Ontem à noite os meus sentimentos eram contraditórios face aos resultados eleitorais.
Satisfação por o PS ter perdido a maioria absoluta, o que resultou essencialmente por deslocação de votos de esquerda do PS para o Bloco. Satisfação pelo reforço ligeiro da CDU em votos, percentagem e deputados eleitos. Satisfação por a direita se ter mantido em minoria, perdendo margem de manobra que só lhe poderá restar se o PS a isso aceder. Satisfação pela derrota da arrogância, que só renascerá num outro contexto político com motivações provocatórias.
Insatisfação por a deslocação de votos do PS se não ter feito em termos significativos para a CDU, tendo optado por uma plataforma onde a transitoriedade das opções dão mais sentido ao protesto do que à alternativa. Por o PCP, o grande animador e organizador dos grandes movimentos de protesto contra a política do PS, não ter disso beneficiado eleitoralmente, não pelo facto em si mesmo mas pelas interrogações que isso coloca à possibilidade de ser interrompido o caminho de destruição dos dirigentes socialistas.
Quando o PS ontem proclamou vitória, tendo sido ele o único partido que baixou os resultados. Quando Sócrates disse que quem tinha sido escolhido para formar governo fora ele e não os outros, quando os seus porta-vozes insistiram que o rumo político se manteria, é de prever que entrámos numa fase de acordos explícitos com a direita ou que prepara um caminho de provocação e chantagem.
Mas Sócrates foi derrotado e a bipolarização quebrou-se. E disso tem que saber ler os sinais.
Agora, vamos às autárquicas porque estes resultados foram promissores.
Satisfação por o PS ter perdido a maioria absoluta, o que resultou essencialmente por deslocação de votos de esquerda do PS para o Bloco. Satisfação pelo reforço ligeiro da CDU em votos, percentagem e deputados eleitos. Satisfação por a direita se ter mantido em minoria, perdendo margem de manobra que só lhe poderá restar se o PS a isso aceder. Satisfação pela derrota da arrogância, que só renascerá num outro contexto político com motivações provocatórias.
Insatisfação por a deslocação de votos do PS se não ter feito em termos significativos para a CDU, tendo optado por uma plataforma onde a transitoriedade das opções dão mais sentido ao protesto do que à alternativa. Por o PCP, o grande animador e organizador dos grandes movimentos de protesto contra a política do PS, não ter disso beneficiado eleitoralmente, não pelo facto em si mesmo mas pelas interrogações que isso coloca à possibilidade de ser interrompido o caminho de destruição dos dirigentes socialistas.
Quando o PS ontem proclamou vitória, tendo sido ele o único partido que baixou os resultados. Quando Sócrates disse que quem tinha sido escolhido para formar governo fora ele e não os outros, quando os seus porta-vozes insistiram que o rumo político se manteria, é de prever que entrámos numa fase de acordos explícitos com a direita ou que prepara um caminho de provocação e chantagem.
Mas Sócrates foi derrotado e a bipolarização quebrou-se. E disso tem que saber ler os sinais.
Agora, vamos às autárquicas porque estes resultados foram promissores.
4 comentários:
"petit á petit"... vai-se caminhando, e é caminhando que se contrói o futuro desejado.
Também senti algum regozijo com os resultados...
saudações amigas
:))
Caro ANtónio Abreu,
a direita não desceu, a não ser que se inclua o PS de direita.
PSD+CDS em 2005 valiam 36,01% e em 2009 valem 39,6%.
A esquerda é que baixou se considerarmos o somatório PS+BE+CDU.
Por muito que nos custe...
Um sentimento partilhado por muitos portugueses António, mas é como dizes, agora vamos a mais uma batalha.
A campanha das autarquicas está aí.
Força e confiança!!
:))
F. Penim Redonmdo
Tens toda a razão, pelo que irei alterar o post nesse sentido.
Abraço e obrigado.
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