A indigitação pelo governo de 4 novos administradores para a Caixa Geral de Depósitos é mais um exemplo da falta de vergonha da não correspondência entre promessas eleitorais e resoluções do governo, tanto mais grave quanto o critério de recrutamento ficou a dever-se a "competências" vagas já que nenhum dos indigitados tem experiência de trabalho na banca comercial, antes podendo vir a aumentar a promiscuidade dos escritórios de advogados de onde saíram, onde clientes de peso tinham relações com a banca comercial.
Já com a famosa sobretaxa o mesmo acontecera e aqui até se justificou a fuga dos rendimentos dos accionistas de empresas a essa disposição fiscal (claro, sempre com o argumento de não afugentar potenciais investidores...como se esses lucros estivessem a transformar-se no investimento de que o país carece nesta fase difícil em que esses mesmos senhores nos meteram com a cumplicidade nas políticas financeiras em que se envolveram com apoio do Estado...).
Quando na campanha falavam em combate ao desemprego, seria contraditório com o anúncio da redução drástica das indemnizações a receber por trabalhadores despedidos, talvez a pensar que os despedidos ficariam mais ágeis para "agarrarem as janelas de oportunidade que as crises trazem", com os belos empregos alternativos e sucessos nas micro e pequenas empresas a que iriam aceder...
Dia após dia o convencionado "estado de graça" vai-se esboroando.
O povo português conhece o período difícil mas reconhece que são sempre os mesmos a pagarem as crises. Não os que as provocaram que continuam a dominar os centros de decisões com os apoios do Estado a que quiseram aceder apesar de terem dito que o Estado tinha uma presença "sofocante" sobre a sociedade "civil".
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