O acontecimento foi encabeçado pelo artista colombiano Juanes - que, por isso, chegou a ser ameaçado pelos anti-castristas de Miami.
O espectáculo "Paz sem fronteiras" teve como objectivo justamente promover uma aproximação entre os Estados Unidos e Cuba.
Com mais de um milhão de participantes , o mega-concerto pela paz ontem realizado na Praça da Revolução em Havana foi um espectáculo que fará história. A iniciativa partiu de Juanes, cantor colombiano, residente na Florida, e considerado pelo US People Magazine como “a mais destacada figura do rock latino-americano na última década”. Entre outros prémios, Juanes já ganhou 17 Grammys latinos e 1 anglo-saxónico, que ontem avaliou os presentes em 1 milhão e cento e cinquenta mil, a maioria dos quais jovens.
A iniciativa foi transmitida por várias emissoras de TV dos Estados Unidos, Europa e América Latina. "Aos jovens de Miami e de todo o mundo: podemos ter diferentes pensamentos, mas, aqui, estamos pela paz. Deixemos o ódio de lado", disse Juanes, que manifestou o desejo de promover o mesmo show em Miami. E rematou "Queremos que, com o tempo, as coisas mudem e a família cubana seja apenas uma. E a melhor linguagem para chamar a atenção para isso é a da música e a da paz.”
O número de participantes surpreendeu os organizadores. A multidão - que ultrapassou a da missa ao ar livre de João Paulo II, em 1998 ( 800 mil pessoas) – e suportou desde muito cedo temperaturas de mais de 30º C para assistir ao concerto.O show foi a segunda edição deste acontecimento pela paz. O primeiro foi organizado no ano passado na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela.
Ao entrar no palco, Juanes vibrou: "Não posso acreditar no que os meus olhos estão a ver, é o sonho mais bonito de paz e amor que tive depois dos meus filhos".
Desde que anunciou a intenção de promover o concerto em Cuba, Juanes suscitou a ira de muitos exilados cubanos em Miami, feudo do anticastrismo, onde Juanes mora com a sua família. Vítima da intransigência, o cantor recebeu ameaças de morte e viu os seus discos serem quebrados com golpes de martelo.
Ontem, a expectativa para o concerto era tanta que até o presidente dos EUA, Barack Obama se lhe referiu. Elogiou a iniciativa, mas respondeu que não se deveria dar uma dimensão exagerada ao efeito de espectáculos como o de ontem e da diplomacia cultural. com Cuba para a retomada das relações entre os dois países. "Não acredito que esse tipo de evento prejudique as relações Estados Unidos-Cuba", disse Obama. Já o dirigente venezuelano Hugo Chávez não poupou elogios ao evento, que qualificou de "maravilhoso".
2 comentários:
QUAL O ORGÃO DA N/COMUNICAÇÃO SOCIAL, FALADA E ESCRITA QUE NOTICIOU. DEVE SER FALHA MINHA. POIS NUMA COMUNICAÇÃO SOCIAL TÃO PLURALISTA ONDE ESTÁ A INDEPENDENCIA????
Não vi todos. Nos que vi, em poucos a questão é remetida para pequenas notícias no interior.
O interesse jornalístico deste mega-concerto é óbvio e só um profundo sectarismo, uma primária agenda anti-comunista acéfala, pode justificar tal comportamento!...
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