quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Paerlamento moldavo reabre 6ª feira com situações por definir



Nas eleições do passado dia 29 de Julho, apesar de se manter como partido mais votado, com 45,1 % dos votos e 48 lugares no Parlamento, o Partido Comunista perdeu a maioria absoluta do parlamento que passou a ter a maioria de quatro partidos liberais e de direita.
Estes quatro partidos, que constituíram então a Aliança para a Integração Europeia (AIE), deixaram claro desde o encerramento das urnas que pretendiam unir esforços e afastar os comunistas do governo onde estiveram, por voto popular, desde 2001.
E estão a constituir novo governo, à porta fechada, com o objectivo de cortarem relações com a Rússia e optarem pela UE.
A oposição de então teve 50,7% e 53 lugares. Nas eleições de Abril de 2008, os comunistas tinham eleito 60 dos 101 deputados mas este parlamento acabou por ser dissolvido pelo Presidente Vladimir Voronin, também ele comunista, ter falhado por duas vezes o objectivo de designar o novo Presidente, proposto por Voronin, o qual não pode de novo candidatar-se por ter já cumprido dois mandatos consecutivos. Para garantir a sua eleição no Parlamento seriam necessários 61 votos e os comunistas e aliados só tinham 60…depois de realinhamentos oportunamente conseguidos pelos liberais. Depois das eleições de 2008, a oposição, com o apoio dos EUA e da UE, passou a uma ofensiva urbana, com incidentes de gravidade, incluindo a tentativa de assalto e incêndio do palácio presidencial, e os resultados em Julho deste ano inverteram posições.
A nova maioria não tem os 61 votos de que precisa para a questão presidencial e tem tentado atrair os comunistas para acordos institucionais para a formação dos órgãos do poder, com exclusão dos comunistas de funções executivas, o que não tem tido acolhimento da sua parte.
Os comunistas rejeitam cozinhados destes, até porque continuam a ser, de longe, o partido mais votado (o 2º partido mais votado dessa nova maioria teve 19%...).
Apesar de a AIE se reclamar de bloco coeso face a negociações com os comunistas, estes reafirmaram ontem, que no quadro parlamentar, cujas sessões se iniciam na próxima 6ª feira, fará contactos com cada um desses partidos individualmente, no sentido de encontrar caminhos que evitem a repetição de eleições antecipadas se o novo parlamento falhar 2 vezes, de novo, o apoio a um futuro presidente.
Nos meios políticos moldavos admite-se a possibilidade de o Partido Democrático, um desses quatro partidos, alinhar numa coligação de centro-esquerda com os comunistas.

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