Rodrigo Rosenberg andava há aproximadamente um mês a investigar a morte de Khalil Bassila, que fora designado membro da direcção do Banco de Desenvolvimento Rural, lugar em que se terá apercebido de várias irregularidades. O banco seria a capa, entre outras coisas, de lavagens de dinheiro e de desvios de dinheiros públicos, por exemplo para projectos de Sandra Colom. E além disso seria a fonte de financiamento de empresas de papel, de mera fachada, utilizadas pelo narcotráfico.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) também expressou hoje sua ''solidariedade'' ao governo da Guatemala. A entidade garantiu ter ''confiança'' na investigação do crime. ''Acompanhamos com atenção a escalada da violência que afetou recentemente a Guatemala'', assegurou o secretário-geral da organização, José Miguel Insulza. O representante da OEA destacou que ''é necessário atuar de maneira decidida em favor da democracia''. Insulza lembrou que ''o horrível crime não é um fato isolado''. Além disso, elogiou ''a vontade'' do governo da Guatemala de que ''este fato não permaneça na obscuridade''.
Segundo o jornal El Periódico, tudo aponta, disse em editorial, que o assassínio de Rodrigo Rosenberg, tal como o dos seus constituintes Khalil Musa Bassila e a filha, Marjorie, tenha sido obra de “corpos ilegais” ou grupos clandestinos a mando dos serviços de informação que actuam no quadro do chamado Estado Paralelo.
Este está a ser investigado pela Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala, reconhecida pelas Nações Unidas e dirigida pelo espanhol Carlos Castresana, que Colom defende que deve participar nas investigações. O autor chama a essas células gusaneras, que em português significa larvário, denunciadas no passado por políticos como o ex-vice-presidente Eduardo Stein, de estarem na origem do assassínio de muitos outros funcionários da justiça e advogados.
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Alguns dos acusados
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Transcrição do documento escrito que o advogado morto a tiro no passado dia 10 deixou para o caso de ser assassinado
Se você está a ler esta mensagem é porque eu, Rodrigo Rosemberg Manzano, fui assassinado pelo Secretário Privado da Presidência, Gustavo Alejos, e pelo seu sócio Gregório Valdez com a aprovação do senhor Álvaro Colom e Sandra Colom.
A razão pela qual Gustavo Alejos e Gregório Valdez ordenaram a minha morte e o Presidente da República Álvaro Colom a aprovou, é porque até ao dia em que me mataram fui advogado de dois guatemaltecos incríveis, Don Khalil Musa e a sua filha Marjorie Musa e porque eu sabia exactamente como Álvaro Colom, Sandra Colom, Gustavo Alejos e Gregório Valdez foram os responsáveis pelo seu cobarde assassinato e, por isso, lhes fiz saber isso mesmo e a quem me quis e pôde dar ouvidos (…)
É assim que começa a declaração que também foi feita em gravação pelo próprio com o apoio de um jornalista e ambos os documentos distribuídos a um amigo que entregaram parte das 150 cópias feitas aos media no seu funeral.
Se você está a ler esta mensagem é porque eu, Rodrigo Rosemberg Manzano, fui assassinado pelo Secretário Privado da Presidência, Gustavo Alejos, e pelo seu sócio Gregório Valdez com a aprovação do senhor Álvaro Colom e Sandra Colom.
A razão pela qual Gustavo Alejos e Gregório Valdez ordenaram a minha morte e o Presidente da República Álvaro Colom a aprovou, é porque até ao dia em que me mataram fui advogado de dois guatemaltecos incríveis, Don Khalil Musa e a sua filha Marjorie Musa e porque eu sabia exactamente como Álvaro Colom, Sandra Colom, Gustavo Alejos e Gregório Valdez foram os responsáveis pelo seu cobarde assassinato e, por isso, lhes fiz saber isso mesmo e a quem me quis e pôde dar ouvidos (…)
É assim que começa a declaração que também foi feita em gravação pelo próprio com o apoio de um jornalista e ambos os documentos distribuídos a um amigo que entregaram parte das 150 cópias feitas aos media no seu funeral.
Os EUA envisaram hoje um agente do FBI para colaborar com na investigação...
Pode encontrá-los no Youtube e no site do jornal El Periodico
http://www.elperiodico.com.gt/es/20090511/pais/100336/
É uma história recambolesca e clarificadora da forma mafiosa como funcionam as estruturas do estado paralelo do narcotráfico que tem organizado a desestabilização para favorecer a melhor situação para si próprio.
É uma história recambolesca e clarificadora da forma mafiosa como funcionam as estruturas do estado paralelo do narcotráfico que tem organizado a desestabilização para favorecer a melhor situação para si próprio.
Aconselho o visionamento e a transcrição integral das declarações bem como do desenvolvimento das notícias.
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