A primeira parte deste artigo, publicado há dias, abordou a ideologia neo-liberal do Estado e a sua relação com a Constituição.
Importa agora dizer que há 5 anos não foi nenhum factor económico intrínseco que deu origem à crise dos créditos de alto risco mas sim os grandes bancos de investimento .- que passaram a "mandar" no país com
os grandes grupos económicos - que organizaram os fundos especulativos e os "hedge funds".
Mas foram os Estados que com recursos públicos, endividando-se através dos orçamentos do Estado, acorreram a isso, atendendo aos níveis de desemprego, aumento dos déficites em relação PIB e da dívida pública com emissões de títulos. Este aumento de títulos e o seu valor, em mercado, elevaram-se e perigosamente, sem colidir com o investimento privado, e sem gerarem qualquer crescimento económico. Desta forma os mercados geram nesta situação uma nova bolha especulativa com implicações na dívida de cada país.
O papel do Estado diminui ou vê passar tudo isto. A economia real, o desemprego , as funções sociais do Estado sofrem com esta atitude dos mercados e dos Estados.
Para além da devastação no mundo do trabalho à escala planetária. Mesmo que se considerasse a presente crise apenas financeira, o que é certo é que nenhumas medidas foram tomadas nesse plano nos primeiros tempos da crise. Os especuladores concentraram-se em cada estado individualmente, As agências de rating não tiveram nenhum papel na prevenção de riscos, ante apostaram na desestabilização de economias sem excepção.
Em regime democrático era natural serem os Estados a regular os mercados. Porém, agora são os mercados a regularem os governos (encontrando formas específicas para regularem o sentido de voto dos cidadãos).
Esta é outra forma de reduzir a democracia que, com a integração europeia, o euro e outros aspectos do neo-liberalismo já a reduziram substancialmente.
LIVRAI-NOS DELES
Há 4 semanas
3 comentários:
Não sei se vivemos numa Democracia reduzida ou se já entrámos num outro sistema... Sinto que sim, e conviria caracterizá-lo.
Ainda não entramos noutro. sistema e o regime democrático ainda tem forças para se defender
Terá André terá se dermos TODOS uma forcinha...
A
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