segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Bloquear o genoma e levar um...Nobel

A descodificação do código genético dos humanos trouxe à Ciência enormes possibilidades de estudar a origem de doenças graves que afligem a humanidade.

Cuba, detentora de um elevado nível profissional ao nível das ciências médicas tem um Centro Nacional de Genética Médica que procura dar respostas a estas questões.

No entanto, o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos Estados Unidos em 1962, priva este organismo do acesso à tecnologia mais avançada num campo que é tão promissor, limitando significativamente o trabalho de investigação do Centro.


A Dra. Beatriz Marcheco, directora da instituição, revelou ontem ao Granma que, desde 2003, e através dos canais apropriados, têm tentado adquirir um equipamento analisador de genes, essencial para o estudo das suas variações e determinar quais destes pode levar à descoberta de um grupo de doenças que estão entre as principais causas de morte em Cuba ou que aí têm uma incidência elevada. São os casos dos cancros da mama, do cólon e da próstata, da asma, dos diabetes mellitus, de doenças isquémicas do coração e da hipertensão, para citar apenas alguns. Esta jovem cientista referiu que o analisador é fabricado pela empresa norte-americana Applied Biosystems, e classifica-a como a mais avançada tecnologia do mundo para as investigações referidas. A equipe do Centro, segundo ela, trabalha em velocidade muito alta e é capaz de identificar a predisposição genética que as pessoas podem ter de sofrer as doenças mencionadas. Isso fornece uma oportunidade para mudar de vida e tomar outras medidas preventivas destinadas a evitar o seu aparecimento.


Para a Dra. Marcheco o mais absurdo é que depois de cada tentativa para aquisição do equipamento, a resposta das agências governamentais dos EUA sempre foi o silêncio, ou seja, eles não têm argumento para explicar por que se recusam a vender-nos um produto nobre e singular, cuja função é ajudar a preservar a saúde das pessoas.

Nem sequer têm o direito de entrar no site da empresa para obter informações, sendo-lhes negado o acesso ao verem que o requerente é de Cuba, disse.

1 comentário:

migana disse...

Será que este tipo de atitudes não tem a ver com a PAZ ???