A comunicação social anunciou hoje que o FMI vai propôr novas reduções salariais em Portugal.
E diz que essa medida se baseou em parte num estudo feito por um responsável do Banco de Portugal a pedido (Do FMI ? Para dar ao FMI? Para o FMI saber o que fora feito?").
E baseando isso na "teoria" que a ". redução de salários faz reduzir o desemprego".
Mas não sabemos que é precisamenteo contrário? Que o empobrecimento reduz o mercado interno e, consequentemente, faz aumentar o desemprepgo.
Desculpem-me um desabafo, que de todo não corresponde ao meu estilo de comunicar.
Não podemos continuar a ser coiceados por estas bestas!!! Saltemos-lhe para o lombo e fechemo-los nas respectivas sedes partidárias
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Este Estado, apesar da Constituição, está a ter uma ideologia capitalista e neo-liberal (2)
A primeira parte deste artigo, publicado há dias, abordou a ideologia neo-liberal do Estado e a sua relação com a Constituição.
Importa agora dizer que há 5 anos não foi nenhum factor económico intrínseco que deu origem à crise dos créditos de alto risco mas sim os grandes bancos de investimento .- que passaram a "mandar" no país com
os grandes grupos económicos - que organizaram os fundos especulativos e os "hedge funds".
Mas foram os Estados que com recursos públicos, endividando-se através dos orçamentos do Estado, acorreram a isso, atendendo aos níveis de desemprego, aumento dos déficites em relação PIB e da dívida pública com emissões de títulos. Este aumento de títulos e o seu valor, em mercado, elevaram-se e perigosamente, sem colidir com o investimento privado, e sem gerarem qualquer crescimento económico. Desta forma os mercados geram nesta situação uma nova bolha especulativa com implicações na dívida de cada país.
O papel do Estado diminui ou vê passar tudo isto. A economia real, o desemprego , as funções sociais do Estado sofrem com esta atitude dos mercados e dos Estados.
Para além da devastação no mundo do trabalho à escala planetária. Mesmo que se considerasse a presente crise apenas financeira, o que é certo é que nenhumas medidas foram tomadas nesse plano nos primeiros tempos da crise. Os especuladores concentraram-se em cada estado individualmente, As agências de rating não tiveram nenhum papel na prevenção de riscos, ante apostaram na desestabilização de economias sem excepção.
Em regime democrático era natural serem os Estados a regular os mercados. Porém, agora são os mercados a regularem os governos (encontrando formas específicas para regularem o sentido de voto dos cidadãos).
Esta é outra forma de reduzir a democracia que, com a integração europeia, o euro e outros aspectos do neo-liberalismo já a reduziram substancialmente.
Importa agora dizer que há 5 anos não foi nenhum factor económico intrínseco que deu origem à crise dos créditos de alto risco mas sim os grandes bancos de investimento .- que passaram a "mandar" no país com
os grandes grupos económicos - que organizaram os fundos especulativos e os "hedge funds".
Mas foram os Estados que com recursos públicos, endividando-se através dos orçamentos do Estado, acorreram a isso, atendendo aos níveis de desemprego, aumento dos déficites em relação PIB e da dívida pública com emissões de títulos. Este aumento de títulos e o seu valor, em mercado, elevaram-se e perigosamente, sem colidir com o investimento privado, e sem gerarem qualquer crescimento económico. Desta forma os mercados geram nesta situação uma nova bolha especulativa com implicações na dívida de cada país.
O papel do Estado diminui ou vê passar tudo isto. A economia real, o desemprego , as funções sociais do Estado sofrem com esta atitude dos mercados e dos Estados.
Para além da devastação no mundo do trabalho à escala planetária. Mesmo que se considerasse a presente crise apenas financeira, o que é certo é que nenhumas medidas foram tomadas nesse plano nos primeiros tempos da crise. Os especuladores concentraram-se em cada estado individualmente, As agências de rating não tiveram nenhum papel na prevenção de riscos, ante apostaram na desestabilização de economias sem excepção.
Em regime democrático era natural serem os Estados a regular os mercados. Porém, agora são os mercados a regularem os governos (encontrando formas específicas para regularem o sentido de voto dos cidadãos).
Esta é outra forma de reduzir a democracia que, com a integração europeia, o euro e outros aspectos do neo-liberalismo já a reduziram substancialmente.
"Yes, we can"... por isso se preparam para bombardear a Síria
A ONU tem uma equipa de inspectores a investigar o que se terá passado nos locais onde foram utilizadas bombas químicas e onde se registaram um número elevado de mortos. O uso de armas químicas foi proibido internacionalmente.
Porém os dirigentes norte-americanos, ingleses, alemães, e franceses (sempre os mesmos) já antecipam que vão efectuar os bombardeamentos.
Para o efeito conta também com os mercenários que ao longo destes meses têm entrado pelas fronteiras de países como o Líbano e que foram designados por "rebeldes" e que, só muito depois da expressão das ambições dos EUA, apareceram no terreno, reclamaram armas ao Ocidente, que prontamente lhe chegaram pelas vias do tráfico de armas.
Ajudem a conjurar este crime que mais uma vez os EUA querem perpretar,. depois do Iraque.
A região onde a Síria se insere contem várias áreas desérticas e semi-desérticas mas também a vivacidade dos rios Jordão, Tigre e Eufrates. Aí se acumula uma fabulosa história e cultura, de uma incomparável herança arquitectónica, legada à Humanidade por milhares de anos onde de construiu a civilização, o berço da nossa civilização.
domingo, 25 de agosto de 2013
sábado, 24 de agosto de 2013
Regressão nos direitos das mulheres afegãs
Vendida como noiva aos 12 anos, Sahar Gul vivia numa casa de terror. Os parentes do seu marido mantiveram-na presa na cave, espacavam-na com canos de ferro quente e deixavam-na passar fome. Quando ela se recusou a prostituir-se para conseguir dinheiro para eles, os seus torturadores arrancaram-lhe as unhas.
A sentença dos seus agressores foi reduzida a apenas 1 ano de prisão e eles estão livres novamente! Pior ainda: a Câmara dos Deputados de seu país, o Afeganistão, aprovou uma lei que proíbe que membros da família dos agressores testemunhem a violência em um tribunal. Isso fará com que inúmeras crianças e mulheres jamais consigam Justiça para seus casos.
Longe vai o tempo em que antes da "libertação" pelos talibans, em regime socialista, as mulheres deram um salto em frente na sua igualdade, desenvolvimento cultural e responsabilidades sociais. Depois dos talibans vieram os americanos e agora reina neste grande país uma situação indiscritível...
A sentença dos seus agressores foi reduzida a apenas 1 ano de prisão e eles estão livres novamente! Pior ainda: a Câmara dos Deputados de seu país, o Afeganistão, aprovou uma lei que proíbe que membros da família dos agressores testemunhem a violência em um tribunal. Isso fará com que inúmeras crianças e mulheres jamais consigam Justiça para seus casos.
Longe vai o tempo em que antes da "libertação" pelos talibans, em regime socialista, as mulheres deram um salto em frente na sua igualdade, desenvolvimento cultural e responsabilidades sociais. Depois dos talibans vieram os americanos e agora reina neste grande país uma situação indiscritível...
Frase de fim-de-semana, por Jorge
I am strongly in favour of using poisonous gas
against uncivilised tribes."
"Não percebo os escrúpulos sobre o uso de gás. (...)
Sou fortemente a favor do uso de gás venenoso
contra tribos não-civilizadas"
Winston Churchill
como presidente do Air Council
(minuta do War Office de 12 maio 1919)
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Este Estado, apesar da Constituição, está a ter uma ideologia capitalista e neo-liberal (1)
Ouvimos muita gente de direita a reclamar de uma definição que conferiria ao texto constitucional um carácter "ideológico" que passo a citar:
…“A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português
de defender a independência nacional, de garantir os direitos
fundamentais dos cidadãos, de estabelecer
os princípios basilares da democracia
de assegurar o primado do Estado de Direito democrático
e de abrir caminho para uma sociedade socialista,
no respeito da vontade do povo português, tendo em vista
a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno”(Artº4º).
Mas o que aconteceu na condução das políticas e na acção do Estado, após o início dos governos do arco da governação em 1776 (primeiro só PS, depois em 78 com o CDS, depois alargado ao PPM, que já após depois do assassinato de Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa em Dezembro de 1980, mudaria o 1º Ministro de Sá Carneiro para Pinto Balsemão, para estar hoje nas mãos do bando do Paulo e do Portas), foi algo que confrontou as novas realidades saídas da Revolução e expressas na Constituição.
A criação da União Europeia, pelo T. de Maastricht em 1993, e o seu aprofundamento com a criação de euro, em 1999, em que boa parte dos países, como Portugal, entrou com uma economia mais débil que os outros, adoptando uma moeda "cara" para que não tinha condições, serviu de pretexto para os PECs e o "resgate elaborado pela troika pròpriamente dita e pela troika cá da casa. Que deu origem à mais grave ofensiva contra direitos, remunerações e condições de vida dos trabalhadores e de classes intermédias de que há memória. Já então o neo-liberalismo se tinha espalhado como óleo nos bancos, governos, administrações de empresas públicas, certas chefias e quadros de apoio dos governos. O keynesianismo dera lugar ao neo-liberalismo. Isto não é ideologia? Então o que é ideologia???.
(em próximo post referirei a ideologia e o seu papel na situação financeira)
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Urbano Tavares Rodrigues: um escritor que não calaram
De férias, só hoje tive acesso um computador para deixar breves palavras sobre um Homem com quem tive o privilégio de partilhar a luta clandestina, semi-legal e em liberdade.
Já disseram muita coisa sobre o Urbano nestes dias.Quase todas certas. Ser comunista, convicto, coexistiu nele com uma grande capacidade de conviver com pessoas com outros ideais e a capacidade de analisar outras escritas e outros escritores.Com uma grande serenidade não gastava palavras, indo directamente à ideia clara para o debate. Respeitava os outros, com grande delicadeza e humanidade, mas era clara a expressão das idéias e propostas distintivas da sua condição de militante comunista, de uma enraízada formação marxista.
Foi o seu não compromisso com a direita ou o "arco do poder" que fez com que diversos poderes não tivessem premiado o Escritor em vida.
A .leitura da sua abundante produção literária ajuda-nos, com tratamento particular para as desigualdades e as relações de amor tão presentes presente na obra, que o leitor que o não conheceu
poderá conhecer o Escritor e o Homem.
Foi o seu não compromisso com a direita ou o "arco do poder" que fez com que diversos poderes não tivessem premiado o Escritor em vida.
A .leitura da sua abundante produção literária ajuda-nos, com tratamento particular para as desigualdades e as relações de amor tão presentes presente na obra, que o leitor que o não conheceu
poderá conhecer o Escritor e o Homem.
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