O analista Victor Kotsev, colaborador da Global Research deixa-nos hoje alguns dados para entendimento do que se está a passar na Líbia.
Para ele, o dinheiro e os recursos (entre os quais o petróleo) estão rapidamente a revelar-se como os objectivos da guerra conduzida pela NATO. Não foi casual o investimento rebelde na ofensiva sobre Brega.
A direcção dos rebeldes líbios têm como preocupações centrais serem reconhecido pelos outros países como governo legítimo para terem acesso às dezenas de milhares de milhões de dólares líbios que foram congelados pela banca dos países agressores, e obterem a curto prazo alguns milhares de milhões de dólares, para fornecimentos militares, salários, alimentação e equipamentos de saúde.
Algumas fontes, referidas pelo analista especulam sobre a possibilidade dos rebeldes também poderem contratar um exército mercenário para combater os líbios, dada a sua debilidade humana para o efeito. Outras, como a al-Jazeera, descrevem os rebeldes como não sendo tão democráticos e desejosos da paz como se diz.
As Nações Unidas já os tinham criticado, bem como ao regime de Kadhafi, de crimes de guerra.
As Nações Unidas já os tinham criticado, bem como ao regime de Kadhafi, de crimes de guerra.
O brutal assassinato de Younes, que poderá ser o rastilho para uma guerra entre tribos, é revelador destas práticas. Que a continuarem retirarão qualquer réstea de "legalidade" à intervenção da NATO ao abrigo da resolução 1973 da ONU. Resolução que ainda hoje foi usada para justificar a destruição de torres de televisão sírias para que o povo líbio e o resto do mundo fiquem despojadas de uma das versões sobre este conflito (dizia na TV o general o general americano seraficamente que esta acção foi para se evitar que o regime continuasse a fazer apelo às morte de inocentes...).
Kotsev lembra que o outono se aproxima e que as tempestades de areia irão diminuir a efectividade dos ataques aéreos como o de hoje. Em Agosto é o Ramadão e dificilmente se poderá pensar em progressões militares de qualquer das partes. Aí os rebeldes serão abandonados pelos seus aliados que procurarão dividir o país e os seus recursos em partes.
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