"O cinema é uma invenção sem futuro"
Louis Lumière (1896)
Blogue de António Abreu - Pontos de vista de esquerda,com a preocupação de tornar melhor a vida do ser humano e de contribuir para esse combate, abertos às opiniões de quem nos queira visitar
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, recomendou na quarta-feira o consumo de porco como alternativa ao Viagra, contando que passou um fim-de-semana romântico com o seu marido e antecessor, Néstor Kirchner, depois de um churrasco com essa carne.
«Acabam de me dizer algo que eu não sabia: comer porco melhora a vida sexual (...). Eu diria que é muito melhor comer um pedaço de porco grelhado do que tomar Viagra», disse Cristina a suinicultores. Contou ainda que recentemente comeu porco e «as coisas correram muito bem naquele fim-de-semana, então pode bem ser verdade.»
Os argentinos têm o maior consumo per capita de carne bovina, mas o governo tem tentado promover a carne suína como alternativa nos últimos anos, para diversificar o mercado. «Tentar não custa nada, então vamos lá», disse Cristina Kirchner no discurso, transmitido pela TV.
(diário digital, hoje)
Diz o Público que este se candidata a se um recorde de bilheteira, na senda do Titanic. James Cameron trabalhou para isso e R. Murdoch, apesar de avesso à mensagem do filme, vai gostar do resultado do filme em maravedis...O conteúdo é uma antevisão dos destinos a que capitalismo e imperialismo podem levar o planeta, na sobre-exploração de riquezas n aturais e consequências no ambiente, e o risco que isso constituiria para seres de outros planetas, alvos dos apetites dos dirigentes terráqueos. Esta situação dá a pista a um dos seus operacionais para se transformar e aproximar dos na’vi para resistir ao invasor. Já o disse algures, o filme parece-me demasiado longo.
A direita, os apoiantes incondicionais da administração norte-americana e alguns sectores da Igreja Católica, consideram o filme como um discurso de Chávez ou uma catilinária de Chomsky…
As crianças não verem este filme é ambição censória de outros, ceguinhos que parecem estar à consideração de que os na’vi somos nós próprios que aqui lutamos contra este sistema injusto. É isto e não a remissão para seres extraterrestres do nosso futuro que assusta alguns pretensos psicólogos infantis…
Manuela Ferreira Leite e Portas correm para ver quem vai primeiro à entrevista com Sócrates. É uma cena comovedora, bem ilustrativa do sentido de estado e de responsabilidade dos nossos abençoados governantes e convidados para o banquete... Benditos os filhos desta pátria que tantos exemplos têm dado ao mundo. Agora, sim, durmo descansado, et pluribus unum.
Sábados às 17h30
Entrada 5 euros
M/6
As palavras e a música preenchem cinco tardes no Jardim de Inverno. Recordam-se cinco poetas através da sua cumplicidade com os actores que os lêem.
6 FEV
ALBERTO DE LACERDA POR
JOÃO ABOIM piano
Música W.A. Mozart
13 FEV
LUIZA NETO JORGE POR LUIS MIGUEL CINTRA
JOÃO
Música Jorge Peixinho
20 FEV
MARIO CESARINY POR GRAÇA LOBO
OLGA PRATTS piano
Música Fernando Lopes Graça
27 FEV
SOPHIA DE MELLO BREYNER POR BEATRIZ BATARDA
BERNARDO SASSETTI piano
Música Bernardo Sassetti
13 MAR
HERBERTO HELDER POR MARIA JOÃO LUIS
IRENE LIMA violoncelo
Música J.S.Bach
Era ao mesmo tempo cantor e intérprete de canções.
Depois de várias perseguições foi vitima de um processo que levou ao seu fuzilamento no estado do Utah em 1915. As suas cinzas foram enviadas em envelopes para todos os locais de implantação do sindicato e atiradas ao vento, simultaneamente, no dia 1 de Maio de 1916.
Em seu tributo foram feitos muitos poemas e canções. Uma delas, conhecida apenas por Joe Hill foi cantada por Paul Robson, Pete Seeger, Joan Baez, os Dubliners e outros. Apresentamos aqui a interpretação de Billy Bragg sobre a letra de Phil Ochs.
Nos últimos dias, a propósito do Orçamento de Estado, tenho registado a frequência com que se fala particularmente de
1. Vai haver acordo com a “oposição” (entenda-se PSD),
2. PS e PSD têm a mesma estrutura ideológica e política e
3. As empresas têm dificuldades e não se safam? Paciência…Ou ainda os salários deveriam ser reduzidos e não só “congelados” ainda por cima tendo sido aumentados há pouco tempo…
Os comentários que me suscitam são
Mais do que insistir nestas teclas, importa ir buscar outras formas de conter o défice orçamental.
No caso das pequenas e médias empresas, reduzindo a taxa nominal do IRC mas agravando em termos equivalentes os lucros das grandes empresas com lucros superiores a determinados valores e acabando com o Pagamento Especial por Conta e o IVA a 30 dias, atendendo, por um lado, ao grande papel que estas empresas têm na criação de bens transaccionáveis (e não só), na maior dificuldade relativa na obtenção de crédito e nas condições de fornecimentos. Ou ainda taxar efectivamente as mais-valias bolsistas.
No caso das prestações sociais fazendo subir as pensões e reformas mais baixas que acompanhem a subida do salário mínimo e na administração pública obter a recuperação da perda real de salário ao longo dos anos que os mais recentes aumentos não recuperaram significativamente.
Os comunistas apresentaram ao PS propostas concretas com estes objectivos.
Neste primeiro artigo, de uma série que anuncia na voltairenet.org, Meyssan salienta o desprezo inicial pelo facto de não existir na ONU um consenso científico que não podia existir.
Hoje o Publico apresenta uma reportagem interessante sobre as condições de trabalho de 44 médicos cubanos em Portugal, como médic os de família em quatro distritos. Aconselhamos aliás a sua leitura. Mas quem faz a manchete e o lead na primeira pagem inverte completamente o que se retira do trabalho "Salários dos médicos cubanos são um mistério...a embaixada de Cuba diz que nada pode dizer sobre o assunto...". Mas na página 10 o mistério desfaz-se e na pagina 11, uma bela passagem da conversa com o jornalista do embaixador cubanoEduardo Lerner.
Segundo Marçal Grilo (administrador da Gulbenkian e da Partex Oil and Gas, ex-ministro da Educação, homem do sistema, apoiante das políticas de há uns trinta anos para cá, socialista, hoje no Público)
“ Os pais querem para os seus filhos uma escola mais exigente, porque sabem que nos dias de hoje não basta passar de ano e ter boas notas. É preciso saber, é preciso saber muito, é preciso saber pensar, é necessário ser responsável, ter iniciativa e, sobretudo, capacidade para lidar com a mudança.”
- Entre 1999 e 2009 foram criados 273,3 mil postos de trabalho. Mas destruíram-se 221 mil empregos ocupados por jovens.
- Na mesma década, foram criados 117 mil postos de trabalho com contratos permanentes. Mas destruíram-se 175 mil empregos com contratos sem termo ocupados pelos jovens e 77 mil ocupados por empregados com idades entre os 25 e os 34 anos.
- De 1999 a 2009, foram criados 205 mil postos de trabalho com contratos a prazo. Mas destruíram-se nove mil postos de trabalho a prazo ocupados por jovens. Mais de metade dos postos de trabalho criados com contratos a prazo foram ocupados por pessoas com idades entre os 25 e os 34 anos.
- Nesses dez anos, destruíram-se 48 mil empregos com outro tipo de contratos (incluindo recibos verdes). Três em quatro desses postos de trabalho eram ocupados por jovens.
- Em 1999, cerca de 60 por cento dos jovens tinham um contrato permanente. Dez anos depois, esse grupo desceu para 46 por cento do total.
- Em 1999, cerca de 30 por cento dos jovens tinham um contrato a prazo. Dez anos depois, o seu número representava já 47 por cento do total.
- Em 1999, um em cada quatro desempregados era jovem. Em 2009, passou a ser um em cada seis.
- Em 1999, três em cada quatro desempregados jovens tinham o ensino básico. Dez anos depois, o seu número baixou para dois em cada quatro.
- Em 1999, os jovens desempregados licenciados representavam cinco por cento do desemprego juvenil. Dez anos depois, o seu peso era já de 12 por cento.
- Em 1999, havia nove mil jovens licenciados inactivos (não eram empregados nem desempregados). Dez anos depois, passaram a ser 26 mil. Nesse período, subiu também o número de jovens inactivos com o ensino secundário (de 212 mil para 228 mil).
Foram eles os casos da pandemia da gripe A, por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS) e as estimativas de aquecimento global, por parte do Painel Internacional sobre as Mudanças Climáticas (IPCC).
2. No primeiro caso, na OMS passaram a ter papel decisivo a nível consultivo “musculado” personagens como o virologista holandês Albert Osterhaus, há pouco acusado de corrupção.
A OMS passou a fundamentar as suas posições públicas em relatórios de consultores como o Grupo Estratégico Consultivo de Peritos (SAGE e Grupo de Peritos de Consultoria Estratégica) integrado pelo personagem que, por sua vez, era também presidente do grupo de trabalho europeu sobre a gripe European Scientific Working Group on Influenza (ESWI). Este último é o pivot central entre a OMS em Genebra, o Instituto Robert Koch de Berlim e a Universidade de Connecticut nos EUA e é financiado por fabricantes e distribuidores de vacinas contra o vírus H1N1, como a Baxter Vaccins, a GlaxoSmithKlein, a MedImmune, a Sanofi Pasteur e outros, como a Novartis, que produz a vacina e a Hofmann-La Roche, distribuidora do Tamiflu.
Subfinanciados pelas grandes potências, organismos como a OMS recorreram a parcerias público-privadas para aumentarem os fundos disponíveis, neste caso destinado a bolsas e ajudas financeiras, credibilizando consultores que estão ligados à produção de vacinas e que, depois, impõem declarações favoráveis aos seus interesses como aconteceu em Junho passado quando a directora-geral da OMS, Sra. Margaret Chan, ao declarar a urgência endémica da gripeH1N1 credibilizou prognósticos catastróficos de milhões de mortos que geraram uma corrida dos estados e dos cidadãos a vacinas, gerando elevadíssimos lucros aos seus fabricantes (
Importa que se diga, para encurtar um maior desenvolvimento, que este mesmo Albert Osterhaus tem já uma longa carreira nos pânicos criados e que se não traduziram em nada que não fosse mais lucros para a indústria farmacêutica. Foram os anteriores casos do SRAS (sindroma respiratório agudo severo), em 2003 e da gripe das aves (H5N1) em 2005.
3. O outro caso ocorreu nas vésperas da recente cimeira de Copenhaga e a ele nos referimos aqui já em posts dos passados dias 2 e 4 de Dezembro.
Correu mundo a notícia, mas quem se lembra já dela?
A Climatic Research Unit (CRU) da Universidade de East Anglia, em Inglaterra, falsificou dados fornecidos ao IPCC (International Panel on Climate Change), organismo de escasso valor científico próprio que, por sua vez, toma como boas para as previsões de alterações climáticas as previsões de modelos de escassa credibilidade.
Neste caso, a fraude levou à denúncia pelo New York Times, secundada por muitos investigadores que não beneficiam, directa e indirectamente, das prestações de serviços obtidas junto de organismos públicos por organismos que funcionam a partir de universidades a que vão buscar credibilidade para produzirem os seus “estudos” que depois fundamentam as decisões políticas.
Com isto não quero negar, até porque não tenho competência para isso, a afirmação que a emissão de gases com efeito de estufa não estejam hoje a fazer perigar mais do que aconteceu em situações históricas passadas as condições de vida na Terra. E, pela mesma razão, não me filio em qualquer uma das correntes, uma que diz que sim, que isso está a acontecer e a outra que diz que sempre houve alterações climáticas e que não há dados que provem que a intervenção humana esteja a provocá-la, atribuindo à primeira o carácter de propagandista e provocadora de pânicos que geram comportamentos que beneficiam importantes interesses económicos do “lobbie ambiental”.
4. Estes factores de descrédito de instituições que, no passado, se situavam acima de qualquer suspeita, aumentam a insegurança e é um fenómeno que tem que ser cuidado a todos os níveis.
Para blog, a prosa já está muito longa. Por aqui me fico, então.
A imprensa de hoje revela a lista de países que Obama considera, para efeitos de recepção de passageiros deles oriundos, estes devem ter bagagem e o corpo perscrutado nas fronteiras
Afeganistão, Argélia, Arábia Saudita, Cuba, Iémen (que está na mira para ser o próximo alvo, Irão, Iraque, Líbano, Líbia, Nigéria, Paquistão, Síria, Somália e Sudão.
Parafraseando um comentário de um leitor no Público “... (a propósito do 11 de Setembro) porque até à data nem sequer nenhum tribunal norte-americano se debruçou sobre o assunto. Aliás, Obama, está há um ano no poder e nem sequer ainda determinou um inquérito independente sobre os acontecimentos desse dia. E lembro que nesse dia todos os voos alegadamente afectados eram voos domésticos. E todos os passageiros que os media culparam eram cidadãos residentes nos USA e todos aprenderam a pilotar em escolas norte-americanas”.
Acrescento eu que Obama ainda não fez tentativas para apagar fundamentadamente a impressão causada em muitos de nós que o 11 de Setembro poderá ter sido uma fuga para a frente para justificar novas guerras de agressão que lhe permitissem ultrapassar as suas próprias fraquezas.
Dei com ele inesperadamente na primeira volta de bicicleta do ano, junto à ribeira de Almádena que aqui passa. Não se assustou, foi-se apenas afastando calmamente, de modo que pude ainda apanhá-lo in extremis com o zoom no máximo. Que excitação, uma coisa tão rara!
O que terá acontecido a esta ave, outrora tão considerada e adorada no Egipto, para vir parar a este modesto Barão? e ainda por cima junto à ETAR, local tão pouco apropriado para aves sagradas?
Explicação trágica: no trajecto migratório através do Mediterrâneo oriental, vindo da Europa Central a caminho das zonas quentes de África onde passar o inverno, foi colhida pelos temporais e arrastada pelos ventos até à Península Ibérica, onde exausta e longe do bando aguarda o triste fim que a espera com os frios que se aproximam.
Explicação mais prosaica e desdramatizada: terá fugido do zoo de Barão, lá em cima, a 500m e nem voar sabe...
Mistério? qual mistério, "o único mistério é haver quem pense no mistério" (Alberto Caeiro) :)
2ºandamento
Barão (de S. João) é a aldeia perto de onde tenho a casa. A poucas centenas de metros, fica o chamado "Zoo de Lagos", um parque zoológico "ecológico" sem grades, nem gaiolas, com macacos, patos, cegonhas, tartarugas, etc., construído há cerca de dez anos e muito visitado por escolas e turistas. É daí que talvez possa ter escapado o íbis-sagrado que encontrei a passear. Aves deste tipo são mantidas em cativeiro cortando-se-lhes as penas (remígias?) que lhes permitem voar. Se entretanto crescem um bocadinho, já podem dar para esvoaçar...
À primeira vista, custa a acreditar dar numa qualquer curva de um caminho algarvio com uma ave destas tão mítica, toda ela hieroglifos, faraós e cabeças de Tot, cujo habitat é o longínquo Nilo. De facto, tal como se demonstra pelos bandos de papagaios amazónicos que hoje vemos no Parque Eduardo VII, descendentes de algum solto ou fugitivo casal, ou pela quantidade de pássaros exóticos como o bico-de-lacre (americano) ou o bispo-de-coroa-amarela (africano) esvoaçando alegremente pelos campos de Alcochete, o mundo é tão aldeia global para os animais como para os humanos, com os seus moldavos, turquemenos ou uigures surgindo fora do "habitat" por onde menos se espera. Também os íbis-sagrados foram "introduzidos" na Europa central e tão bem se deram que por lá ficaram, esquecendo-se mesmo da chatice da migração, à imagem das neo-portuguesíssimas cegonhas sem as quais já a EDP nem consegue ter postes de alta tensão.
Isto hoje em dia, quando damos nos menús com "costeletas de crocodilo" ou o fado até é acompanhado a castiço contra-baixo, o que é que nos há-de ainda fazer espantar?
3º andamento
Podemos todos estar descansados, afinal o íbis-sagrado é bem algarvio!
Nascido e criado aqui em Barão no "Zoo de Lagos", cresceram-lhe as asas mais do que o previsto e gosta de ir "dar as suas voltas" (ipsis verbis tratador), mas regressa sempre a casa (ai não!...).
Não passa de um íbis-profano... tudo o que consegue enxergar como nilo é a lagoa da etar!
Já é difícil darmos com mistérios dos antigos... o mundo está a ficar tão corriqueiro!