 À medida que os dias passam os apoiantes do presidente deposto manifestam-se nas ruas, aumenta a pressão internacional para uma rápida "normalização democrática" da situação, isto é, para que com a mudança tudo fique na mesma...
 À medida que os dias passam os apoiantes do presidente deposto manifestam-se nas ruas, aumenta a pressão internacional para uma rápida "normalização democrática" da situação, isto é, para que com a mudança tudo fique na mesma...A população em revolta nos últimos meses, massacrada com centenas de mortes perpretadas pelo exército a soldo do presidente deposto arrisca a que o crédito de Andry Rajoelina, que assumiu a condução desse movimento, se perca se não começarem as medidas que conduzam à  melhoria das condições de vida dos malgaches.
melhoria das condições de vida dos malgaches.
 melhoria das condições de vida dos malgaches.
melhoria das condições de vida dos malgaches.Rajoelina não tem um perfil profissional e político diferente do presidente deposto. Ambos homens de negócios jovens, formados na escola do neo-liberalismo, acederam ao poder cavalgando o descontentamento popular que cìclicamente foi afogado em sangue e deu origem a golpes cíclicos. Em Madagáscar, até prova em contrário, que o nosso conhecimento não tenha alcançado, a esquerda que poderia  ser portadora de um projecto de mudança com fundamentos na questão agrária e na utilização do petróleo de produção promissora dos próximos anos para programas sociais que, por sua vez gerassem, o desenvolvimento agrário e industrial de bens essenciais, entregou-se ao neo-liberalismo. É o caso do MFM que de "partido proletário" se tornou em movimento que acabou por lhe fazer perder todos os deputados que tinha no Parlamento...Os oponentes tradicionais estão a aproximar-se das teses da rápida "democratização" e não contribuem para a criação de uma plataforma política mais consequente. Os militares fartaram-se de ser repetidamente usados para reprimir o povo e parecem estar firmemente disponíveis a uma mudança de rumo.
ser portadora de um projecto de mudança com fundamentos na questão agrária e na utilização do petróleo de produção promissora dos próximos anos para programas sociais que, por sua vez gerassem, o desenvolvimento agrário e industrial de bens essenciais, entregou-se ao neo-liberalismo. É o caso do MFM que de "partido proletário" se tornou em movimento que acabou por lhe fazer perder todos os deputados que tinha no Parlamento...Os oponentes tradicionais estão a aproximar-se das teses da rápida "democratização" e não contribuem para a criação de uma plataforma política mais consequente. Os militares fartaram-se de ser repetidamente usados para reprimir o povo e parecem estar firmemente disponíveis a uma mudança de rumo.
 ser portadora de um projecto de mudança com fundamentos na questão agrária e na utilização do petróleo de produção promissora dos próximos anos para programas sociais que, por sua vez gerassem, o desenvolvimento agrário e industrial de bens essenciais, entregou-se ao neo-liberalismo. É o caso do MFM que de "partido proletário" se tornou em movimento que acabou por lhe fazer perder todos os deputados que tinha no Parlamento...Os oponentes tradicionais estão a aproximar-se das teses da rápida "democratização" e não contribuem para a criação de uma plataforma política mais consequente. Os militares fartaram-se de ser repetidamente usados para reprimir o povo e parecem estar firmemente disponíveis a uma mudança de rumo.
ser portadora de um projecto de mudança com fundamentos na questão agrária e na utilização do petróleo de produção promissora dos próximos anos para programas sociais que, por sua vez gerassem, o desenvolvimento agrário e industrial de bens essenciais, entregou-se ao neo-liberalismo. É o caso do MFM que de "partido proletário" se tornou em movimento que acabou por lhe fazer perder todos os deputados que tinha no Parlamento...Os oponentes tradicionais estão a aproximar-se das teses da rápida "democratização" e não contribuem para a criação de uma plataforma política mais consequente. Os militares fartaram-se de ser repetidamente usados para reprimir o povo e parecem estar firmemente disponíveis a uma mudança de rumo.Os interesses em jogo são, como referimos na primeira parte deste artigo a produção agrícola a ser dominada por uma multinacional, e também o petróleo, onde a multinacional francesa Total se posiciona para o efeito como noutros países africanos como o Gabão ou o Chad em que o petróleo não há maneira de ser utilizado em programas sociais antes produz lucros para as multinacionais e umas recompensas para os grupos dirigentes. 
Por detrás de Marc Ravalomanana sentem-se as influências de interesses anglo-saxónicos e do protestantismo. Por detrás de Andry Rajoelina são evidentes os interesses da França e dos meios católicos. Falar de uma motivação religiosa não tem, para já, qualquer fundamento mesmo que a África esteja a ser objecto atento do Vaticano para uma nova evangelização, jogando a expansão do catolicismo no aproveitar da crítica anti-corrupção realmente existente em vários países africanos e onde os níveis de vida de camadas dirigentes contrastam de forma gritante com a da maioria das populações.
Depois de eleito em 2002, Ravalomanana foi reeleito em 2006 e, apoiado no seu partido - Tim - entregou-se a "reformas estruturais", a privatizações que conduziram à pauperização maior dos trabalhadores, a grande maioria dos 20 milhões de habitantes da ilha. Rapidamente misturou os seus interesses pessoais e do Estado e, tal como já aludimos na primeira parte deste artigo, passou a beneficiar pessoalmente e através das suas empresas (o império Tikoland e empresas como a MAGRO). 

Apesar de um crescimento de 6% em 2007, a população vive, em média, com menos de 1 dólar por dia e mais de 59% sofre de má-nutrição crónica (percentagem que tem aumentado nos meios urbanos). Depois da compra de um avião presidencial de 60 milhões de dólares e da concessão à Daewood, como referimos na primeira parte, de mais de metade do solo arável, da liberalização dos serviços sociais básicos que afastaram muita gente do seu usufruto por não ter dinheiro, o aumento anterior do preço do petróleo e dos bens essenciais, a redução da actividade nos portos francos, que geravam muito emprego, na sequência do Acordo Multifibras, a revolta, mesmo sem fortes organizações políticas e sindicais enquadradoras, estalou. A revolta passou a ser perseguida e o regime adquiriu todos os tiques ditatoriais. 
Resta saber se, neste contexto, Rajoelina, o novo grupo dirigente, as forças armadas e a população, conseguirão criar uma dinâmica revolucionária, com um programa político que vá ao encontro das necessidades da população e que crie estruturas políticas e sociais que se constituam, como apoios a este processo. Ou se se vão deixar atascar em compromissos políticos com os responsáveis anteriores da situação, serem meros peões de interesses de potências e multinacionais, criando um novo ciclo de descrédito e novos padecimentos para os malgaches.
Madagáscar ganhou a sua independência em l960 apesar da violência contra a rebelião por parte da França, a potência colonial. Em 1972 um golpe militar com sinal de esquerda propunha-se aprofundar as consequências políticas, económicas e sociais da independência mas este estado de coisas acabou por cair num novo golpe de estado conservador que dirigiu ditatorialmente o país durante 17 anos. A França nunca perdeu influência importante no país.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 comentário:
Fez mais este texto pelo esclarecimento do que ali se passa, do que quase todas as notícias que têm passado pelos jornais.
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