A aproximação dos trinta e cinco anos da Revolução de Abril tem sido - e irá continuar a ser - motivo de reflexão, em termos que o não foram na sociedade portuguesa nem o liberalismo, nem a República, nem o chamado Estado Novo.
E o 25 de Novembro sempre repousará na memória como um momento a esquecer e que terá sido passo significativo no arrefecimento das perspectivas revolucionárias na democracia em modulação.
E o 25 de Novembro sempre repousará na memória como um momento a esquecer e que terá sido passo significativo no arrefecimento das perspectivas revolucionárias na democracia em modulação.
Também o impacto da adesão à União Europeia não deixou lastro de entusiasmo, foi obra de gabinete imposta para formatar a nossa democracia a um modelo que expurgasse a democracia da superação do capitalismo, tão desejada em Abril por ter sido o capitalismo a matriz económica do fascismo e a expressão dos apoios internacionais de vulto à ditadura e ao colonialismo.
Com 35 anos o 25 de Abril é na rua que se evoca, festejando o que se adquiriu mas associando-lhe as aspirações de hoje. As outras datas, mesmo as posteriores, assinalam-se nos gabinetes e em evocações formais sem sentimento nem expressão popular.
A revolução portuguesa é uma revolução inacabada e os portugueses sabem bem quanto as organizações políticas e sindicais que a ajudaram a fazer foram depois suportes indispensávis a uma luta tenaz, persistente e consequente de defesa de conquistas políticas, sociais, económicas e culturais e de afirmação de de caminhos alternativos, de forma fundamentada e sustentada.
Quando governos PS e de outros partidos insinuaram o “carácter obsoleto” das manifestações na rua esqueceram – ou não – muita coisa que distinguiu o 25 de Abril de outras datas históricas contemporâneas e “bateram com os burrinhos na água”.
O fim de uma ditadura e de uma guerra para os quais procuraram transições “suaves” – tão características do liberalismo e da República que, apesar do sangue que então correu, adiaram no faz de conta as próprias potencialidades de trasformações económicas e sociais experimentadas noutros países capitalistas.
Um regime de liberdades que tinham desejado limitadas, sem a necessária legalização do PCP e o carácter de classe das organizações sindicais. Em que a dignificação do trabalho e a sua centralidade ficassem a meio-gás e desfocados.
Tantas outras coisas fizeram por esquecer…
E, no entanto, eles movem-se…na Avenida e depois no 1º de Maio.
A revolução portuguesa é uma revolução inacabada e os portugueses sabem bem quanto as organizações políticas e sindicais que a ajudaram a fazer foram depois suportes indispensávis a uma luta tenaz, persistente e consequente de defesa de conquistas políticas, sociais, económicas e culturais e de afirmação de de caminhos alternativos, de forma fundamentada e sustentada.
Quando governos PS e de outros partidos insinuaram o “carácter obsoleto” das manifestações na rua esqueceram – ou não – muita coisa que distinguiu o 25 de Abril de outras datas históricas contemporâneas e “bateram com os burrinhos na água”.
O fim de uma ditadura e de uma guerra para os quais procuraram transições “suaves” – tão características do liberalismo e da República que, apesar do sangue que então correu, adiaram no faz de conta as próprias potencialidades de trasformações económicas e sociais experimentadas noutros países capitalistas.
Um regime de liberdades que tinham desejado limitadas, sem a necessária legalização do PCP e o carácter de classe das organizações sindicais. Em que a dignificação do trabalho e a sua centralidade ficassem a meio-gás e desfocados.
Tantas outras coisas fizeram por esquecer…
E, no entanto, eles movem-se…na Avenida e depois no 1º de Maio.
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