O texto de Eugénio Rosa parece-me conter uma análise importante sobre um «working paper» divulgado pelo Banco de Portugal (que o banco central veio dizer que é da responsabilidade dos autores). Paper com elevada repercusão na imprensa portuguesa.
Eugénio Rosa vem denunciar a completa falta de rigor científico e o enviesamento de tal documento.
Enviesamento que subscrevo quando se sabe que os custos energéticos são um dos principais factores da falta de competitividade das empresas portuguesas, o que tem reflexos na produtividade. Quando é claro que há empresas em Portugal que pagam salários muito acima da média e que são altamente produtivas e competitivas, porque foram feitos os investimentos necessários e correctos e porque há uma organização do trabalho e da produção adequados ao tipo de empresa. Enquanto a generalidade das empresas que se baseiam nos baixos salários têm habitualmente uma produtividade miserável.
Parece-me oportuno mandar também um texto da Confederação de Quadros Técnicos sobre produtividade e salários que levanta algumas questões interessantes.
Os dois textos, muito oportunos, ficam para quando estiverem com insónias.
Fernando Valdez
Banco de Portugal entra na campanha ideológica pela baixa dos salários em Portugal e no ataque aos sindicatos
por Eugénio Rosa [*]
O Banco de Portugal divulgou recentemente um "estudo", depois utilizado pelos media, que procura criar na opinião pública a ideia de que o aumento do desemprego se deve à rigidez dos salários. O dito estudo vem na linha do comunicado da troika, divulgado após a 4ª avaliação de Junho de 2012, que afirma que a subida do desemprego em Portugal " foi exacerbada pela antiga rigidez do mercado laboral português ". A "cassete" habitual do FMI e seus defensores quando recusam a realidade.
ver na íntegra aqui
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