sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Frase de fim-de-semana, por Jorge


"A visão é o tacto sem contacto"

Michel Serres (filósofo francês, 1930-)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O liberal Obama quer garantir a liderança mundial

Começaria antes do discurso de Obama por me referir a um disparate numa manchete do Publico de ontem que o trata como "um presidente de esquerda".
A comparação entre designações e posicionamentos políticos dos EUA com os da Europa carecem de  fundamento que tal designação não respeita. Considerar que nos EUA o Partido Democrata é de "esquerda" e que o Republicano  é de direita revela enorme falta de cultura política.
Primeiro porque as reais comparações, a serem feitas, deveriam equiparar o Partido Democrata aos Liberais e o Republicano a partidos Ultra Conservadores. Por outro porque o sistema eleitoral norte-americano só permite que estes dois partidos disputem os confrontos finais, sendo as esquerdas remetidas para fases anteriores do processo, por muito expressivas que sejam as suas demonstrações públicas e também porque grande parte dos eleitores, particularmente os mais deserdados, deixou de acreditar nesse sistema e remete-se  para o abstencionismo, o que não sendo bom, revela um grande handicap na base democrática do sistema norte- americano.
A alternativa a Bush começou a desenhar-se há anos através de várias grandes campanhas. Lembro aqui apenas as prolongadas séries de TV centradas num Presidente negro ou numa  Presidenta branca que encaixavam nos esquemas dos detentores do poder económico: Obama, com um passado de ligação com a CIA, e advogado de peso e Hillary, representante duma das famílias desse poder económico.

Mas, voltemos ao discurso de ontem na Câmara dos Representantes (discurso do Estado da União).
O tom geral reflecte um braço estendido aos republicanos ("governação partilhada") depois da derrota "democrata" nas intercalares e a preocupação que a sociedade norte-americana manifesta com o declínio dos EUA no mundo, em curso há vários anos.
Quanto ao seu conteúdo ele dirige-se, no essencial para reforço de investimentos que possam garantir a hegemonia dos EUA no mundo. Nos EUA, onde a crise financeira mundial, Obama está-se nas tintas para o combate ao deficite colossal como o que impõe a outros países- Os que lhe têm estado a subsidiar a crise à custa dos sacrifícios das rrespectivas populações, particularmente os trabalhadores. O que interessa é não ser ultrapassado pela China ou mesmo pela Índia, o que implica um reforço na capacidade comercial mas também deixar cair as consignas sociais que foram o grande motor do "Yes, we can".
O optimismo quanto ao futuro das guerras em que se manteve envolvido, com novos compromissos, não tem correspondência com a realidade. O  apoio à revolta na Tunísia (1) deixa antever novas intromissões na política interna desse país, da Argélia ou do Egipto (regimes que até agora apoiava e tinha condicionados pela intervenção do FMI), para tomar o partido da revolta mas garantir, com alterações cosméticas, os grupos dirigentes, os alinhamentos geo-estratégicos e um alinhamento com o que tem feito no Líbano  e na Palestina, em articulação com Israel.
Este discurso da União tenta um relançamento de uma imagem perdida. Obama já não significa hoje o que muitos norte-americanos quiseram ver nele. E a paragem do declínio é muito difícil. Não falou de paz mas a guerra está latente como uma fuga para a frente.

(1)A propósito ainda da Tunísia e do papel dos EUA, recomendo ainda a leitura de um artigo de Thierry Meyssan e de um apelo de Hassan Nashrallah.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Cavaco: a vitória de um homem amargo em quem apenas 1 em cada 4 portugueses votou hoje

Os discursos de há pouco de Cavaco Silva reflectem o quão aquém das expectativas lhe saíram os resultados: abstenção record que fez com que só um português em  cada quatro tenho votado nele.
Sem lhe retirar a legitimidade da eleição, isso retira-lhe autoridade para desenvolver o projecto da direita. Mas irá tentar fazê-lo.
Cavaco não discutiu nada nas presidenciais, quando se defende de que os outros candidatos o tenham insultado. Mesmo nestes discursos não explicita o que são os seus projectos para a Educação e Saúde que trata de forma redonda que tropeça nas respectivas garantias constitucionais.
Cavaco no que respeita às suas " linhas de acção" omitiu a Constituição e isso legitima a leitura entre linhas que cada um de nós é obrigado a fazer desse discurso redondo.
Se é certo que uma campanha eleitoral não pode ser totalmente substituída por "campanhas negras", a Cavaco era exigido que esclarecesse alguns actos, que de forma pertinente, questionaram a sua imagem de cidadão acima de todas as suspeitas. Não o fez e o que piora a situação é que hoje, em vez de saudar democraticamente os seus adversários, Cavaco usou um ataque soez, generalizado, que ainda continuou com o convite à comunicação social para denunciar as fontes informativas dos jornais sobre esses temas.
As centenas de pessoas que o vitoriaram no CCB foram uma fraca expressão de qualquer entusiasmo visível pela sua eleição.
São umas eleições de que Cavaco se não pode vitoriar muito. Mas que confirmam preocupações do que pode vir aí na tal colaboração institucional onde poderá ir mais longe do que foi na cumplicidade e apoio das malfeitorias do governo de Sócrates.
O dia amanhã continua a ser de luta para os que querem uma ruptura real com a situação a que a direita e o PS conduziram o país.

O povo tunisino não aceita compromissos com aqueles que derrubou

1. Dias após a formação do governo provisório e depois de vários golpes de teatro para não deixar confundir este governo com o prolongamento do partido derrubado, estudantes, sindicalistas, camponeses continuam a manifestar-se em todo o país. A polícia, aparentemente, não tem usado a violência. Porém, a não participação no governo de comunistas, movimento sindical e islamitas, não parece deixar lugar para dúvidas quanto a quem ainda se mantem no poder aí ficar.
Hoje, milhares, confluindo de diversos pontos juntaram-se para exigir a queda do governo provisório.

2. Uma inicial aparente unanimidade das grandes potências que disputam a influência na Tunísia (EUA, França, Bélgica e, por arrastamentoo, a UE) em caracterizar o governo derrubado como ditadura, não pode ser encarado como um divórcio da situação reinante. Se o governo é caracterizado como ditadura, como sublinhou Michel Chossudovsky, importa reter que a sua margem de manobra para ter uma política económica independente dos programas do FMI e Banco Mundial, e da Wall Street. não existe. Ben Ali aceitou ser a marioneta que no governo dava corpo aos programas  de elevação dos preços dos alimentos, que outros decidiam por si.
Quando o lider da independência Burguiba quiz romper com esses condicionalismos foi de imediato derrubado por um golpe liderado por militares e Ben Ali. Que passaram a gerir um programa económico neo-liberal gerador da corrupção no Estado e do aumrento daas desigualdades e da pobreza. Depois do golpe de estado de 1987, as estruturas nacionalistas do Estado herdadas da independência foram transformadas em correias de transmissão do neo-liberalismo.

3. Quando a Ministra dos Negócios estrangeiros francesa há dias referiu, a propósito de uma suposta necessidade de Argélia e Tunísia coordenarem esforços policiais para impedir "atentados às liberdades" (eufemismo parta designar a revolução), procurava já tirar proveito de acções de elementos provocadores que serviços secretos destes países terão conseguido infiltrar nas manifestações.

Mahler, a 9ª sinfonia, um grande maestro e uma grande orquestra

Tive ontem a oportunidade, com alguns amigos, de assistir a um grande concerto. A 9ª sinfonia de Mahler pela Orquestra Filarmónica de Los Angeles, dirigida pelo maestro venezuelano Gustavo Dudamel.
Foi elevado o nível alcançado pela direcção da orquestra. Dudamel é um dos maestros saídos da experiência de formação musical única de José António Abreu, que continua a beneficiar milhares de jovens venezuelanos. Passou a maestro principal da Orquestra Sinfónica Juvenil Simon Bolívar, em que se mantem, mas espalha hoje esse sistema de ensino (el sistema) na cidade de Los Angeles onde trabalha com jovens de bairros pobres.
Foi este jovem, de 28 anos, que vimos ontem dirigir uma das mais importantes orquestras do mundo, a Orquestra Sinfónica de Los Angeles, com um notável grupo de músicos, com destaque para as cordas.
E a 9ª Sinfonia de Mahler é a maior sinfonia deste autor que nos transmite, com grande emoção, as transformações operadas na música pós-romântica pelo autor. Só estreada um ano depois da sua morte, a sinfonia de 4 andamentos - dois adagios e dois outros rápidos sarcasmos - torneou a "fatalidade das nonas sinfonias" que noutros autores assinalaram a sua decadência criativa. Não a tendo numerado, e chamando-lhe "A canção da Terra", ela reflecte um estado de espírito de decadência física, a despedida da vida, mas também a esperança nos destinos da humanidade, os ambientes da amizade e do amor, das danças camponesas, a complexa vida urbana e respectivos códigos de comportamento.
O andamento final é, para um confidente do autor, "a tristeza da despedida da vida e a visão da vida celestial" (Bruno Walter).
Com sala cheia, e um grande calor, o trabalho foi saudado com sucessivas ovações.
Uma noite que se não esquece!...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Passam 50 anos sobre o assassinato de Patrice Lumumba

A divisão da República Democrática do Congo foi engendrada nos anos sessenta do século passado pelos governos dos EUA e da França, apoiados no futuro ditador Mobutu, que trabalhava para a CIA e para os serviços secretos belgas, que ainda em 1989 era recebido na Casa Branca como um campeão da Liberdade.
As dificuldades da RDC hoje reflectem as grandes manobras desses dias conturbados. Para trás ficaram, mais de 5 milhões de mortos e as tensões persistem nos dias de hoje para dificultar a normalização da vida neste país.
Num processo de independência em que os belgas procuraram ter um  papel de controlo para assegurar os seus interesses no futuro, o Movimento Nacional Congolês, liderado por Lumumba obtem  90% da votação. Apesar das tentativas para impedir a sua tomada de posse como Primeiro-Ministro, Lumumba forma governo e tornou-se de facto o pai da independência do Congo ex-Belga. Tinha um projecto de natureza socialista para o seu país, não alinhado nem com os EUA nem com a URSS.  e coabitou com um Presidente, Joseph Kasawubvu, general, que era um homem do americanos e dos belgas e dominava a tropa.
A partir daí, EUA, França e Bélgica entram na sabotagem aberta. O Katanga, província mineira rica em Cobre e Cobalto, por sua influência, declara a secessão. Militares provocam chacinas entre a população. As forças da ONU não ajudam a restabelecer a autoridade.
Mobutu manda prender Lumumba, o governo e outros dirigentes do MNC. A cena da sua prisão e transporte numa carrinha de caixa aberta corre mundo, que assiste estupefacto às agressões da tropa contra o primeiro Primeiro-Ministro, lider de uma independência africana, a ser eleito esmagadoramente pelo seu povo. Levados para o Katanga são torturados de forma brutal, depois fusilados e os seus corpos dissolvidos em ácido sulfúrico para que os seus restos não pudessem ser redescobertos pelo seu povo.
Sobre estes factos há muita informação disponível. Eu recordei alguns elementos neste site.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sobre a revolução tunisina

1. Por estas horas espera-se o anúncio de um governo provisório que prepare futuras eleições livres.
A sua composição dará uma idéia do grau de compromisso entre algumas forças de mudança, o Exército e o partido do poder.
Os polos em que assenta hoje o poder são o povo e o Exército mas a relação não é clara.
O movimento sindical (UGT) acompanhou os protestos. O mesmo o fizeram outras forças políticas da oposição, com destaque da Comissão pelas Liberdades e Direitos Humanos, o Partido Comunista Operário Tunisino e o movimento Ennahdha, islamita moderado.
Quem terá presidido às negociações foi o ex-primeiro-ministro Ghanoushi, figura da ditadura, que após a fuga há dois dias do ditador Ben Ali e da sua mulher - que se locupletou com 1,5 toneladas de barras de ouro!... - . foi nomeado Presidente interino.
Hoje manifestações populares pela ilegalização do partido do poder, RCD (Reagrupamento Constitucional Democrático), membro de pleno direito da Internacional Socialista, fundado pelo anterior presidente Bourguiba, foram reprimidas pela força.
O Exército recusou-se a participar na repressão às manifestações das duas últimas semanas. Mas o general Ammar poderá vir a desempenhar papel importante nos próximos tempos. Essa tarefa repressiva coube à guarda presidencial, responsável por muitos dos mortos, e à Polícia. O Exército ontem perseguiu a guarda presidencial e alguns responsáveis da ditadura foram presos.

2. A Tunísia era até agora o grande aliado dos EUA e de Israel no Magreb. Se recuarmos umas semanas atrás não encontraremos nos media ocidentais muitas referências à Tunísia como ditadura...Mas nos últimos dias a Wikileaks desencantou um telegrama em que os EUA teriam reservas  em relação ao regime...
Os regimes árabes da região, particularmente o Egipto de Mubarak, sentem-se ameaçados (curiosamente o partido de Mubartak também é da Internacional Socialista...). A revolução tunisina pode ser um rastilho em situações semelhantes noutros países.
As causas da revolta popular, que adquiriu novo fôlego após a imolação pelo fogo de um jovem desempregado, têm a vêr com o grande agravamento das condições sociais (preços dos bens essenciais, desemprego, despedimentos, pobreza e assimetrias sociais) e políticas (ditadura, corrupção a partir do poder). Não só a Tunísia tem este quadro de situações...Na Argélia, ali ao lado, já ontem se registou outra imolação e o governo francês logo instigou a uma cooperação policial dos dois países para conter a revolta e não a deixar pôr em causa as liberdades...

3. A revolução popular foi a responsável directa e única da queda do regime. Apesar de proptagonizada essencialmente por jovens e estudantes, teve um largo apoio social que poderá restringir-se se as situações de carência alimentar e de serviços forem agravadas com a especulação e distúrbios a que os apoiantes do regime deposto já se entregaram.
O PCP apoiou a revolta e as forças revolucionárias tunisinas.

4. Uma atitude de simpatia e apoio internacional à revolta tunisina será muito importante nos próximos dias em que forças diversas se movimentarão para lhe esvaziar as motivações.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Frase de fim-de-semana, por Jorge

"Quis custodiet ipsos custodes?"

"Quem guarda os guardas?"

Juvenal (poeta romano, fins séc.I - inícios séc. II)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Francisco Lopes: o voto necessário para a mudança

Palavras sábias de um sábio

(...) Estou convicto de que só existe um caminho para eliminar esses grandes males, nomeadamente com a criação de uma economia socialista, acompanhada de um sistema educativo que fosse orientado por objectivos sociais. Nessa economia, os meios de produção seriam propriedade social e utilizados de forma planificada. Uma economia planificada, que ajustasse a produção às necessidades da comunidade, distribuiria o trabalho por todos os que estivessem hablitados a trabalhar e garantiria condições de vida para cada homem, cada mulher e cada criança. A educação do indivíduo, para além de desenvolver as suas capacidades, desenvonver-lhe-ia o sentido de responsabilidade para com o seu semelhante em vez da glorificar o poder e o sucesso da sociedade como acontece nos nossos dias.

(depoimento de Einstein no lançamento da revista New Monthly, em 1 de Maio de 1949, que pode ser lido na íntegra aqui .

domingo, 9 de janeiro de 2011

Cavaco revela arrogância e falta de respeito


A atitude que Cavaco Silva tem tomado nesta questão do BPN constitui séria prevenção para todos aqueles que, em nome de uma suposta seriedade do candidato, estiveram até agora inclinados em vir a votar nele no dia 23.

Cavaco Silva, ao lançar no debate eleitoral o caso BPN, por razões diferentes das que agora estão a ser alvo de atenções, conseguiu até agora paralizar o debate sobre como cada candidato encara o desempenho das funções presidenciais.

Isso é particularmente grave estando nós com a crise em que causas internas e externas nos fizeram submergir.

E elemento adicional de desmotivação eleitoral.

Importa que esses motivos de desmotivação se transformem em atitude de revolta em apoio de uma ruptura efectiva com as políticas que geraram esta situação e com os protagonistas e comportamentos que ela gerou.

De há uns tempos a esta parte quem conduz as estratégias eleitorais de alguns partidos passou a encarar como interessante que alguma zona de falta de honestidade dos candidatos, possa ser um trunfo eleitoral.

A impunidade com que alguns políticos e gestores se escapam às malhas da lei, o insuficiente combate ao crime organizado leva para muita gente desesperada por razões de sobrevivência e para outros carentes de formações incluindo de valores, que se foram, não por acaso, degradando no sistema de ensino.

Cavaco comprou acções a um preço de favor e vendeu-as depois com um lucro de 140% . Coisa que não terá sido generalizada a outras pessoas que detinham acções. O silêncio público dos seus esclarecimentos de então,. foram recuperados quando questionou opções da nova admonistração.
Dizer dos seus críticos hoje o que tem dito é esclarecedor da difícil convivência com a transparência e com a ética que se impõe num debate eleitoral.
Cavaco Silva acumula tiques autoritários.

O jornal Expresso apaga da História de Portugal o fascismo e o 25 de Abril

Foi com algum interesse, resultante de iniciativas anteriores, que me entreguei, desde Outubro passado, a coleccionar os 10 volumes de uma história de Portugal, escrita por Ana Oom, revista pela Associação de Professores de história, ilustrado por Sandra Serra, acompanhados por igual número de CDs , com letra e música de Inês Pupo e Gonçalo Pratas, em que Bárbara Guimarães narra estórias desta História.

Mas do 9º para o 10º volume ocorre uma situação bizarra. Da República salta-se para a adesão ao Mercado Comum. O último livro chama-se mesmo "Chegou o euro"!
Esta História feita a "pensar nos mais novos", segundo o Expresso, omite pura e simplesmente os 48 anos de fascismo, o 25 de Abril´, o período revolucionário.

Até agora o Expresso ainda não esclareceu as motivações desta opção editorial.
"E esta, hem?", diria certamente o nosso saudoso Fernando Peça...

sábado, 8 de janeiro de 2011

Frase de fim-de-semana, por Jorge

"São estes os meus princípios, e se não lhe agradam... bem, tenho outros"


Groucho Marx (humorista americano, 1890-1977)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Nas cores e nos rostos de Malangatana, sempre!

Comparabilidade de dados estatísticos comprometida?

As razões invocadas para deixar de obter pelo método anterior dados do INE relativos ao desemprego, para os passar a recolher por entrevista telefónica, abre campo a uma das maiores trafulhicies que, a ter continuidade noutras formas e noutras áreas de actividade, fará perder a comparabilidade entre dados  cujas bases são essenciais para trabalhos de investigação, de projecto e outros e fazer perder a credibilidade dos estudiosos para além de poder constituir factor de mentira à opinião pública. Para além de impedir a monitorização de desempenhos com esse álibi.
É bom que o governo esclareça o país sobre o que pensa fazer para não comermos mais gato por lebre...

Rapariga com brinco de pérola, de Jan Vermeer Van Delft

sábado, 1 de janeiro de 2011

Frase de fim-de-semana, por Jorge

"É muito difícil prever, especialmente acerca do futuro"


Niels Bohr (físico dinamarquês, 1885-1962)