sábado, 28 de fevereiro de 2015

Intervenção de Inês Zuber no Parlamento Europeu sobre a situação na Venezuela

 

Nos passados dias 11 e 12 de Fevereiro foi desmantelado um plano de golpe de Estado na Venezuela cujo modus operandi nos relembra países como o Chile nos anos 70. Aquela a que os golpistas chamaram "Operação Jericó" incluía desestabilizações na rua, com assassinatos provocados para criar o caos, a utilização de um avião de guerra Tucano, que viria do estrangeiro mas que teria as siglas das Forças Armadas da Venezuela, a utilização de um vídeo - já gravado - com supostos militares encapuçados, que dariam a notícia da rebelião militar, através, claro de canais como a CNN. Estava também previsto o assassinato do Presidente e o ataque a sedes do governo bem como, estrategicamente, à cadeia de televisão Telesur. Tudo tão articulado com o governo dos EUA que o próprio Vice-Presidente Joe Biden andou a dizer a vários países que o governo da Venezuela já não durava muito. Os políticos envolvidos na planificação do golpe subscreveram nessa semana um documento para a "transição"; prevendo a formação de uma Junta de Governo de transição.
Caros Senhores,
perante isto, os envolvidos estão presos e a ser investigados por crimes contra a segurança nacional e o sistema democrático do país. Os Senhores acham que a UE tem o direito de garantir a sua segurança, mas os venezuelanos já não têm. Porquê? Usem as vossas energias para exigir que os EUA cumpram as suas obrigações em matéria de não ingerência, no quadro do direito internacional. E não para apoiar golpes violentos contra governos constitucionais democraticamente eleitos pelos povos.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Até já Luís, meu cunhado e amigo


O Luís, meu cunhado, partiu. Não o quis  ver nesta fase, nos Capuchos. Iria chorar e com isso ele não se iria sentir bem. Tive uma sensação semelhante com o acompanhamento da fase final dos meus pais.
O Luís foi um dos pilares de uma família grande que sempre tivemos, com diversas configurações. Nas festas, já com a doença, tinha uma participação activa, com uma voz forte e as suas gargalhadas ecoavam na casa, brincando com a miudagem.
Sofreu muito nos últimos tempos, passou pelas aparentes melhoras que antecedem a morte.
A sua companheira, Teresa Candeias Bento teve um comportamento heróico, de firmeza, sofrimento não exposto e dando-lhe grande apoio. Os meus sentimentos, que já te dei Teresa mas também a minha admiração.
Foi um homem que teve uma vida cheia, nos combates do 25 de Abril, como sindicalista, e entre outras actividades foi administrador da EPUL, professor universitário, Presidente da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas e comentador convidado de rádios e televisões em que se destacou pela clareza, por um humanismo consequente.

Até já Luís, vais continuar connosco.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

No Brasil, intelectuais denunciam golpe contra Petrobras em manifesto

Documento assinado por nomes de peso do país, como Fabio Konder Comparato, Marilena Chauí, Cândido Mendes, Celso Amorim, João Pedro Stédile, Leonardo Boff, Luiz Pinguelli Rosa e Maria da Conceição Tavares, alerta para a tentativa de destruição da Petrobras e de seus fornecedores. Eles propõem um pacto pela democracia, e denunciam a intenção de mudar o modelo que rege a exploração do petróleo no Brasil.

Vêr na íntegra em http://www.vermelho.org.br/noticia/259321-8

        
 

Privatizações revertidas em 35 países - 180 cidades recuperam gestão da água


Nos últimos 15 anos, pelo menos 180 cidades de 35 países recuperaram o controlo dos serviços públicos de água e saneamento privatizados, segundo revela um estudo elaborado por três organizações internacionais (em anexo).

O primeiro mapa global da remunicipalização da água, publicado em Novembro de 2014, vem confirmar a tendência de regresso ao poder público destes serviços essenciais. Realizado conjuntamente pelo Instituto Transnacional (TNI), o Observatório das Multinacionais e a Unidade de Pesquisa de Serviços Públicos (PSIRU), o relatório destaca as grandes cidades que remunicipalizaram estes serviços: Atlanta e Indianápolis (EUA) Accra (Ghana), Almaty (Cazaquistão), Berlim (Alemanha), Buenos Aires (Argentina), Budapeste (Hungria), Dar es Salaam (Tanzânia), Jakarta (Indonésia), Kuala Lumpur (Malásia), Joanesburgo (África do Sul), La Paz (Bolívia), Maputo (Moçambique) e Paris (França).

Inversamente, no mesmo período, houve muito poucos casos de privatizações nas grandes cidades, de que são exemplo a cidade de Nagpur (Índia), que teve grande oposição e contestação, e de Jeddah (Arábia Saudita).

Nos chamados países ricos o ritmo das remunicipalizações duplicou nos últimos cinco anos, passando de 41 processos entre 2005 e 2009 para 81 entre 2010-2014.

Esta tendência foi particularmente visível em França, onde se registaram 33 casos desde 2010 contra apenas oito entre 2005 e 2009.

Os EUA foram o país com mais remunicipalizações (59), seguindo-se a França (49), a Alemanha (12), Argentina (4) e a Hungria e a África do Sul (3 cada).

 
Privado é pior

 As razões que levaram à remunicipalização são semelhantes por todo o mundo: desempenho medíocre das empresas privadas, sub-investimento, disputas sobre custos operacionais e aumento de preços, aumento brutal de tarifas, dificuldade em fiscalizar os operadores privados, falta de transparência financeira, despedimentos e deficiente qualidade de serviço.

A maioria das remunicipalizações ocorreu por rescisão dos contratos privados, antes de o prazo expirar.

Vários municípios tiveram de enfrentar duros contenciosos com os privados e pagar avultadas indemnizações. Por exemplo, a cidade de Indianápolis foi obrigada a pagar 29 milhões de dólares à multinacional francesa, Veolia, enquanto os habitantes de Berlim tiveram de suportar elevados custos com a compra das acções detidas por dois operadores privados.

Os autores do estudo consideram que estes conflitos devem alertar os políticos que ponderam a transferência da gestão da água para o sector privado, sublinhando que «a privatização, seja sob que forma for, ao invés de trazer a prometida gestão eficiente e inovação, tem produzido sistematicamente efeitos negativos a longo prazo para as comunidades locais e os seus governos».


Eliminando a lógica de maximização do lucro, imperativa na gestão privada, a gestão pública melhora o acesso e a qualidade dos serviços de água, constata o relatório, referindo exemplos tão diversos como o de Paris, Arenys de Munt (Espanha) e Almaty.

Por outro lado, a gestão pública permitiu aumentar significativamente o investimento, como é o caso de Grenoble (França), Buenos Aires e Arenys de Munt, onde o sistema tarifário foi revisto de forma a garantir o acesso à água às famílias com rendimentos mais baixos.

Por iniciativa do STAL e da campanha «Água de todos», o relatório já se encontra traduzido em português e pode ser consultado na íntegra em www.aguadetodos.com.

 

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Frase de fim-de-semana, por Jorge

"Il est dangereux d’avoir raison
dans des choses où des hommes accrédités ont tort."
"É perigoso ter razão onde
gente com autoridade está a errar."

Voltaire
filósofo iluminista
1694-1778

Azulejo de José João M. Gonçaves

 



Clark denuncia que foi Israel que criou o Emirato Islâmico (Daesh)


O general Wesley Clark que foi comandante supremo da NATO declarou à CNN que o Emirato Islâmico, também conhecido por Daesh, foi criado pelos "nossos amigos, pelos nossos aliados para derrotarem o Hezbollah". Conhecida a posição de Clark, sabe-se que ele se refere a Israel e não a outros países
Já há mais de treze anos que este general é porta-voz de um grupo de oficiais das forças armadas dos EUA que se opõem à influência que Israel estará a ter sobre a reconfiguração imperialista  do Médio Oriente. Exprimiu anteriormente a oposição da ida de tropas para o Iraque e às guerras conduzidas contra a Líbia e contra a Síria.
https://www.youtube.com/watch?v=QHLqaSZPe98#t=31

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Morte de três jornalistas norte-americanos quando investigavam envolvimento do seu governo no derrube das Torres Gémeas

Publicado na Quarta, 18 Fevereiro 2015 11:43
Aporrea - Tradução do Diário Liberdade

180215 bs

Fotos: Bob Simon, Ned Colt e David Carr
Tratam-se do ex-repórter internacional da NBC Ned Colt, o correspondente da CBS News Bob Simon, e o jornalista do New York Times David Carr.
Bob Simon, de 73 anos, foi assassinado na quarta-feira na cidade de Nova York em um acidente automobilístico e na quinta-feira Ned Colt, de 58 anos, dizia-se que tinha morrido por um derrame cerebral massivo, seguido em poucas horas por David Carr, de 58 anos, que teve um  colapso e morreu no seu escritório na sala de redação do New York Times.
Os três jornalistas mais Brian Willias, que teve que renunciar à NBC por "mentir" sobre uma notícia do Iraque, tinham formado uma companhia independente de notícias em vídeo no mês passado e apresentaram os documentos de segurança necessários que lhes permitiriam o acesso ao arquivo mais secreto do Kremlin, onde se encontrariam provas relacionadas com os atentados de 11 de setembro de 2001.
Em relação a esses arquivos do 9/11 em poder do Kremlin, o presidente Putin tinha alertado que iria divulgá-los.
180215 ncOs especialistas norte-americanos acham que, apesar do fato de as relações entre os EUA e a Rússia terem chegado ao ponto mais grave desde a Guerra Fria, Putin entregou a Obama problemas menores. Os analistas acham que isto seria só a "calma antes da tormenta".
Putin vai golpear e estaria a preparar o lançamento de provas da participação do governo dos Estados Unidos e dos serviços de inteligência nos ataques do 11 de setembro.
O motivo para o engano e o assassinato dos seus próprios cidadãos terá servido aos interesses das petrolíferas dos Estados Unidos no Médio Oriente e das suas empresas estatais.
A ponta de lança da empresa de notícias em vídeo independente que pretendia descobrir a verdade do 9/11 foi David Carr, quem no New York Times foi um protector de Edward Snowden e após ter visto o documentário Citizenfour, tratou de ir dormir "mas não podia".
Carr estava seriamente desiludido com o New York Times pela elaboração da memória da guerra da Ucrânia "e não só por não dizer a verdade, mas também pelos emblemas nazistas nos capacetes de soldados leais ao regime da Ucrânia lutando contra os rebeldes".
Outro que trabalhava muito com Williams e Carr neste projeto do vídeo do 9/11, foi Ned Colt, que após sair de NBC News continuava a ser amigo de toda a vida de Williams e aperfeiçoaram as suas habilidades humanitárias enquanto trabalharam no Comitê Internacional de Resgate. Por sua vez, Bob Simon considerava "extremamente lamentável" a manipulação dos meios de comunicação no período prévio à guerra dos Estados Unidos no Iraque.
180215 dcApós a destruição da imagem de Williams, e a estranha morte de Carr, Colt e Simon, o regime de Obama enviou um "mensagem clara" à elite norte-americana quanto à exposição dos seus segredos mais obscuros.
Pior ainda, as elites dos meios nos EUA agora fogem de medo e o regime de Obama ameaça os meios de comunicação alternativos com a ilegalização de todos os sites dissidentes.
Para isso tem uma escandalosa proposta legislativa de Ordem Fraternal da Policial Nacional para classificar qualquer crítica contra a policia nas redes sociais como um "crime de ódio".

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Presidente do Sudão acusa a CIA e a Mossad de estarem por detrás do Estado Islâmico e do Boko Haram


O presidente do Sudão denunciou, numa entrevista ao “Euronews”, que a CIA norte americana e a Mossad israelita estão por detrás dos grupos ISIS (Estado Islâmico) e Boko Haram.

Falava depois do ISIS ter publicado um vídeo sobre a execução de 31 cristãos coptas na Líbia, um acto que levou o Egipto e o Sudão a responderam com ataques Aéreos contra a zona onde Al-Bashir disse ao jornalista: “Disse que a CIA e a Mossad estão por detrás destas organizações; nenhum muçulmano seria capaz de realizar tais actos.”

O Boko Haram raptou 300 raparigas de uma escola na Nigéria no ano passado e mais recentemente reivindicou a responsabilidade pelo massacre em Baga, no nordeste da Nigéria, avisando que os assassinatos que se veem nos vídeos são apenas “a ponta do iceberg”.

O ISIS matou milhares de pessoas do Iraque e Síria no seu ataque sangrento e que dava o seu apoio ao esperado combate violento contra eles em resposta

Esta declaração foi feita depois do dirigente do Hezbollad do Líbano afirmar que a CIA e a Mossad estavam por detrás do grupo extremista, de acordo com a Associated Press.

Já em Janeiro, o presidente da Câmara da maior cidade turca de Antara que a Mossad estava envolvida no massacre contra o Charlie Hebdo, cometido por militantes islamitas. Explicando a teoria da conspiração sugeriu que Israel esteve por detrás porque queria criar inimizade contra o Islão, segundo o Finantial Times reportou (ver também o caso do jovem do ISIS que em gravação em lágrimas se desculpou).

A discussão alargou-se e o Presidente foi confrontado com  o relatório do Human Rights Watch denunciando que mais de 200 mulheres e raparigas foram violadas por tropas sudanesas num assalto a Dabit, no norte da cidade de Darfur, que a organização diz ter ocorrido em 30 de Outubro.

Segundo o Euronews, o presidente  desmentiu   o relatório dizendo que essa questão tinha sido transmitida pela Rádio Dabanga, hostil ao regime e fundada por um israelita.

A entrevista completa com al-Bashir vai poara o Ar, amanhã, 4ª f.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Frase de fim-de-semana, por Jorge


"Things don't have to change the world 
to be important."
"As coisas, para serem importantes, 
não precisam de mudar o mundo."
Steve Jobs 
empresário americano 
fundador da Apple 
1955-2011

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Catherine Chatignoux, chefe adjunta de um jornal do grande patronto diz o que Cavaco, Passos Coelho e Portas deveriam afirmar

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L'arrivée au pouvoir de la « gauche radicale » grecque a frappé les esprits européens par trois minirévolutions : un bannissement général des cravates, l'affichage d'une laïcité revendiquée et... un certain machisme, le gouvernement ne comptant que 6 femmes pour 33 hommes. Mais la rupture la plus importante et la plus dérangeante pour l'Europe se situe évidemment ailleurs : dans la demande du nouveau Premier ministre, Aléxis Tsípras, de renégocier la dette et d'abandonner le programme d'austérité qui lui est intimement lié. La position du gouvernement a été résumée clairement par son ministre des Finances, Yánis Varoufákis. Tout juste nommé, ce dernier a expliqué à la BBC que « en Grèce, la question de l'insoutenabilité de la dette avait été traitée comme un problème de liquidité ». En d'autres termes, c'est parce que la dette grecque a été considérée à tort comme soutenable en 2010 que les Européens et le FMI ont soumis la Grèce à un traitement de choc qui s'est révélé non seulement fatal pour la croissance et la cohésion sociale, mais aussi contre-productif : loin de provoquer le coup de fouet espéré, la déflation interne a fait plonger la Grèce dans une profonde récession. Le pays a perdu un quart de sa richesse produite et le chômage a explosé.
Jusqu'à présent, les dirigeants européens ont fait la sourde oreille. Le fait que cette demande de renégociation de la dette émane de « la gauche radicale », peu crédible sur le plan économique et politiquement inexpérimentée, a pu autoriser les gouvernements européens à prendre de haut ses deux principaux émissaires : Aléxis Tsípras et Yánis Varoufákis. De Paris à Berlin, on les a qualifiés au mieux de « doux rêveurs », au pire de dangereux irresponsables prêts à menacer les contribuables allemands et français.
Pourtant, la Grèce ne manque pas d'arguments pour réclamer une remise à plat des conditions de remboursement de sa dette. Ils ont été livrés au fil du temps par les experts du FMI eux-mêmes et au plus haut niveau.
En juillet 2012, quelques mois après la mise en place d'un deuxième plan de soutien à la Grèce, l'ex-représentant du pays au Fonds, Panayotis Roumeliotis, aujourd'hui vice-président de la Banque du Pirée, révèle au « New York Times » que le débat a fait rage au début de la crise grecque en 2010 sur la soutenabilité de la dette. « Nous savions dès le début que ce programme était impossible à mettre en oeuvre », notamment parce que, la Grèce étant dans l'euro, elle ne pouvait pas dévaluer. Le FMI a fini par accepter de financer le programme grec, parce que le risque systémique lié à la contagion de la crise grecque était très élevé. Il a quand même fallu changer les statuts du Fonds pour déroger aux règles qui exigent qu'un pays ne peut être aidé que s'il est solvable.
Quelques mois plus tard, en octobre 2012, le FMI livre un autre aveu : il a sous-estimé l'impact des plans d'austérité dans les pays sous programme de la zone euro. L'économiste en chef du Fonds, Olivier Blanchard, fait un discret mea culpa dans le rapport économique annuel, en reconnaissant que les « multiplicateurs » utilisés pour mesurer l'effet des politiques d'assainissement budgétaire sont en réalité bien plus importants qu'escompté.
A ce moment-là, la Grèce est en train de vivre sa cinquième année de récession, 2012 se terminant sur un recul du PIB de 6,6 %. Etrangement, cet acte de contrition ne va rien modifier à la politique budgétaire appliquée en Grèce : les revues de la troïka se poursuivent avec la même sévérité. Lors des dernières négociations avec le gouvernement Samaras à l'automne dernier, la troïka exigeait encore de réduire le niveau des retraites dans le but de dégager le surplus budgétaire inscrit dans le mémorandum d'aide.
L'autocritique la plus spectaculaire du FMI émane de l'ancien directeur de son département Europe. Jusqu'en juillet 2014, c'est lui qui supervisait, de Washington, les négociations entre la troïka et les autorités grecques. Dans une « opinion » publiée par le « Financial Times » le 25 janvier, Reza Moghadam affirme que « les plans actuels pour porter l'excédent primaire de 1,5 % à 4,5 % à partir de 2016 », dans le but de rembourser rapidement la dette, « menaceraient la cohésion sociale qui anéantirait toute chance de reprise économique ». « Politiquement, c'est hors de portée », assure-t-il. Dès lors, il propose ce qu'il s'est bien gardé de suggérer lorsqu'il était au FMI : « la réduction de moitié de la dette grecque » ! Au passage, il crédite le parti Syriza d'une virginité politique qui pourrait rendre la nouvelle équipe plus efficace dans sa lutte contre l'évasion fiscale et la réforme de l'administration.
Il y aurait donc deux vérités s'agissant de la Grèce : l'une, immanente, à laquelle on s'accrocherait quand on est à l'intérieur du système de la troïka, au nom de la stabilité financière de la zone euro et de l'aléa moral. Il faudrait alors imposer coûte que coûte un régime draconien à un pays potentiellement insolvable. Et l'autre, qu'on dévoilerait d'urgence dès qu'on est sorti des cénacles officiels pour faire savoir à ceux qui n'ont aucun pouvoir de changer les choses que l'acharnement thérapeutique appliqué à la Grèce mène tout droit dans le mur.
La simple reconnaissance par le FMI de ses nombreuses erreurs justifierait à elle seule la remise à plat du programme de soutien à la Grèce, réclamé aujourd'hui par Aléxis Tsípras. Même si cela oblige les dirigeants européens eux-mêmes à un douloureux examen de conscience. 
Catherine Chatignoux
 Chef-adjointe du service Monde

En savoir plus sur 

http://www.lesechos.fr/idees-debats/editos-analyses/0204146896346-lentetement-coupable-du-fmi-face-a-la-crise-grecque-1092115.php?Lufd6Xwi0eYFq85X.99

domingo, 8 de fevereiro de 2015

frase e fim-de-semana, por Jorge

"The man who is swimming against the stream
 knows the strength of it."
"Quem nada contra a corrente
 conhece-lhe a força"

Woodrow Wilson 
28º presidente dos EUA 
1856-1924

A leviandade do imperialismo

Dois factos nos nossos dias de hoje revelam até que ponto esta leviandade nos pode levar, particularmente no que respeita a uma 3ªa Guerra Mundial.

Um deles respeita ao conflito entre a Ucrânia e duas das suas regiões que, em referendo, declararam a 
sua independência, pela perseguição aos russos ucranianos feita depois do golpe fascista de 2013, do qual   saiu um governo ilegítimo, apesar de, entretanto o actual Presidente já ter sido eleito num ambiente de medo.
As tropas deste governo fascista tem bombardeado não só as milícias (com funções militares e civis, criadas após o afastamento das tropas ucranianas, a que no ocidente se chamam os "rebeldes pró-russos").
Merkl e Hollande junto de Putin procuram novo acordo de paz (o anterior foi rompido pelo governo ucraniano) mas nos EUA os tambores de guerra soam mais alto e a NATO vai duplicar as suas forças no apoio directo às agressões da Ucrânia. o "inimigo" é a Rússia, de novo diabolizada como nos tempos de Macarthy.
As sanções contra a Rússia são fortes. A grande queda do preço do petróleo teve efeitos terríveis nos grandes produtores como a Rússia ou Angola, obrigando estes países a cortarem importações . Passos Coelho vai ter que explicar aos portugueses porque é esteve de acordo com essas sanções e o que tem de dizer à perda de importantes cotas no mercado russo dos nossos agro-alimentar, vinhos, calçado, etc.
E o mesmo às empresas que estão a fechar portas  em Angola e a deixar sem trabalho muitos portugueses.
Na Ucrânia alastra a revolta contra o governo mas o ambiente de medo é muito grande.
O risco da guerra aumentou muito nos últimos dias.


A outra é a desconsideração dos dirigentes da UE para com o povo grego e as propostas do seu novo governo. A UE não cede, é cada vez mais claro que quer afastar a Grécia do euro e da UE. Com as resistências nacionais ao euro e esta luta dos gregos contra o diktat de Bruxelas, a UE eleva o nível das tensões mas, já nada será como dantes. O povo grego poderá ainda encontrar soluções fora da UE e, sendo da NATO, agravar-se-á a tensão nos Balcãs uma vez mais.
Continuemos atentos e passemos a palavra.

Eduardo Galeano "O homem é livre no momento em que o deseja ser"