sexta-feira, 1 de maio de 2009

Um 1º de Maio combativo, à altura da situação e...uma provocação




















Para quem, como eu, percorreu de ponta a ponta o desfile do 1º de Maio promovido pela CGTP fica a sensação de muita combatividade, muita resposta à situação de crise provocada pela governação de direita, muitas boas razões para o governo se sentir preocupado porque ali se confirmou o isolamento do governo do PS.

Foi, como noutras alturas, oportunidade para reencontrar camaradas, amigas e amigos que connosco patilharam muitas lutas, tristezas e alegrias. Ou outros amigos conhecidos de outras lides que vão connosco percorrendo os caminhos da amizade.

Soube no local, apesar de não ter assistido ao que ocorreu, de um incidente com Vital Moreira. Vi depois o telejornal de um dos canais que abriu e fechou com este assunto. Vi como dirigentes sindicais comunistas afastavam algumas pessoas exaltadas, vi o visado dizer que o que acontecera não era da responsabilidade da CGTP mas do PCP por ter sido seu antigo militante, vi um Vitalino Canas a atirar-se ao PCP como gato a bofes, vi Miguel Portas com aquele ar transtornado que por vezes ostenta dizer que aquilo era inaceitável e uma manifestação de sectarismo, li que o PS acusava Carvalho da Silva de desresponabilizar os manifestantes (eu ouvi o Carvalho da Silva !) e ainda ouvi que a manifestação da UGT tinha sofrido uma ameaça de bomba...

Que me desculpem os meus amigos e os meus camaradas que têm a abrigação de interpretar com serenidade este incidente, como o fizeram já quando estava o telejornal a acabar.

Tenho 45 anos de actividade política, já passei por muito e por muitas experiências, adquiri um instinto esclarecido por elas, que se repetem ciclicamente, sei o que é revolta, exaltação e provocação. Conheço o calo de muitos trabalhadores que sofreram a exploração, as tentativas de divisões e as provocações, mas que ganharam esse calo por força dos interesses superiores da luta. E penso conhecer alguns dos personagens queixosos.

Para mim - e não me venham com a etiqueta de sectário ou de outros mimos de diversão! - o que ali se passou foi que um conjunto de personagens, bem conhecedores da revolta que a política que promovem ou apoiam, foram procurar situações de peixeirada em que se pudessem vitimizar, diabolizar um adversário político, e tentarem de forma repetitiva como noutras situações da nossa história contemporânea ganhar votos numa suprema ignomínia!!

Estas situações estão estudadas e repetem-se há séculos, com consequências mais ou menos graves para um ou outro dos polos da provocação.
Isto não significa que não condene insultos e eventuais "agressões" (vi as imagens...) e que não reconheça que haverá sempre pessoas, actuando de forma isolada que não pode responsabilizar os organizadores das manifestações. toldadas por dores pessoais e outras que, objectiva e subjectivamente colaboram nas provocações.

4 comentários:

JMC Pinto disse...

Já leu o que eu escrevi?

http://politeiablogspotcom.blogspot.com/2009/05/as-comemoracoes-do-1-de-maio.html
CP

Anónimo disse...

Caro Antonio Abreu.

Foi importante este teu post.
Pelo que revelas sobre os camaradas que o tentaram proteger porque perceberam a provocação e que havia quem estivesse a cair nela. JMC Pinto também formula muito bem a questão.

Um abraço,
Nuno Rilo

mdsol disse...

pro - vocação

ALACANT disse...

VASCO GRANJA NÃO MORREU VIVERÁ NA MEMÓRIA DOS QUE COMO EU APRENDERAM A GOSTAR DE DESENHOS ANIMADOS COM ELE.
VIVA VASCO GRANJA