A guerrilha dos Tigres Tamil, que nasceu na década de 1970, luta há 25 anos contra o exército para obter um Estado independente no norte e no leste da ilha, áreas do país onde a etnia tamil tem maior presença. Desde então, quase 100 mil pessoas morreram no país vítimas do conflito.
Mas também os cingaleses pobres se levantaram contra os seus governantes racistas, em várias ocasiões. Um delas, a mais dramática na década de 1970, após o qual o movimento foi esmagado e desviado pela retórica anti-tamil. O governo do Sri Lanka está prestes a contratar um grande empréstimo com o FMI, que virá com a exigência de novas reduções do bem-estar das populações, mais privatizações. E procura desviar os protestos contra o povo tamil.
Há alguns meses, o presidente cingalês Mahinda Rajapakse fez uma promessa a seu povo - seu exército iria derrotar os Tigres do Tâmil antes do final do ano. Embora batalhas violentas tenham continuado até as últimas semanas de 2008, a vitória veio com dois dias de atraso, no segundo dia de 2009. Tropas cingalesas retomaram a cidade de Kilinochi, no norte do país, considerada por muitos anos a capital não-oficial da região tamil.
Nos últimos dias houve protestos em todo o mundo, nomeadamente em cidades inglesas e francesas em que desfilaram cerca de 200 mil pessoas, protestando contra a não aceitação por parte do governo de uma trégua.
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