Ouvi os dois discursos do Dia de Portugal e não direi que fiquei perplexo porque o desempenho cívico de ambos os oradores é bem diferente.
De
António Nóvoa se poderá dizer que foi único que esteve à atura das suas responsabilidades. Uma intervenção objectiva que abordou os nossos problemas as causas e delineou caminhos que rompam com a política do governo.
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De
Cavaco Silva retive a resposta à pobreza com a caridade, em jeito de modelo estrutural para responder aos problemas sociais. O apelo ao consenso do bloco central de interesses e ao abandono dos protestos em benefício da aceitação pelos trabalhadores das agressões de que estão a ser vítimas. Poderia um Presidente da República responsável dar a entender que iria vetar o Código do Trabalho que abre a porta à escravatura. E ainda tem uns dias para pensar nisso, sem qualquer expectativa da nossa parte de que o faça. De resto insistiu na credibilidade perante a comunidade internacional que resultaria da aceitação passiva pelos portugueses da política de desastre que se mantém. Enfim um discurso de costas para os portugueses...
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