sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Frase de fim-de-semana, por Jorge

 
 
 
"Every great dream begins with a dreamer."
"Todos os grandes sonhos começam
com sonhadores"
Harriet Tubman
abolicionista afro-americana
1822-1913

domingo, 26 de outubro de 2014

Dilma e o PT ganharam as eleições de hoje no Brasil

  1. 23h04 - A reeleição de Dilma está por toda a imprensa internacional. O "New York Times", que tem a notícia em manchete, fala numa campanha marcada por "acusações de corrupção, insultos pessoais e debates quentes." O britânico "The Guardian" destaca o domínio da esquerda na América Latina: "A sua vitória, que surge depois de vitórias nos últimos dois anos de aliados na Venezuela, Bolívia, Equador e Chile, aumenta o domínio de uma década da política da América do Sul por partidos de esquerda."

Forças e interesses em conflito na desestruturação do Médio Oriente

O professor José Manuel Anes disse há dias, num jantar/ tertúlia na Mesquita Central de Lisboa, que o Califado está a instituir no seu território padrões de vida importantes. Mas não há imagens nem reportagens que o demonstrem. A desconfiança em relação ao Islão no Ocidente, o ganhar-se muito dinheiro nas fileiras do EI, serão alguns dos factores que mobilizam jovens europeus a juntarem-se aos jihadistas. Referiu pormenorizadamente à unidade o número de terroristas vindos de dezenas de países, informação dos serviços secretos (de quem?), que teria feito inveja ao ministro
No mesmo evento, a jornalista Cândida Pinto disse que era difícil aos jornalistas terem acesso aos territórios dominados pelo EI. Mas se a vida lá é promissora porquê tais dificuldades de acesso dos jornalistas? Os jornalistas não têm feito reportagens sobre ataques feitos pelos EI, incorporados nas tropas deste? Só a CNN tem a exclusividade? Ou será que nos têm estado apenas a servir vídeos feitos algures, sabe-se lá onde?

Também não vimos imagens dos cerca de 500 mortos feitos pela aviação norte-americana. A contabilidade dos mortos, feita pelo Observatório Sírio dos Direitos do Homem (um dos organismos dirigidos pela CIA para o combate contra Assad e o seu país) é impecável mas…onde estão eles? Como é isso compatível com a progressão na Síria do EI ?
A única coisa que parece real é serem as milícias curdas (peshmergas) a combaterem na Síria para evitarem a tomada pelo EI da cidade síria de Kobani, que, a realizar-se seria seguida da chacina dos derrotados (militares mas também civis).
Progressão em que os EUA estão mais interessados, porque não conseguiram que o Ibrahim do Exército Sírio de Libertação, travestido agora no Ibrahim do EI, não conseguiu atingir esse objectivo ao longo de muitos meses de destruição e morte.

Na cobertura pelo Público no passado dia 23 sobre esta tertúlia, o jornal entendeu omitir a minha intervenção nela. Passe a imodéstia, mas creio ter contribuído para uma discussão mais objectiva e não tão nebulosa como a feita pelos dois oradores anunciados. Falei sobre o que é o EI, a evolução na sua composição interna, a perda de referências islâmicas, a reconfiguração de diferentes grupo jihadistas de acordo com a situação em que operam, desde a guerra do Afeganistão, sobre a responsabilidade dos EUA nesta “guerra”, sobre as consequências que poderá ter para os países produtores de petróleo da região a queda abrupta do dólar decidida pelos States com apoio da Arábia Saudita.

Aspectos vários de um estado comatoso

g    O governo prolonga um estado comatoso com morte anunciada. Mas Passos Coelho ainda tem mais algumas coisas para privatizar ou concessionar, legislação celerada para aprovar, apoios a grupos económicos, apesar da amarga experiência de uma rede tentacular dos Espíritos Santos que dominou parte importante do país.
 
Aqui com 3 que viriam a cair
2.       É de referir que a passagem de Ricardo Salgado e Zeinal Bava de bestiais a bestas é a consequência da leviandade de quem procura exemplos de sucesso neste capitalismo que vai deitando as pessoas fora para aumentar os lucros dos mais poderosos. Irá Zeinal Bava ficar a rir-se de nós, como o fez em tantas imagens nestes anos, com o balúrdio que vai receber de “indemnizações”? Num país em que os administradores executivos dos grupos, revelado em estudo recente da Harvard Business School, ganham em média mais que 53 vezes os respectivos trabalhadores…Se o Ricardo Salgado for para a cadeia (a ver vamos) o Bava também deve ir.


3.       Atingir ou não o déficite dos 4% para cumprir com as exigências de Berlim é feito com malabarismos à custa das reduções das dotações para as responsabilidades das funções sociais do Estado, a manutenção de cortes nos salários e pensões, a venda ao desbarato de muito e importante património e o retrocesso no investimento produtivo do Estado.

4.       O governo já se deveria ter demitido. Como não o quer, temos que trabalhar por eleições antecipadas resultantes da sua demissão.

Enquanto as mazelas estão à vista, o ex-comentador do Público e agora Secretário do Estado Pedro Lomba mais o dinâmico Mendes Bota defendem a legalização dos lobbies. Argumentando este último que “temos de acabar com as coisas escondidas (o lobby é transparente?) em política (a deles seguramente porque ninguém lhe deu mandato para falar em nome de outros). Há uma grande confusão sobre o que é a actividade do lobby profissionalizada e regulamentada (qual a confusão, os maravedis não escorrem na mesma?) e o que é o conflito de interesses por baixo da mesa, o que é o Portugalinho das cunhas, em que à mesa de um restaurantezinho porreiro se faz a cunha de forma menos correcta” (que visão tão desactualizada da função…). Querem empregos e economia a crescer? Recorram ao lobby (paga IVA o serviço?)…


5.      Na frente externa, depois do recuo nas nossas exportações, o governo não dá indicação de como a queda abrupta dos preços do petróleo, feita como “represália” a Moscovo, está a atingir a nossa e as demais economias europeias. No Conselho Europeu reclamou e “venceu” na deliberação do CE a possibilidade das linhas eléctricas atravessarem as fronteiras de cada par de países europeus atingindo em 2030 os 15% da capacidade instalada, levando os mercados a aproximarem-se nos mecanismos de preços e governação. Isto é, Moreira da Silva em nome do lobbie energético quer que os portugueses paguem uma factura maior de electricidade no futuro, não estando previsto a que é que a harmonização das governações poderia dar origem no plano institucional.


6.       Atingir ou não o déficite dos 4% é preocupação do governo. Multiplica-se em malabarismos para os atingir à custa das reduções das dotações para as funções sociais do Estado, do investimento produtivo, e da manutenção de cortes nos salários e pensões. O OE reflecte essas preocupações do governo.


7.       O PS deixou cair a reestruturação da dívida, que já defendeu, para sossegar Berlim. Encontra uma“alternativa” que é um arrazoado e não alternativa. Assim se vai encostando o PS à direita por iniciativa própria e não, como dizem algumas cabeças bem pensantes, por causa do “sectarismo do PCP”.O PS criou muitas expectativas com Hollande. Como vai reagir agora ao Manuel Valls? 

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Frase de fim-de-semana, por Jorge


"Minds are like parachutes. 
They work best when open."
"A mente é como um paraquedas.
funciona melhor quando se abre"

Thomas Dewar
produtor escocês de whisky,
1864-1930

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Deviam estar todos presos, Nicolau Santos

Se deviam estar todos presos – e a maioria dos portugueses pensa que sim – porque é que não estão?
(Resposta no fim)



Deviam estar todos presos

Até agora considerava-se que, entre todos os bancos portugueses que tiveram problemas, só o BPN era verdadeiramente um caso de polícia. Mas à medida que se conhecem mais pormenores sobre o que se passou nos últimos meses no BES cada vez temos mais a certeza que estamos perante um segundo caso de polícia. Daí a pergunta: porque é que não estão todos presos?

Se não, vejamos. Depois de ter sido proibido pelo Banco de Portugal de continuar a conceder novos créditos ao Grupo Espírito Santo a partir de Janeiro deste ano, o BES continuou a fazê-lo - e, segundo as indicações, fê-lo no montante de 1,2 mil milhões de euros. E das duas uma: ou fê-lo com conhecimento de toda a administração, que sabia da proibição do Banco de Portugal; ou fê-lo por decisão de apenas duas pessoas - Ricardo Salgado e Amílcar Morais Pires. 

No primeiro caso, todos deviam estar já presos; no segundo, os dois deviam estar detidos. Para além de desobedecerem ao banco central, lesaram gravemente o património do banco, sabendo conscientemente que o estavam a fazer. 

Quanto aos outros membros do conselho de administração, se não foram coniventes, foram pelo menos incompetentes. Tinham responsabilidades em várias áreas de controlo da actividade do banco e ou não deram por nada ou, se deram, não fizeram nada. Por isso, fez muito bem o Banco de Portugal em afastar Joaquim Goes, António Souto e Rui Silveira.

Mas e a Tranquilidade? A Tranquilidade que também continuou a investir em empresas do GES este ano sabendo do estado em que se encontravam? O presidente executivo Pedro Brito e Cunha, que é primo de Ricardo Salgado, tomou essas decisões com base em quê? Na relação familiar, como é óbvio. Devia estar detido igualmente. 

Lesou gravemente e de forma consciente o património da seguradora. E Rui Leão Martinho, o presidente não executivo da Tranquilidade e ex-presidente do Instituto de Seguros de Portugal, não sabia de nada? 

De novo, das duas uma: ou é incompetente ou foi conivente. Em qualquer caso, já se devia ter demitido ou ter sido demitido. Mas a verdade é que o Instituto de Seguros de Portugal parece estar perdido em combate. O presidente José Almaça não tem nada para dizer? Não tem nada para fazer?

Já agora, António Souto, que o BdP suspendeu da administração do BES é membro do conselho de administração da Tranquilidade. Vai continuar neste cargo? E Rui Silveira, igualmente afastado da administração do BES, é do conselho fiscal da Tranquilidade. Também se vai manter na seguradora?

Por tudo isto se vê o polvo em que se tornou o GES, tendo no seu centro o BES. Nem todos têm as mesmas responsabilidades. Mas há vários dos seus dirigentes que já deviam estar detidos e sem direito a caução pelos danos que estão a causar a muitos dos que neles País confiaram e ao próprio País.

Então, a pergunta é:

- Porque é que não estão todos presos?

E a resposta, óbvia, só pode ser:

- Porque eles são, de facto, os donos disto tudo. Das leis, da Justiça, dos governos, do parlamento. E, por consequência, de todos nós.

Não ouviram, na passada terça-feira, na Assembleia da República, a propósito destruição da PT devido ao caso BES – e às opções dos seus gurus – Pedro Passos Coelho dizer que não é nada com ele? Mesmo que o país perca milhões com isso, nacionalizar está fora de questão? Só se podem nacionalizar os prejuízos, não é verdade?!

E tu deixas…?

Grandes fotógrafos, grandes imagens, por Jorge

Horst Fass - a partir de quem, cobrir com uma câmara o horror da guerra passou a seguir novos padrões

prémio Pulitzer 1965 e 1972
J
Vietnam 1964 - Um camponês mostra a uma brigada motorizada do Vietcong
uma criança completamente queimada pelo napalm norte-americano

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A grande besta!

"Prefiro que mil mães palestinianas chorem a que uma mãe judia o faça"



A afirmação é do ministro dos Transportes israelita Israel Katz, que teme que os fundos para reabilitar a Faixa de Gaza sejam usados pelo Hamas para fins terroristas. ONU diz-se firme na defesa da "solução de dois estados" e em Jerusalém houve confrontos entre muçulmanos e judeus.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ministro-israelita-prefiro-que-mil-maes-palestinianas-chorem-a-que-uma-mae-judia-o-faca=f893524#ixzz3GRFXgKNt

Frase de fim-de-semana, por Jorge


"Généralement, les gens qui savent peu 
parlent beaucoup, 
et les gens qui savent beaucoup parlent peu."
"Em geral, as pessoas que sabem pouco
falam muito e as que sabem muito falam pouco."

J. J. Rousseau
Filósofo e músico genebrino, 1712-1778

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

BISCATES, por Carlos de Matos ​ Gomes, militar de Abril

   

«Não somos 
​ responsáveis apenas pelo que fazemos,
mas também pelo que deixamos de fazer.»
                                                                                                                                                    Molière. 

 Para que servem as primeiras páginas dos jornais e os grandes casos dos noticiários das TV?

Se pensarmos no que as primeiras páginas e as aberturas dos telejornais nos disseram enquanto decorriam as traficâncias que iriam dar origem aos casos do BPN, do BPP, dos submarinos, das PPP, dos SWAPs, da dívida, e agora do Espírito Santo, é fácil concluir que servem para nos tourear.

Desde 2008 que as primeiras páginas dos Correios das Manhãs, os telejornais das Moura Guedes, os comentários dos Medinas Carreiras, dos Gomes Ferreiras, dos Camilos Lourenços, dos assessores do Presidente da República, dos assessores e boys dos gabinetes dos ministros, dos jornalistas de investigação, nos andam a falar de tudo e mais alguma coisa, excepto das grandes vigarices, aquelas que, de facto, colocam em causa o governo das nossas vidas,da nossa sociedade, os nossos empregos, os nossos salários, as nossas pensões, o futuro dos nossos filhos, dos nossos netos.

Que me lembre falaram do caso Freeport, do caso do exame de inglês de Sócrates, da casa da mãe do Sócrates,do tio do Sócrates, do primo do Sócrates que foi treinar artes marciais para a China, enfim que o Sócrates se estava a abotoar com umas massas que davam para passar um ano em Paris, mas nem uma página sobre os Espirito Santo! É claro que é importante saber se um primeiro ministro é merecedor de confiança, mas também é, julgo, importante saber se os Donos Disto Tudo o são. E, quanto a estes, nem uma palavra.
O máximo que sei é que alguns passam férias na Comporta a brincar aos pobrezinhos. Eu, que sei tudo do Freeport, não sei nada da Rioforte! E esta minha informação, num caso, e falta dela, noutro, não pode ser fruto do acaso. 

Os 
directores de informação são responsáveis pela decisão 

de saber uma e desconhecer outra.
Os jornais, os jornalistas, andaram a tourear o público que 
compra jornais e que vê telejornais.Em vez de directores de informação e jornalistas, temos novilheiros, bandarilheiros, apoderados, moços de estoques, em vez de notícias temos chicuelinas.

Não tenho nenhuma confiança no espírito de auto critica 
dos jornalistas que dirigem e condicionam o meu acesso à informação: todos eles aparecerão com uma cara à José Alberto de Carvalho, à Rodrigues dos Santos, à Guedes de Carvalho, à Judite de Sousa (entre tantos outros) a dar as mesmas notícias sobre os gravíssimos casos da sucata, dos apelos ao consenso do venerando chefe de Estado, do desempenho das exportações, dos engarrafamentos do IC 19, das notas a matemática, do roubo das máquinas multibanco,da vinda de um rebenta canelas uzebeque para o ataque do Paiolense de Cima, dos enjoos de uma apresentadeira de TV,das tiradas filosóficas da Teresa Guilherme. Todos continuarão a acenar-me com um pano diante dos olhos para eu não ver o que se passa onde se decide tudo o que me diz respeito.
Tenho a máxima confiança no profissionalismo dos directores de informação, que eles continuarão a fazer o que melhor sabem: tourear-nos. Abanar-nos diante dos olhos uma falsa ameaça para nos fazerem investir contra ela enquanto alguém nos espeta umas farpas no cachaço e os empresários arrecadam o dinheiro do respeitável público.

Não temos comunicação social: temos quadrilhas de 
toureiros, uns a pé, outros a cavalo.
Uma primeira página de um jornal é, hoje em dia e após o  
silêncio sobre os Espirito Santo, um passe de peito.
Uma segunda página será uma sorte de bandarilhas.
Um editor é um embolador, um tipo que enfia umas peúgas de 
couro nos cornos do touro para a marrada não doer.
Um director de informação é um “inteligente” que 
dirige uma corrida.

Quando uma estação de televisão convida um Camilo 
Lourenço, um Proença de Carvalho, um Gomes Ferreira, um João Duque, um Judice, um Marcelo, um Miguel Sousa Tavares,um Angelo Correia, devia anunciá-los como um grupo de forcados: Os Amadores do Espirito Santo, por exemplo. Eles pegam-nos sempre e imobilizam-nos. Caem-nos literalmente em cima.

As primeiras páginas do Correio da Manhã podiam começar 
por uma introdução diária: Para não falarmos de toiros mansos, os nossos queridos espectadores, nem de toureios manhosos, os nossos queridos comentadores, temos as habituais notícias de José Sócrates, do memorando da troika, da imperiosa necessidade de pagar as nossas dividas.

Todos os programas de comentário político nas TV deviam 
começar com a música de um passo doble. Ou com a premonitória “Tourada” do Ary dos Santos, cantada pelo Fernando Tordo.
O silêncio que os “negócios “ da família "Dona 
​ 
Disto Tudo" mereceu da comunicação social, tão 
exigente noutros casos, é um atestado de cumplicidade:
uns, os jornalistas venderam-se, outros queriam ser como os Espirito Santo. Em qualquer caso, as redacções dos jornais e das TV estão cheias de Espiritos Santos.
Em termos tauromquicos, na melhor das hipóteses não temos jornalistas, mas moços de estoques. Na pior, temos as redacções cheias de vacas a que se chamam na gíria as “chocas”.

O que o silêncio cúmplice, deliberadamente cúmplice, feito sobre o caso Espirito Santo, o que a técnica do 
desvio de atenções, já usada por Goebels, o ministro da propaganda de Hitler, revelam é que temos uma comunicação social avacalhada, que não merece nenhuma confiança.
Quando um jornal, uma TV deu uma notícia na primeira página sobre Sócrates( e falo dele porque a comunicação social montou sobre ele um operação de barragem pelo fogo,que na altura justificou com o direito a sabermos o que se passava com quem nos governava e se esqueceu de nos informar sobre quem se governava) ficamos agora a saber que esteve a fazer como o toureiro, a abanar-nos um trapo diante dos olhos para nos enganar com ele e a esconder as suas verdadeiras intenções: dar-nos uma estocada fatal!

Porque será que comentadores e seus patrões, tão lestos a 
opinar sobre pensões de reforma, TSU, competitividade, despedimentos, aumentos de impostos, gente tão distinta como Miguel Júdice, Proença de Carvalho, Angelo Correia, Soares dos Santos, Ulrich, Maria João Avilez e esposo  Vanzeller, não aparecem agora a dar a cara pelos amigos Espirito Santo?

Porque será que os jornais e as televisões não os chamam, agora que acabou o campeonato da bola?

Um grande Olé aos que estão agachados nas trincheiras, atrás dos burladeros!

 Carlos de Matos Gomes 
Nascido em 24/07/1946, em V. N. da Barquinha. Coronel do Exército (reforma).
Cumpriu três comissões na guerra colonial: em Angola, Moçambique e Guiné, nas tropas especiais «comandos».

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Morales e o MAS têm nova vitória!


Com mais de 60 por cento dos votos, Evo Morales e o MAS venceram as eleições do domingo passado na Bolívia. Seguiu-se a Unidade Democrata com aproximadamente 18%, o Partido Democrata Cristão com 17%. Isto de acordo com os resultados iniciais referidos pelo Tribunal Supremo Eleitoral e as projecções da Agência IPSOS. O MAS ganha em todos os departamentos do país, excepto no departamento de Beni.  No departamento de Santa Cruz, Evo tem a  maioria com 49,9% seguido por Doria Medina, com 38% dos votos expressos.
130 deputados e 36 senadores foram escolhidos por um pouco mais de 6 milhões de eleitores e uma participação de mais de 80% dos cadernos eleitorais. Este resultado é maior do que o ganho esperado é  que é de cerca de 60%. Se mantiver esses dados poderia garantir a maioria absoluta na Assembleia multinacional da Bolívia.

Para esta eleição foi muito importante a participação eleitoral dos bolivianos residentes no exterior, com mais de 30 países onde se funcionaram mesas e mais de 7000 delegados eleitorais. Os eleitores inscritos no exterior chegaram aos 272 mil.

Tudo se conjuga para a UE nos tirar o controlo sobre a água

https://www.youtube.com/watch?v=I5X9ioO9x9A


sábado, 11 de outubro de 2014

Alguns elementos sobre o período das presidências de Lula da Silva e Dilma Rousseff:

Alguns dos indicadores do Brasil entre 2002 e 2013,
  • O PIB triplicou, assim como o PIB per capita
  • Os lucros das entidades financeiras públicas – Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social, Banco do Brasil e Caixa Económica Federal –, passaram de 550 milhões de reais, 1,1 mil milhões e dois mil milhões de reais, respectivamente, para 8,15 mil milhões, 15,8 mil milhões e 6,7 mil milhões de reais
  • A produção agrícola praticamente duplicou, passando de 97 milhões de toneladas para 188 milhões
  • O investimento estrangeiro cresceu mais de 380 por cento, as reservas internacionais aumentaram mais de 1000 por cento e a proporção da dívida face a estas passou de 557 por cento para 81 por cento
  • O total de empregos criados passou de 627 mil ao ano para 1,79 milhões anualmente, contribuindo para a queda do desemprego de 12,2 por cento para 5,4 por cento
  • O número de falências caiu cinco vezes, o salário mínimo passou de 200 reais para 724 reais (praticamente duplicou a capacidade aquisitiva de bens do cabaz básico), e a inflação média anual desceu de 9,1 por cento para 5,8 por cento
  • O Programa Universidade para Todos entrega 1,2 milhões de bolsas de estudo e os estudantes do Ensino Superior passaram de 583 mil 800 para mais de um milhão
  • O programa de capacitação técnico-profissional envolve seis milhões de pessoas, e os programas Minha Casa Minha Vida e Luz Para Todos beneficiam 1,5 milhões de famílias e 9,5 milhões de pessoas, respectivamente
  • Foram criadas quase 6500 cresces, contratados 14 mil médicos beneficiando 50 milhões de pessoas, e 22 milhões de pessoas foram arrancadas da miséria extrema
  • Os indicadores de desigualdade social caíram 11,4 por cento, a taxa de pobreza passou de 34 por cento para 15 por cento, e a de pobreza extrema de 15 por cento para 5,2 por cento
  • A mortalidade infantil passou de 25,3 por mil para 12,9 por mil, os gastos públicos em Saúde passaram de 28 mil milhões de reais para 106 mil milhões, e os em Educação passaram de 17 mil milhões para 94 mil milhões
  •  As comarcas de justiça federal passaram de 100 para 513 e as operações da polícia federal passaram de 48 para quase 1300
(divulgados por Luiz Alberto Bandeira no Pátria Latina)



terça-feira, 7 de outubro de 2014

A hora do bufo, por Jorge



Num vale escarpado da zona de Sagres, caía ontem a noite e a neblina depois do sol se pôr;
 no escuro de um buraco da rocha calcária, dois pontos alaranjados fixavam atentamente o exterior: um bufo real!a maior ave noturna do planeta! (poderosa e rara, alvo dos traficantes mercenários que dos seus ovos e crias fazem miserável negócio - daí o “pacto de silêncio” para não revelar o sítio, entre guia e felizes observadores)

O grande mocho, Bubo bubo de seu nome científico, aguarda a hora certa para sair…
de repente, o clarão esbranquiçado do metro e setenta das suas asas explode e ele poisa calmo e pesado numa pedra próxima
Vai-se ouvir a partir de então um poderoso e profundo UU-uu que matematicamente se repetirá, mesmo quando dali voar para outro poiso, marcando por muito tempo a larga vastidão dos seus domínios de 4-5km de extensão!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Viragem à esquerda na Letónia

A primeira-ministra derrotada
O partido letão pró-russo Harmonia venceu as eleições legislativas de sábado na Letónia, tendo-se tornado na força mais votada, ao conquistar 25,38% dos votos e mais de metade dos assentos parlamentares do país.  
Os primeiros resultados oficiais, publicados pelo Comité Eleitoral Central (CEC) letão, deitaram por terra as sondagens realizadas após o fecho das urnas, que apontavam para uma vitória da coligação de centro-direita liderada pela primeira-ministra da Letónia, Laimdota Straujuma.    
Após a contagem dos votos em 614 assembleias dos 1054 colégios eleitorais, a formação de centro-direita que governa a Letónia, Unidade, passou a terceira força no país, tendo obtido 19,96% dos votos, depois da formação Unidade dos Verdes e Camponeses, com 20,45%.
O partido letão Harmonia representa a numerosa minoria russa do Estado do Báltico, é liderado pelo presidente da câmara municipal de Riga, Nil Ushakov, e um estudo de opinião, realizado na semana que antecedeu as eleições, atribuía-lhe 18,4% dos votos, seguido da conservadora Unidade (11,8%), que lidera a atual coligação governamental.
Nas últimas legislativas de setembro de 2011, o então designado "Centro Harmonia" de Ushakov também garantiu a primeira posição com 28% dos votos, elegendo 31 dos 100 deputados para o Saeima (parlamento), mas sem conseguir formar governo.  
O parlamento eleito deve formar um novo executivo que vai substituir o governo de coligação anunciado há nove meses, liderado pela primeira-ministra Laimdota Straujuma, a primeira mulher a assumir estas funções no pequeno país báltico.     
No início de janeiro, a Letónia tornou-se no 18.º membro da zona euro, o que suscitou uma profunda divisão no país.
(Lusa hoje)


Reflexão de um cidadão norte-americano sobre a política externa do seu país


Ó dr. Aníbal, deixe-se de tretas

Se ainda cá estivesses, querido Morais e Castro, e continuasses as lições do menino Tonecas, com o Aleluia, não terias perdido como mote mais uma cena canalha do Presidente da República que nos saiu da rifa...

Foi ontem, a propósito (?) do 5 de Outubro.


De forma concentrada e de dedo em riste, S. Exa. lá nos disse que se os portugueses estão "afastados" da política isso não se devia ao "sistema" mas sim aos partidos políticos...Quais partidos políticos? Queria V. Exa. certamente referir-se ao PSD, CDS e PS (a cujo consenso V. Exa. apela...) que tem partilhado o governo desde 1976? Ou não? Talvez aos irrealistas, aos irresponsáveis, aos demagogos que não seguem a sua cartilha neo-liberal. E, talvez por isso, V.Exa. se queira referir à tal "reforma", entidade mítica que, como outras, são a elegante, mas já tão desgastadazinhas (!),  forma de fazer passar as grandes malfeitorias feitas nestas dezenas de de anos aos portugueses. Neste caso as alterações às leis eleitorais que reduzissem, por golpe de gaveta e  promulgação de V. Exa. , a representação parlamentar dos partidos que V. Exa. entende não serem do "arco da governação", figura inconstitucional.
O que causa o afastamento do nosso povo das instituições, não tem nada a ver com isso, mas sim com a política que tais partidos têm realizado.
Ó Dr. Aníbal, deixe-se de tretas...Os seus paizinhos, que aqui convoco com o devido respeito, não o ensinaram a não mentir?

Amália


sábado, 4 de outubro de 2014

Frase de fim-de-semana, por Jorge


Do not do unto others as you would have them 
do unto you—they might have different tastes.
"Não faças aos outros o que gostavas que os outros 
te fizessem, porque podem ter gostos diferentes"

George Bernard Shaw
Escritor irlandês

War Requiem, de Benjamin Britten, ontem na Gulbenkian

Assistimos ontem a um grandioso concerto, uma obra coral sinfónica em larga escala que é um manifesto contra a guerra, do inglês Benjamin Britten. 
Não um manifesto de apoio apenas aos ingleses que resistiram aos bombardeamentos mas um libelo contra as guerras.
O ataque a Coventry
A sua origem remonta à decisão do governo inglês, ainda durante a II Guerra Mundial, de reconstruir a Catedral de Coventry, construída no século XII e situada na zona industrial inglesa de West Midlands. Na altura convidaram Benjamin Britten a compôr uma "importante obra nova" para marcar as cerimónias da benção da catedral em 1962. A des-
Depois do bombardeamento
Depois do enquadramento das ruínas
 truição da catedral aconteceu há 64 anos, quando 500 aviões nazis bombardearam a cidade com o objectivo de destruir as “shadow factories”, fábricas que produziam peças de caças e equipamentos para a força aérea britânica. Coventry foi, de longe, a cidade mais bombardeada e mais afectada pela guerra. Com as fábricas, foi destruído todo o centro da cidade e mais de 4 mil casas. Os nazis arrazaram com a cidade. Usando bombas incendiarias, criaram um inferno de fogo e explosões causando milhares de mortes e prejuizos incalculaveis.Os ataques começaram na noite do dia 14 de Novembro de 1940 e só terminaram na manhã do dia seguinte.

Ontem o Requiem foi interpretado  pela Orquestra e Coro Gulbenkian, a que se juntou o Coro de Câmara  infantil da Academia de Música de Santa Lucia, pela soprano Tatiana Pavlovskaia, o tenor John Mark Ainsley e o barítono Hanno Müller-Brachmann, dirigidos pelo Maestro Paul McCreesh